Religião e Política se Misturam
Como desassociar religião de política? Ou fé de cidadania? Será que há como desassociar psicológico de biológico? Psíquico de físico?. Acredito que não pois, o Ser humano é um todo, e neste todo, também está a espiritualidade, ainda que em algumas pessoas não seja manifestada claramente.
Como desassociar religião de política? Ou fé de cidadania? Será que há como desassociar psicológico de biológico? Psíquico de físico?. Acredito que não pois, o Ser humano é um todo, e neste todo, também está a espiritualidade, ainda que em algumas pessoas não seja manifestada claramente.
A religião é a ponte de ligação entre o homem enquanto humano ao homem divino, ou seja, a religião liga estes dois Seres. E como ponte, ela é responsável para o desenvolvimento espiritual do homem, por sua vez, a espiritualidade transforma o homem tornando-o um Ser melhor, pois ela o revela sua condição de imortal e assim, o torna responsável pela transformação social da sociedade. Pela espiritualidade o homem descobre que todos são irmãos e filhos de um mesmo Pai. Pela espiritualidade o homem assume compromisso e responsabilidade pela vida. Em suma, através da espiritualidade o homem promove o amor a todos sem distinção.
Pois bem, ai novamente vem à pergunta: como separar a religião da cidadania? Não é possível, pois antes do homem ser cidadão ele é espiritual e deve ter suas ações enquanto Ser terreno voltado ao amor a si e ao próximo.
Um Estado Laico não significa um povo ateu, um povo que não pode expressar sua fé politicamente e usar de sua formação espiritual para manifestar suas preocupações aos rumos de seu País, pelo contrário, um Estado Laico é a admissão da manifestação religiosa de toda sociedade. Neste sentido, a sociedade precisa manifestar e estar atenta a conduta ética, moral e espiritual de seus políticos, afinal, os políticos são funcionários da Nação e o povo tem o direito de ao escolher aqueles que vão governar ter como primazia suas posições éticas, morais e espirituais independente suas crenças religiosas.
Cabe a instituição religiosa independente suas doutrinas devem orientar seus seguidores quanto aos candidatos apresentados para serem votados. O que elas não podem é serem ideológicas partidárias, ou seja, puxar sardinha para um ou outro partido, porém se preocupar com a idoneidade, seriedade e ideologia do candidato a qual vai ser votado, se assim não o fazer estará omitindo sua responsabilidade enquanto igreja.
Defender a vida é o pilar mestre de todas as entidades religiosas, neste sentido, ela não pode abrir mão. Se um candidato defende o aborto. Se um candidato coloca um direito secundário acima de um direito primeiro que é a vida a igreja tem que se manifestar e convocar seus seguidores a não eleger tal candidato, isto não significa estar interferindo no Estado, mas sim agindo como igreja. Daí a Cezar o que é de Cezar e a Deus o que é de Deus. Para a pessoa que tem espiritualidade a Vida é Dom de Deus, sendo assim, ela pertence a Deus. A Cezar é o compromisso político de promover o homem enquanto cidadão, dado por Deus, por meio do povo através do voto.