POLÍTICOS CORRUPTOS, UM PLEONASMO VICIOSO!

Argh! Sim, o maior político corrupto que a cidade conhece esperneia para voltar ao poder, mas os seus desserviços e falcatruas todos conhecem, está tudo registrado, filmado, gravado, escrito, há um excesso de verdades inescrupulosas, ou melhor, há uma grande aceitação apesar de suas mentiras deslavadas, e ele não precisa enganar mais ninguém. O que ele fez e o que ele é está tudo escrito em sua própria testa! Mesmo assim, ele não se envergonha nem se arrepende e lança sua candidatura sob ameaças de impugnação, afinal o que significa mais um “PUM” PARA QUEM JÁ ESTÁ TODO CAGADO? E neste caso, haja ficha limpa!

Ahhh! Mas, Brasília amanheceu no dia 31AGO2010 com uma indescritível e minúscula sensação de alívio..., pois “Prevaleceu ontem entre os ministros da corte máxima eleitoral o entendimento de que a Lei da Ficha Limpa prestigia o princípio constitucional da probidade administrativa e as regras de moralização não são penas impostas a políticos, mas um critério de inelegibilidade a ser analisado no momento do registro de cada candidatura.” (Correioweb)

Mas este fato não muda muita coisa, pois a população está dividida entre os raros com uma discreta consciência política e a grande maioria, quase a totalidade dos brasilienses, que opta por defender a conveniência política ao votar em candidatos ligados aos seus interesses, são os corporativistas, os sindicalizados e os representantes dos mais variados grupos, cada qual defendendo a sua fração, realizando ambições imediatas sem se preocupar realmente com o bem comum, tanto quanto pelo futuro da cidade.

Por outro lado, os setores da população menos abastados parecem viver algo semelhante a uma Síndrome de Estocolmo, pois tentam se identificar com os políticos corruptos, partidários da ideologia do “rouba mais faz” e que prometem mundos e fundos, quando na verdade vitimizam as pessoas inescrupulosamente, de modo que, assim como na verdadeira Síndrome de Estocolmo, as gentilezas destes bandidos são normalmente amplificadas, porque do ponto de vista das vítimas é muito difícil ter uma visão clara da realidade nessas circunstâncias.

Note-se que Brasília está nas mãos de uma grande quadrilha de parlamentares e que esse afeto dos mais probres por estes detratores que lhes oferecem paliativos surge, exatamente, para proporcionar afastamento emocional e amenizar a realidade perigosa e injusta a qual eles estão submetidos nas filas dos hospitais, na angústia do desemprego, sem escolaridade e à mercê da violência urbana. É uma alegoria interessante, mas a realidade histórica da cidade nos diz que este apego aos políticos corruptos é, de fato, uma miscelânia de clientelismo, paternalismo e populismo barato.

Já o alto escalão do funcionalismo público deseja apenas manter ou conquistar os disputadíssimos cargos comissionados ou de confiança para acumularem gratificaçõe$. Outros ainda, por sua vez, sonham com a Câmara Distrital para participarem de futuros mensalõe$, numa tragicomédia com duração de quatro anos, lá onde ninguém é coadjuvante, mas protagonistas de um reality show baseado em como gastar o nosso dinheiro garantindo o luxo dos deputados e o lucro de alguns empresários favorecidos por estes canalhas, enquanto prestam serviços escusos ao GDF, mediante licitações fraudulentas e notas fiscais superfaturadas.

Se a impugnação realmente acontecer, nossa cidade avançará alguns passos, lentamente, apenas isso, pois o voto por conveniência, conforme já disse, será mais uma vez o motivo condutor para milhões de brasilienses nestas eleições. É assim que, no centro da capital, votar em representantes das mais diversas instituições dividirá opiniões e forças para o interesse de alguns em detrimento do bem da coletividade. Já nas cidades satélites, onde honestamente cada cidadão tem que matar o seu próprio leão todo mês, ou seja, enfrentar as agruras da pobreza e do proletariado, já testemunhamos o populismo descarado dos políticos, que arrebanham os votos de esperança do povo durante esta maldita campanha eleitoral.

Daí, mais uma vez, receberemos uma grande lição das urnas: A consciência política não faz parte da nossa realidade histórica, porque a Democracia vai além, tanto das meras conveniências políticas, como também da esperança vendida do povo. O bem da coletividade deveria ser o modus operandi de um estado democrático de direito e não a manutenção de interesses díspares, manipulados por artimanhas eleitoreiras.

É fácil prever o resultado do pleito de outubro: serão eleitos os mesmos candidatos que sempre estiveram no poder, com algumas exceções de novos candidatos vendidos por luxuosas campanhas publicitárias. Haverá, ainda, o caso de grandes e conhecidos corruptos que voltarão ao poder, os candidatos que "roubam mais fazem", os oportunistas eleitos pelos votos de legenda e os suplentes que chegarão ao poder.

Finalmente, nos divertiremos com os escândalos pré-eleitorais, produzidos para alterar a opinião imediata do eleitor, devotaremos a mesma paixão pelos times de futebol aos candidatos (como se fosse algo lúdico), demonstraremos um tolo desinteresse pelos trabalhos dos nossos candidatos eleitos e, algo não menos importante, sujaremos de “santinhos” as ruas de todas as cidades, praticando a criminosa boca de urna.

PS: QUE TAL SE O ESCRITOR/BIÓGRAFO E EX-POLÍTICO FERNANDO MORAIS ESCREVESSE A HISTÓRIA OBSCURA DOS BASTIDORES DO PODER EM BRASÍLIA? OU, MELHOR AINDA, A BIOGRAFICA DE CERTO EX-GOVERNADOR CORRUPTO, JÁ QUE O ESCRITOR TEM CONHECIMENTO DE CAUSA, POIS FOI DEPUTADO POR OITO ANOS. E SE O TÍTULO FOSSE: “POLÍTICOS CORRUPTOS, UM PLEONASMO VICIOSO”? SERIA UM BEST SELLER COM CERTEZA!

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Conheça os 10 mandamentos do ELEITOR CONSCIENTE, ditados pelo Movimento Nacional Pela Valorização do Voto - MONAV.

1º - Valorizar e dignificar o voto, utilizando-o para o engrandecimento do PAÍS, fortalecimento e grandeza da DEMOCRACIA e segurança da FAMÍLIA, para garantia do futuro de nossos filhos e netos.

2º - Não permitir que a corrupção, forjada e manipulada pelo Poder Econômico, faça de seu voto um instrumento ao alcance dos que só estão interessados em satisfazer suas ambições pessoais.

3º - Repudiar candidatos que, fantasiando-se de idealistas e humanitários, prometem mundos e fundos, além de dinheiro, emprego, alimento e remédio, com o intuito de explorar, em todos os sentidos, a boa-fé do eleitor.

4º - Condenar frontalmente os candidatos que, não respeitando a integridade do voto livre e consciente, exploram a miséria, com o objetivo de coagir eleitores a lhes dever favores e a votar por gratidão.

5º - Evitar votos brancos ou nulos com a desculpa de que nenhum dos candidatos merece ser votado, pois isso representa um julgamento injusto que poderá beneficiar os piores candidatos em prejuízo dos melhores.

6º - Advertir eleitores menos informados de que o voto secreto lhes garante a liberdade de consciência, que está acima de compromissos ocasionais e espúrios com candidatos corruptores. Votar em eleições livres é assumir compromisso com a própria consciência.

7º - Repelir a ação dos cabos eleitorais que, a troco de dinheiro e outras recompensas, agem como agentes comerciais intermediários, fazendo do voto alheio uma mercadoria lucrativa e relegando o eleitor ingênuo à condição de explorado.

8º - Desprezar qualquer tipo de propaganda eleitoral que atente contra a lei e a propriedade pública e privada, pois candidato que não respeita a lei não pode merecer o respeito e muito menos a confiança de eleitor que pretende valorizar seu voto.

9º - Nunca esquecer que o voto consciente é que contribui para fortalecer o verdadeiro poder democrático, que é o Poder do Povo, representado no Governo e nos Legislativos pelos cidadãos que são eleitos em eleições livres e soberanas.

10º - Defender, seja onde for, a valorização do voto, mediante reconhecimento de que todos nós, que possuímos título de eleitor, somos responsáveis pelos atos daqueles que elegemos e podemos ser responsabilizados pela democracia que temos.

(Fonte --- http://www.monav.com.br/os-dez-mandamentos)

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G Matos
Enviado por G Matos em 02/09/2010
Reeditado em 10/09/2010
Código do texto: T2473488
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