PERGUNTAR NÃO OFENDE:

 

1 – Por que as igrejas são contra o aborto?

 

Porque dizem que defendem a vida. Defender uma vida no útero da mãe, não dá trabalho nenhum para os dirigentes das igrejas:  é só OCUPAR o púlpito, vociferar, gritar, urrar, como faz o que se diz pastor SILAS MALA FAIA. Trabalho deve ser defender a vida dos que estão vivos, sofrendo com a violência urbana, com a saúde ruim e educação precária. Nenhuma igreja faz um movimento político vultoso capaz de expor as autoridades constituídas para o fato. A igreja católica bem que tentou nos anos pós-revolução, mas logos os padres foram taxados de comunistas, de progressistas, pela ala conservadora da igreja – aquela para quem comer e dormir à custa dos fiéis é o que importa. Curto e grosso: se o ABORTO for legalizado, certamente as igrejas não terão renovação do rebanho para manter seus caixas. Há nas hostes das igrejas quem, de fato, defenda a vida, mas são aqueles fiéis contritos que não são convidados a sentar à mesa de padres e pastores mais graduados. Provavelmente sejam aqueles que fazem o que os pastores recomendam, mas, graças a Deus não fazem o que eles fazem. Para que se defenda (OU CONDENE) a vida uterina, a rigor, tem que se saber o momento  exato em que a vida se constitui no útero da mãe. Não há consenso disto na ciência nem dentro das diversas denominações religiosas. Por isto é mais prático condenar o aborto independente das causas, como aconteceu com o Arcebispo de Olinda e Recife, Dom José Cardoso. Ele condenou o aborto numa criança de nove anos que tinha sido abusada, sexualmente, pelo pai. Essa gravidez mataria a mãe (uma criança) que não tinha espaço no útero para gerar uma criança. Um hospital topou fazer o aborto, mas o bispo excomungou os médicos. Virou piada. O citado bispo se aposentou para o bem de Pernambuco. Melancolicamente sumiu! Deve ter ido chafurdar em outra freguesia com os Silas Malafaia da vida.

O que mais nos dói é ver algumas mulheres morrendo porque fizerem aborto clandestino. A legalização do aborto não muda os pontos de vistas de ninguém, porque o aborto, como a vida, não é questão de lei. É questão de foro íntimo do pai e da mãe que é quem sabe a dor e a delícia de criar um filho indesejado. E haja falso moralismo, porque há muitos religiosos por aí estimulando suas amantes a praticar aborto, desde que seja por debaixo dos panos.

 

2 – Por que as igrejas, notadamente evangélicas, perseguem tanto os homossexuais?

 

Porque dizem que defendem a vida. Homossexual, em tese, não bota filho no mundo nem constitui família nos moldes convencionais. Portanto, não casando, não irá contribuir com o caixa da igreja com a inserção de novos membros.  Homossexual tem vida, tem sentimento, paga imposto, trabalha, tem destaque na vida social em diversas esferas do conhecimento. “Só não têm vida”, pois se as igrejas defendem a vida, eles não se enquadram nos seus conceitos. No geral, homossexual não freqüenta as igrejas, principalmente as evangélicas, por conta do patrulhamento ostensivo que as congregações são estimuladas a fazer. Conheço um caso de um rapaz de destaque numa dessas igrejas. Ele era atuante, bom, dava aulas na escola dominical, além de ser um cristão exemplar. Mas não bastou. Pairou dúvidas sobre a sexualidade do rapaz e não deu outra: alguém foi incumbido de seguir os passos do moço nos finais de semana quando ele saia para se divertir. Naquela noite, ele (a vítima) foi a uma boate gay. Para sua surpresa encontrou no mesmo local, outros rapazes da mesma igreja. Criou-se um clima de “saia justa”, mas eles se entenderam e fizeram um pacto de silêncio entre si, quando se reencontrassem na igreja. Então foi socializada a informação de que havia um “espião” para perseguir um dos rapazes. O espião, contudo, teve que se conformar não com um, mas com um monte de fiéis da sua igreja que eram “do babado” e viviam no “armário”. O desfecho dessa história é que o primeiro rapaz foi expulso e os demais devem ter jurado de joelhos que se arrependeram... Alguém duvida que esta passagem não seja comum nos bastidores das igrejas? Então a gente se pergunta: com tantos homossexuais nos porões das igrejas, como podem os padres e pastores serem tão falso-moralistas? Porque funcionam um pouco assim: “seja gay, mas não demonstre”, principalmente se o gay for bem sucedido financeiramente. “Não basta não ser, pois tem que também não parecer”... Não parecer é mais importante do que não ser, pois este é o princípio do falso moralismo. Outra inquietação: se a igreja é lugar dos pecadores, como pode um pecado ser maior que outro? Qual o critério para um gay ser mais pecador do que um adúltero? Por que os casais que vivem sem amor, sem respeito, mantendo o casamento por conveniência não sofrem nenhuma perseguição pelos pastores e padres? Esta eu respondo na lata: porque eles sabem fingir que são felizes!

Evidente que nenhuma igreja deve ser estimuladora de comportamentos pouco recomendáveis. O que nenhuma deve fazer é julgar e condenar! Mas o fazem  assumindo, equivocadamente, o papel de Deus, principalmente contra minorias como os gays.

 

 

3 – Por que as mulheres são alijadas da igreja católica?

 

A igreja católica também defende a vida, desde que as mulheres não se metam nos seus cânones. Se Deus criou homem e mulher, seus representantes legais na terra são os primeiros a discriminar as mulheres. Fica claro que se os padres não podem casar, as possibilidades de dividir o patrimônio da igreja não existem. Em não casando, os padres certamente irão praticar sexo por debaixo das batinas e, certamente, entre eles. Neste sentido, uma das leis maiores da igreja católica fica por terra: “crescei e multiplicai”, dito por Jesus que, com certeza esqueceu-se de complementar: “exceto os padres e as freiras”.

Como vemos, fica difícil, em pleno terceiro milênio, convivermos com essa falsa-moral espúria. Fica claro que o capital que tão bem as igrejas condenam, se trata de uma grande contradição: Karl Marx, enfim, não teria razão?

Tudo indica mesmo que O ABORTO, A HOMOSSEXUALIDADE, O CELIBATO e a DOMINAÇÃO MASCULINA NA IGREJA CATÓLICA, são pontos inegociáveis das igrejas por conta do caixa, da grana, da “bufunfa”, do vil metal. Mulher abortando, menos fiéis para as igrejas; Gay sem fazer filho, idem. Mulher não sendo aceita no catolicismo significa certeza de que não haverá casamento para dividir as riquezas, portanto, o caixa.

Diante da globalização, as pessoas estão deixando de ser tolas como no passado recente. O caso de Arapiraca-AL, envolvendo padres pedófilos, estarreceu o mundo. Mas a gente só teve conhecimento por conta da imprensa e da internet. Imagino que o papel das instituições seja mesmo o de cuidar das pessoas. Esse cuidado perpassa, necessariamente, pela felicidade de cada um; pela direito que cada um deve ter de exercitar seu livre arbítrio desde que, não interfira no bem e na liberdade do outro. As instituições religiosas teriam que exercer o papel de orientadora com mais vigor, mostrando, inclusive, através de suas práticas, aquilo que nem sempre seus dirigentes combinam com suas teorias. Imagino que o maior pecado do mundo para quem vive profissionalmente, da religião, seja A SOBERBA. O falso moralismo deles está embutido. É tão forte que, igual a Jesus que não pode se livrar da traição de Judas, os Gays sofrem qual bode embarcado nas garras dessa escória.
"Deus tende piedade de nós que recorremos a vós"!