Escol(h)a

Sem escol(h)a.

Como diz o velho ditado: estamos no mato sem cachorro. Nem mesmo as pulgas do mesmo!

Nos últimos 100 anos o povo não aprendeu (não foi ensinado) a identificar os melhores candidatos aos cargos públicos pela ficha corrida dos mesmos. Ainda se deixa levar pelas promessas do tipo: “Se eu vencer as eleições, ao final do meu mandato terei construído 171 escolas novas por ano, 171 postos de saúde, 171.000 postos de trabalho por mês, 171.000 casas por trimestre, 171 % de aumento para professores, médicos e policiais. E vou reduzir os gastos públicos em 171 %! Nenhum corrupto fará parte de meu governo!”

Então nos deparamos com duas “excelentes” opções para entregar o comando da nação.

Uma corrente que no passado se esforçou para privatizar todas as empresas nacionais. Chegou ao cúmulo de tentar trocar o nome Petrobras para Petrobrax. Efetuou leilões (doações) onde o valor correspondia a 10 % do preço do conglomerado a ser entregue. O comprador obtinha empréstimo no banco destinado a suprir moradias para os brasileiros com prazo a perder de vista. E os cofres da nação eram entupidos com moedas podres. E depois era anunciado que aposentados não podiam ter reajustes paralelos à inflação pois a Previdência estava no vermelho.

A outra corrente já preserva tais instituições para usar como cabide de empregos para os correligionários que ajudam a manter o caos social atual. Uma turma que apóia os invasores de terras e destruidores de laranjais impunemente. Que não elucida a morte de Prefeito paulista. Que já deve estar articulando o braço urbano da entidade baderneira para invadir residências com aspecto de “abandonadas” pelo fato do jardim não ser tratado durante 3 meses. Que promete o Éden assim que o combustível for retirado debaixo da camada de sal.

Infelizmente não temos uma 3ª. opção onde possamos enxergar alguém que tenha de fato levantado umas 20 escolas no Município onde foi Prefeito. Ou que tenha erguido 50 postos de saúde aparelhados no Estado onde foi Governador. Que tenha recuperado instalações propositalmente abandonadas para perderem credibilidade. Que tenha valorizado o trabalho de seus profissionais públicos dedicados. Que tenha desentupido os esgotos sem se preocupar em colocar placas do seu feito. Que tenha devolvido melhoras sociais em troca dos elevados impostos. Que tenha criado oportunidades para nossos jovens sem esperanças e guiados pelas drogas. Que não tenha mudado de sigla partidária ao longo de sua caminhada nem tenha feito acordos lesivos aos cofres com figuras corruptas que transitam livres debochando da impunidade que a Lei(?) lhes concede.

Que tenha servido de exemplo a ponto de uma criança dizer: quando eu crescer quero cuidar de minha cidade.

Dentro deste cenário enlameado, três situações ocorrem:

1 - vergonha nos patriotas idosos agora fora das decisões de nossos rumos.

2 - gargalhadas entre os gerentes que nos fazem de trouxas nos iludindo com fúteis programas de TV.

3 – alienação da juventude mergulhada nas drogas para não ter de enfrentar o desafio do futuro sombrio que NÓS preparamos para eles pela nossa acomodação condenável.

Como a maioria não tem coragem de marcar posição com o voto NULO (votar em branco significa: qualquer um serve – votar nulo traduz: nenhum agrada), fatalmente teremos de conviver com uma das duas danosas opções para o futuro de nossa pátria.

Em resumo:

Vamos continuar sem escola.

E sem escolhas.

Haroldo P. Barboza

Autor do livro: Brinque e cresça feliz.

Haroldo
Enviado por Haroldo em 18/10/2010
Código do texto: T2563274