DESPEDIDA DOS SENADORES QUE NÃO SE REELEGERAM MOVIMENTA SENADO

Vários senadores têm utilizado a tribuna para suas despedidas do Senado, desde a semana passada (1/12/2010).

Marco Maciel (DEM–PE), Eráclito Fortes (DEM-PI), Rosalba Ciarlini (DEM-RN), ACM Junior (DEM-BA), Mão Santa (PSC-PI), Tasso Jereissati (PSDB-CE), João Tenório (PSDB-AL), Arthur Virgílio (PSDB-AM), Papaleo Paes (PSDB-AP), Marcone Perilo (PSDB-GO), Sérgio Guerra (PSDB-PE), Cesar Borges (PR-BA), Walter Pereira (PMDB-MT), Seris Slhessarenko (PT-MT), Augusto Botelho (PT-RR – atualmente sem partido) Ideli Salvati (PT-SC), Aloísio Mercadante (PT-SP), Osmar Dias (PDT-PR), José Nery (PSOL-PA), uns porque não se reelegeram, outros por não terem concorrido à reeleição, e alguns por terem sido candidatos eleitos governadores de seus estados ou deputados, o certo é que o Senado que vai funcionar a partir de 2 de fevereiro de 2011 com muitos calouros no plenário, vai demorar um pouco pra pegar, como se diz no popular.

No discurso de Marco Maciel, que foi deputado estadual, deputado federal, governador, senador, vice-presidente da República por duas vezes com Fernando Henrique Cardoso, tendo assumido a presidência por 82 oportunidades (!!!), não constatamos mágoas pela derrota. O senador prestou contas dos seus oito anos no Senado, quando ocupou importantes posições, inclusive a presidência da CCJ – Comissão de Constituição e Justiça, autoria e relatoria de dezenas de importantes projetos de Lei. Membro da Academia Brasileira de Letras, um político sério, competente, lhano, com vasta folha de serviços prestados a Pernambuco, sua terra natal, e ao Brasil, Marco Maciel foi o fundador da Aliança Liberal que fez a ARENA desligar-se do governo Figueiredo e apoiar a eleição de Tancredo Neves em 1985. Tem uma vida exemplar de político honesto, trabalhador e pacificador. Foi grande conselheiro de FHC e sai com uma ficha pra lá de limpa.

Já no discurso de Tasso Jereissati, o senador prestou contas da sua atuação de oito anos e fez graves acusações ao presidente Lula a quem desqualificou pela “atuação de cabo eleitoral no pleito de 3 de outubro pp., colocando o caráter de Lula em Xeque. Na oportunidade, Jereissati foi aparteado por dezenas de senadores e sua fala durou mais de 8 horas, com apenas um senador do PT (Eduardo Suplicy_SP), no plenário.

Há muitas pessoas de bem entre as que foram citadas acima, havendo outras ainda que não nos lembramos, mas que retornaremos a falar. Na próxima quarta-feira, 15 de dezembro, o senador Arthur Virgílio vai se despedir e temos certeza de que a orelha do presidente Lula vai ficar grená!