A Nação não é País de uns poucos, mas sim de todos, pois cada cidadão em sua proporção colabora para o seu desenvolvimento, crescimento e cujo objetivo é a melhoria na qualidade de vida de todos.
Certamente em todo sistema de governo seja ele o liberal, socialista, capitalista tem seu lado positivo e negativo, sua afirmação como um sistema de governo se define dependendo da realidade em que se encontra o País estruturalmente social, econômico e político.
Quando refletimos sobre o Brasil percebemos que sua estrutura de sistema é complexa. Viemos de uma ditadura, que antes dela ser instaurar, o Brasil já amargava um patamar elevado inflacionário devido à industrialização ocorrida no período de J.K. e que se deu continuidade na ditadura, tanto que ao iniciar o governo de Sarney a inflação chegava a índices de 80% ao mês. Naquele período o Brasil praticamente vivia um sistema capitalista, porém a maioria das grandes empresas e muitas pequenas eram estatais e poucas multinacionais. Enfim, o País vivia um circulo vicioso e complexo, se por um lado à inflação não permitia que o Brasil desenvolvesse, por outro a maquina administrativa como as empresas estatais estavam inchadas pelo excesso de funcionários, em suma, não havia recursos para o desenvolverem das estatais e também nem como serem eficientes.
Um agravante do inchaço e das altas taxas de inflação levava o Brasil não atender a sociedade com políticas sociais, a maioria dela vivia num extremo estado de miséria, faltando-lhes tudo. E assim, o País conviveu durante o mandato todo de Sarney.
Pois bem, a inflação era o pior dos males do País naquele período, tanto que a bandeira de campanhas de todos os candidatos a presidentes destacava a necessidade da estabilidade inflacionaria. Pois a inflação estava levando o Brasil ao caos econômico e social. Com Collor varias tentativas frustradas foram feitas a fim de conter a inflação, planos que até hoje levam muitos brasileiros a repudiarem seu governo, pois todos eles foram frustrados e o povo foi quem pagaram a conta. No meio do mandato de Collor, ao Itamar assumir a presidência, iniciou-se um novo plano de estabilidade inflacionário o qual tinha no comando do Ministério da Fazenda, o então ex- presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC), que com o aval do presidente Itamar Franco, criou-se a famosa Unidade Real de Valor (URV), índice que procurou refletir a variação do poder aquisitivo da moeda, servindo apenas como unidade de conta e referência de valores. Teve curso juntamente com o Cruzeiro Real (CR$) até o dia 1º de julho de 1994, quando foi lançada a nova base monetária nacional, o Real (R$).
A partir do estancamento inflacionário, FHC conseguiu se eleger Presidente da Republica, porém era preciso mais para que a inflação não voltasse, haja vista, que muitos planos falharam e que havia uma cultura inflacionaria na sociedade brasileira. Algumas medidas antipopulares deveriam ser tomadas que certamente desgastaria seu governo junto à sociedade como por exemplo, a austeridade com os gastos públicos, abertura ao capital estrangeiro para que muitas empresas estatais deficitárias pudessem ser vendidas e a privatizações de estatais que se dizia serem essenciais e estratégicas. Esta ultima medida, as privatizações, eram as mais complexas e desgastantes, pois muitos movimentos sociais, sindicatos a usavam como palanques políticos. Tais medidas adotadas renderam a FHC o titulo de neoliberal.
No governo de FHC, ao mesmo tempo em que se vendeu varias empresas estatais também se deram inicio com ênfase varias políticas na área social, iniciando o que hoje se intitula Bolsa Família, que nada mais é, que a junção de vários benefícios que a classe mais pobre recebia com intuído de sobreviverem e serem estimuladas sair da extrema miséria. Tais benefícios eram dadas com contra-partidas, isto ocorreu no caso do Bolsa Educação por exemplo.
Ao término do mandato de FHC, o mundo vivia uma nova crise, então parte da sociedade com receio da volta da inflação e outra assistida com as políticas sociais, proporcionou a FHC a reeleição. No entanto, seu 2º mandato se desgastou, pois não houve avanços como ocorreu no 1º mandato e seu prestigio estava desgastado de tanto que fora criticado pela oposição que usou dos artifícios das privatizações e do rotulo de neoliberal.
Pois bem, entrou a era Lula que se aproveitou da estabilidade econômica, das políticas sociais e da educação e com discursos socialista e fascista, porém nos bastidores capitalista e liberal conseguiu por meio de seu carisma político e de sedução construir uma legião de fãs que atribui a ele todos os feitos e avanços que o País teve em relação às políticas econômicas e sociais, não conseguindo enxergar toda a corrupção e toda a engenharia de Poder que há em seu governo.