PIOR QUE TÁ, FICA
É cada vez mais comum, em épocas de eleição, pessoas de destaque na mídia serem candidatas a algum cargo político. Um exemplo atual e bastante comentado é o do candidato do Partido da República (PR) a deputado federal pelo estado de São Paulo, Tiririca.
Personagem cômico e eternizado por sua famosa canção “Florentina”, progrediu na carreira e foi convidado a concorrer a uma vaga para a câmara dos deputados em Brasília – DF. Sem dúvidas, ele é um grande investimento do partido, já que é esperado que seja eleito com sobra de votos e, assim, pelo critério da proporcionalidade da legislação eleitoral, ajudará na eleição dos colegas da sigla.
Tiririca é obviamente um “puxador de votos” e mais que isso, é a prova de que a política, antes desinteressante, vem se tornando um entretenimento a parte. De fato, as figuras conhecidas quando se candidatam, tornam o cenário político atrativo e se são necessários “Tiriricas” na política para que os eleitores se importem com o próprio país e, ao menos, se lembrem do nome dos candidatos em que votaram, a candidatura de um “palhaço” não é de todo ruim.
O que devemos ter em mente é que, além do entretenimento, a política se tornou um produto de consumo como qualquer outro exposto na mídia. A propaganda do horário eleitoral gratuito vende um personagem como se vendesse um suco, mas o eleitor só vai saber se o gosto do suco é como o anunciado quando comprá-lo e diferente de um produto comum que jogamos fora sem tomá-lo todo, caso não nos agrade, com o candidato eleito, temos que beber até a última gota, mesmo que o que pareça doce, na verdade, seja amargo.
Por isso, caros eleitores, cuidado com o que vamos “comprar” nessas eleições, pois o programa que poderemos assistir na tv e as notícias das rádios, jornais e revistas podem ser tão engraçados quanto dinheiro escondido na cueca. Acreditem, ao contrário do que se pensa, pior que está, pode ficar.
>>KCOS<<