EM QUEM VOTAR? PRA QUÊ VOTAR?
Votação é um processo de decisão no qual os votantes expressam a sua opinião por meio de um voto de maneira predeterminada. Os votos são processados e a decisão é tomada segundo alguma regra particular. A maneira mais comum de votação é aquela na qual há um conjunto com um número inteiro de opções e cada votante escolhe uma delas, ou seja, cada um vota na sua opção de candidato preferido. A opção vencedora é a que receber mais votos. O Brasil é um dos países cujo governo sustenta a obrigatoriedade da votação, o que é uma contradição em se tratando de um país democrático. Todo cidadão deve comparecer às urnas no dia do pleito, mas ele tem as opções do voto em branco e do voto nulo.
Mais uma vez, outra eleição. Lembro-me da vez que me aventurei a votar para Presidente. Deixei-me convencer por aquela figura que julguei ser diferente e que certamente poderia fazer algo pelo país. Eleito, evitaria que as velhas raposas gananciosas continuassem a tomar conta do galinheiro. Porém, tão logo assumiu, o terrível choque: lá se foi minha pequena poupança. Usurpada incontinenti, vi meu sonho de adquirir um imóvel jogado por terra, justamente pelo político que prometeu tanto, que embalou tantos sonhos, e tão logo chegou ao poder, mostrou as garras.
Conheço histórias de pessoas que foram levadas ao desespero a ponto de dar cabo da própria vida por ter seu patrimônio aviltrado pela administração do sr. Fernando Collor. E quantos políticos iguais a ele não enriqueceram às custa do bem público? Bem feito. Quem mandou eu votar nele?
De lá para cá, mantenho guardado, quase mesmo escondido o meu título de eleitor, símbolo do direito que tenho e da obrigação de exercer esse direito e, que mal utilizado poderá causar mais transtornos, quem sabe, irreversíveis.
Olhem as caras no horário político televisivo. Todos sorridentes! Semelhantes a perfeição de anjos, aparecem mostrando os dentes como se os eleitores fossem dentistas, prometendo façanhas mirabolantes capazes de deixar Don Quixote ruborizado.
Pode até ser que entre tantos alguns poucos sejam, enquanto candidatos, bem intencionados. Ledo engano acreditar neles. Tão logo sejam eleitos, certamente, induzidos ou sugestionados pela maioria, logo estarão chafurdando na mesma lama fétida onde convive a mais terível escória de gente, os políticos. E ai deles que não se enturmem e passem a proceder que nem os outros. Serão estigmatizados, execrados e certamente enquadrados no (in)decoro parlamentar, marca registrada dos facínoras vestidos com paletos alinhados, e seus impecáveis colarinhos brancos.
Eu não! Não me acusem de ter contribuído para eleger quaisquer daqueles canalhas. Não quero chegar ao fim da minha vida com a consciência pesada, sabendo que com meu voto ajudei a colocar no poder um pilantra que ao invés de fazer algo pelo povo, pensa unicamente em si e subtrai de todas as formas os bens que deveriam ser utilizados no desenvolvimento do nosso país.
Pobre Brasil! Pobre de nós, brasileiros, que temos que exercer obrigatoriamente um direito que nos cabe, e ainda escolher o menos pior entre os piores.
Temo pela sorte do país, se a tal Dilma ganhar. Permito-me voltar ao tempo de cirança, em que escutava histórias sobre dragões que cospiam fogo e tudo destruía. Quando vejo a imagem da Dilma na tv, logo imagino um dragão cuspidor de fogo espreitando e esperando o momento de agir.
A imagem do Serra me faz lembrar a época dos engenhos, onde os abastados senhores reuniam-se para deliberar o que era bom só para eles. Serra intui um governo para as elites.
Marina Silva lembra aquelas mães do interior que se desdobram em esforços para manter os filhos que teimam em partir e que insistem em sair do interior para a cidade grande. Defensora do meio ambiente, resume seu discurso neste sentido, porém pouco conseguiria diante do poderio das multinacionais e dos biliardários.
Alguns outros candidatos pouco inspiram para que se crie expectativas diante de uma possível eleição deles.
Fico quieto aqui no meu canto. Vez por outra até assisto a propaganda política, não por acreditar que alguém na telinha me convença a votar nele, mais por achar que seja o melhor programa de humor da televisão brasileira.
Meu título? Bem, ele continuará gaurdado. Evito olhar para ele por receiar que me cause ânsia de vômito. Ficará onde sempre está, saindo de lá por breve espaço de tempo, o suficiente para que eu possa levá-lo à urna e utilizá-lo para anular meu voto.
Quem vencerá? Pouco me interessa, enquanto a política não for apenas um sacerdócio exercido por pessoas de bem pensando unicamente no povo. Exercerei meu pseudo direito de voto, sim. Comparecerei a seção eleitoral e terei imenso prazer em anular meu voto. É minha forma silenciosa de protestar contra estes bandidos que infestam meu querido Brasil.
Votação é um processo de decisão no qual os votantes expressam a sua opinião por meio de um voto de maneira predeterminada. Os votos são processados e a decisão é tomada segundo alguma regra particular. A maneira mais comum de votação é aquela na qual há um conjunto com um número inteiro de opções e cada votante escolhe uma delas, ou seja, cada um vota na sua opção de candidato preferido. A opção vencedora é a que receber mais votos. O Brasil é um dos países cujo governo sustenta a obrigatoriedade da votação, o que é uma contradição em se tratando de um país democrático. Todo cidadão deve comparecer às urnas no dia do pleito, mas ele tem as opções do voto em branco e do voto nulo.
Mais uma vez, outra eleição. Lembro-me da vez que me aventurei a votar para Presidente. Deixei-me convencer por aquela figura que julguei ser diferente e que certamente poderia fazer algo pelo país. Eleito, evitaria que as velhas raposas gananciosas continuassem a tomar conta do galinheiro. Porém, tão logo assumiu, o terrível choque: lá se foi minha pequena poupança. Usurpada incontinenti, vi meu sonho de adquirir um imóvel jogado por terra, justamente pelo político que prometeu tanto, que embalou tantos sonhos, e tão logo chegou ao poder, mostrou as garras.
Conheço histórias de pessoas que foram levadas ao desespero a ponto de dar cabo da própria vida por ter seu patrimônio aviltrado pela administração do sr. Fernando Collor. E quantos políticos iguais a ele não enriqueceram às custa do bem público? Bem feito. Quem mandou eu votar nele?
De lá para cá, mantenho guardado, quase mesmo escondido o meu título de eleitor, símbolo do direito que tenho e da obrigação de exercer esse direito e, que mal utilizado poderá causar mais transtornos, quem sabe, irreversíveis.
Olhem as caras no horário político televisivo. Todos sorridentes! Semelhantes a perfeição de anjos, aparecem mostrando os dentes como se os eleitores fossem dentistas, prometendo façanhas mirabolantes capazes de deixar Don Quixote ruborizado.
Pode até ser que entre tantos alguns poucos sejam, enquanto candidatos, bem intencionados. Ledo engano acreditar neles. Tão logo sejam eleitos, certamente, induzidos ou sugestionados pela maioria, logo estarão chafurdando na mesma lama fétida onde convive a mais terível escória de gente, os políticos. E ai deles que não se enturmem e passem a proceder que nem os outros. Serão estigmatizados, execrados e certamente enquadrados no (in)decoro parlamentar, marca registrada dos facínoras vestidos com paletos alinhados, e seus impecáveis colarinhos brancos.
Eu não! Não me acusem de ter contribuído para eleger quaisquer daqueles canalhas. Não quero chegar ao fim da minha vida com a consciência pesada, sabendo que com meu voto ajudei a colocar no poder um pilantra que ao invés de fazer algo pelo povo, pensa unicamente em si e subtrai de todas as formas os bens que deveriam ser utilizados no desenvolvimento do nosso país.
Pobre Brasil! Pobre de nós, brasileiros, que temos que exercer obrigatoriamente um direito que nos cabe, e ainda escolher o menos pior entre os piores.
Temo pela sorte do país, se a tal Dilma ganhar. Permito-me voltar ao tempo de cirança, em que escutava histórias sobre dragões que cospiam fogo e tudo destruía. Quando vejo a imagem da Dilma na tv, logo imagino um dragão cuspidor de fogo espreitando e esperando o momento de agir.
A imagem do Serra me faz lembrar a época dos engenhos, onde os abastados senhores reuniam-se para deliberar o que era bom só para eles. Serra intui um governo para as elites.
Marina Silva lembra aquelas mães do interior que se desdobram em esforços para manter os filhos que teimam em partir e que insistem em sair do interior para a cidade grande. Defensora do meio ambiente, resume seu discurso neste sentido, porém pouco conseguiria diante do poderio das multinacionais e dos biliardários.
Alguns outros candidatos pouco inspiram para que se crie expectativas diante de uma possível eleição deles.
Fico quieto aqui no meu canto. Vez por outra até assisto a propaganda política, não por acreditar que alguém na telinha me convença a votar nele, mais por achar que seja o melhor programa de humor da televisão brasileira.
Meu título? Bem, ele continuará gaurdado. Evito olhar para ele por receiar que me cause ânsia de vômito. Ficará onde sempre está, saindo de lá por breve espaço de tempo, o suficiente para que eu possa levá-lo à urna e utilizá-lo para anular meu voto.
Quem vencerá? Pouco me interessa, enquanto a política não for apenas um sacerdócio exercido por pessoas de bem pensando unicamente no povo. Exercerei meu pseudo direito de voto, sim. Comparecerei a seção eleitoral e terei imenso prazer em anular meu voto. É minha forma silenciosa de protestar contra estes bandidos que infestam meu querido Brasil.
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Proibida a cópia ou a reprodução sem minha autorização.
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