ORGÁSTICO E ORGÁSMICO

Publiquei neste site um texto intitulado “O poder gera até orgasmos”. Não é que o orgasmo se repete? E até canta e dança. Recebi, coincidentemente, um novo e-mail sobre o tema das eleições, falando sobre Lula e Dilma! Mas esse agora foi de revirar olhos e gemer de tanto prazer, pois orgasmos da mente são igualmente deliciosos.

Infelizmente não posso publicar a obra de autoria de terceiros nesta Escrivaninha. Darei, entretanto, algumas informações com a esperança de que os leitores deste texto descubram o citado trabalho. Pesquisem o seguinte: o título é “A mídia comercial em guerra contra Lula e Dilma”. O autor, Leonardo Boff, teólogo, filósofo e representante da Iniciativa Internacional da Carta da Terra. Leonardo sai, como é do seu renomado estilo e característico de sua mente brilhante, colocando os pontos nos is e nos jis dessa injustificada campanha contra o governo atual do país.

O texto do frei acena a bandeira da liberdade de expressão e relembra o que passou pela publicação da sua obra “Brasil nunca mais”, denunciadora de torturas do período iniciado pelo golpe de 64.

Interessante notar que o pesquisador citado compara a mídia comercial à “famiglia mafiosa”. São os senhores do engenho da linguagem, proprietários da mais poderosa arma, a palavra. Vale, por outro lado, notar o reconhecido trabalho da mídia em fazer opiniões. Esqueceu-se a poderosa senhora que conscientizou a massa usando a imagem e a palavra _ uma obra tão perfeita que nem a própria palavra poderá desfazê-la.

Leonardo Boff cita o historiador José Honório Rodrigues que, em sua obra CONCILIAÇÃO E REFORMA, diz justamente sobre o antiprogressismo da maioria conservadora, sempre alienada e que quer ver o povo sob suas rédeas. Então, ”Ocorre que alguém de baixo chegou lá em cima. Tornou-se o Presidente de todos os brasileiros. Isso para eles é simplesmente intolerável”, inclui o frei.

É tão delicioso todo o texto de Leonardo e tão fundamentado na verdadeira história do Brasil que só dá vontade de ler, reler, ler, reler até desmaiar de prazer, pois uma só letra desse texto não pode ser deixada de lado.

Antes que eu caia na tentação de repetir o aludido texto, parafraseio Ulysses Guimarães, dizendo que não só o poder de governar uma nação gera orgasmos, mas principalmente o poder da palavra.