E AGORA... EM QUEM VOTAR? DILLMA OU SERRA? (A escolha de Sofia)

"O maior castigo para aqueles que não se interessam por política, é que serão governados pelos que se interessam." (Arnold Toynbee)

Quem me conhece sabe do meu asco pela politicagem que grassa em nosso país há séculos. Detesto o jogo de compadres do: hoje eu, amanhã você. Não é justo iludir milhões de pessoas para se perpertuar no poder. Não é honesto fazer-se amigo dos ideais do povo e depois traí-lo covardemente, dizendo que "qualquer um no meu lugar faria o mesmo." Foi por isso que deixei de votar desde 1989 (quando dei meu voto ao sr. Lula e ainda subi no palanque ao lado dele como militante estudantil em Niterói); envergonho-me daquele dia mas me resigno em saber que não fui o único. O Lulla de hoje, que brigava com o Collor, o Sarney, o Jader Barbalho e o finado Antônio Carlos Magalhães e hoje se alia aos mesmos para se perpetuar no poder, não era aquele destemido sindicalista com ares de reformador e moralista que conhecíamos ou achávamos que conhecia. Hoje é uma sombra que se esconde no assistencialismo e não fez mais nada a não ser surfar na onda de prosperidade iniciada no governo anterior. A saúde continua um caos, a educação melhora pifiamente, as estradas estão em condições miseráveis e a violência urbana se alastra. Cadê as estradas de ferro que cortariam o país de ponta a ponta integrando a nação com transporte de massa rápido, eficiente e barato? Cadê o Fome Zero que não passou de propaganda enganosa? Acabar com a miséria? É só circular pelo centro das grandes cidades para ver o quanto a miséria cresceu. É só viajar para o interior do Nordeste e Norte do país para ver quanta gente está fugindo da miséria e indo se refugiar em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Basta dar uma olhada na cidades satélites do Distrito Federal para perceber o quanto foi fantasiosa a idéia de acabar com a miséria a golpe de caneta ou com programas assistencialistas. O povo precisa de oportunidades de trabalho sr. Lulla. Precisa de educação para o desenvolvimento. São os imensuráveis recursos naturais deste país gigante semi-adomercido que precisam ser explorados devidamente. Desenvolvimento sustentável, isso sim é o que precisamos. De nada adianta termos um PIB monstruoso se por outro lado grande parte da população não usufrui dessa riqueza produzida. Precisamos de menos carga tributária. Precisamos aumentar o imposto sobre grandes fortunas permitindo a redistribuição de renda. Saneamento básico é um problema grave que não foi solucionado pelo Bolsa Família.

Por isso, tirei meu título mofado do fundo da gaveta,guardado há 20 anos, para votar em uma candidata que para mim ainda é modelo de vanguarda e parece ter idéias próprias, parecidas com a de 20 milhões de brasileiros que desejam uma mudança. Votei na Marina Silva, sim! Votaria de olhos vendados outra vez por acreditar nela como pessoa do Bem.

No entanto, agora estamos diante de outra questão: quem devemos escolher para governar o Brasil nos próximos 4 anos? Quem são os compadres da vez? Os amigos de Dillma e Lulla? José Dirceu, José Genoíno, Erenice Guerra, Delúbio e tantos outros famigerados políticos de má fé (comprovado por seu atos)? Os amigos de Coligação do Serra são os velhos conhecidos: Roberto Jefferson, Paulo Maluf, Roberto Arruda e tantos outros)?

Assim, estou diante da famosa escolha de Sofia.

"A escolha de Sofia" é a história que acontece no campo de concentração nazista de Auschwitz, vivida por uma mãe judia, que é forçada por um soldado alemão a escolher entre o filho e a filha - qual seria executado e qual seria poupado.

Se ela se recusasse a escolher, os dois seriam mortos. Ela escolhe o menino, que é mais forte e tem mais chances de sobreviver, porém nunca mais tem notícias dele.

A questão é tão terrível que o título se converteu em sinônimo de "decisão quase impossível de ser tomada".

Depois do meu preâmbulo, repasso um artigo escrito no final de 2009, pelo economista Rodrigo Constantino - autor de 5 livros.

Ele assina a coluna "Eu e Investimentos", do jornal Valor Econômico; também

é colunista do jornal O Globo; além de ser Membro-fundador do Instituto

Millenium; e vencedor do prêmio Libertas em 2009, no XII Forum da Liberdade.

Mathias Gonzalez

http://mathias.gonzalez.sites.uol.com.br

" Serra ou Dilma? A Escolha de Sofia.

(por Rodrigo Constantino )

"Tudo que é preciso para o triunfo do mal é que as pessoas de bem nada façam." (Edmund Burke)

Agora, praticamente é oficial: José Serra e Dilma Rousseff são as duas opções viáveis nas próximas eleições. Em quem votar? Esse é um artigo que eu não gostaria de ter que escrever, mas me sinto na obrigação de fazê-lo.

Os antigos atenienses tinham razão ao dizerem que assumir qualquer lado é melhor do que não assumir nenhum?

Mas existem momentos tão delicados e extremos, onde o que resta das liberdades individuais está pendurado por um fio, que talvez essa postura idealista e de longo prazo não seja razoável.

Será que não valeria a pena ter fechado o nariz e eliminado o Partido dos Trabalhadores Nacional - Socialista, em 1933, na Alemanha, antes que Hitler pudesse chegar ao poder? Será que o fim de eliminar Hugo Chávez justificaria o meio deplorável de eleger um candidato horrível, mas menos louco e autoritário? São questões filosóficas complexas. Confesso ficar angustiado quando penso nisso.

Voltando à realidade brasileira, temos um verdadeiro monopólio da esquerda na política nacional. PT e PSDB cada vez mais se parecem. Mas também existem algumas diferenças importantes.

O PT tem mais ranço ideológico, mais sede pelo poder absoluto, mais disposição para adotar quaisquer meios, os mais abjetos, para tal meta. O PSDB parece ter mais limites éticos quanto a isso.

O PT associou-se aos mais nefastos ditadores, defende abertamente grupos terroristas, carrega em seu âmago o DNA socialista. O PSDB não chega a tanto.

Além disso, há um fator relevante de curto prazo: o governo Lula aparelhou a máquina estatal toda, desde os três poderes, passando pelo Itamaraty, STF, Polícia Federal,

ONGs, estatais, agências reguladoras, tudo!

O projeto de poder do PT é aquele seguido por Chávez, na Venezuela; Evo Morales, na Bolívia; Rafael Correa, no Equador.

Enfim, todos os comparsas do Foro de São Paulo. Se o avanço rumo ao socialismo não foi maior no Brasil, isso se deve aos freios institucionais, mais sólidos aqui, e não ao desejo do próprio governo. A simbiose entre Estado e governo na gestão Lula foi enorme.

O estrago será duradouro. Mas quanto antes for abortado, melhor será: haverá menos sofrimento no processo de ajuste.

Justamente por isso acredito que os liberais devem olhar para este aspecto fundamental, e ignorar um pouco as semelhanças entre Serra e Dilma. Uma continuação da gestão petista

através de Dilma, é um tiro certo rumo ao pior.

Dilma é tão autoritária ou mais que Serra, com o agravante de ter sido uma terrorista na juventude comunista, lutando não contra a ditadura, mas sim por outra ainda pior,

aquela existente em Cuba ainda hoje.

Ela nunca se arrependeu de seu passado vergonhoso; pelo contrário, sente orgulho. Seu grupo Colina planejou diversos assaltos.

Como anular o voto sabendo que esta senhora poderá ser nossa próxima presidente?!

Como virar a cara sabendo que isso pode significar passos mais acelerados em direção ao socialismo bolivariano?

Entendo que para os defensores da liberdade individual, escolher entre Dilma e Serra é como uma escolha de Sofia.

Mas anular o voto, desta vez, pode significar o triunfo definitivo do mal.

Em vez de soco na cara ou no estômago, podemos acabar com um tiro na nuca.

Dito isso, assumo que votarei em Serra.

Meu voto é anti-PT acima de qualquer coisa. Meu voto é contra o Lula, contra o Chávez, que já declarou abertamente apoio à Dilma.

Meu voto não é a favor de Serra.

No dia seguinte da eleição, já serei um crítico tão duro do governo Serra, como sou hoje do governo Lula. Mas, antes é preciso retirar a corja que está no poder.

Antes é preciso desarmar a quadrilha que tomou conta de Brasília.

Só o desaparelhamento de petistas do Estado já seria um ganho para a liberdade,

ainda que momentâneo.

Respeito meus colegas liberais, que discordam de mim e pretendem anular o voto. Mas espero ter sido convincente de que o momento pede um pacto temporário com a barbárie, como única chance de salvar o que resta da civilização - o que não é muito, mas é o que hoje devemos e podemos fazer! "

REPASSE, SEM MODERAÇÃO!!