Lulla Gargântua E A Ditadura Do Lumpemproletariado
Não é exagero nem linguagem simbólica. É a realidade simplesmente. Em que se sustenta o vazio político que alimenta a demagogia dessa democracia do faz de conta? Resposta: Na carência material e intelectual da sociedade. Na necessidade de sobrevivência material que não requer inteligência, nem formação escolar e acadêmica. Qualquer demagogo de ocasião faz um festão no palanque político da demagogia desvairada.
Lulla é o picareta da vez. Quem mantem sua popularidade comprada? As verbas do Estado canalizadas para o aplauso de seu umbigo de dançarino do ventre verbal nos palanques festivos de todos os naipes e de todas as gentes. Ele agrada a tudo e a todos com seu jeitinho cafajeste e polivalente de discursar conforme os interesses e expectativas ingênuas da plateia. O prato popular do dia: a verborragia ao agrado do freguês. O presidente Analfabeto não suborna apenas as plateias avaliadas pela recente pesquisa do IPEA:
Dos 50% dos adolescentes brasileiros entre 15 e 17 anos cursando ou terminando a farsa do ensino médio, cinco milhões descobriram que estavam apenas pastando, os professores fazendo de conta que ensinavam, eles, alunos, fazendo de conta que aprendiam. Resultado da “descoberta da pólvora”: Abandonaram a escola que não lhes proporciona nenhum expectativa de crescimento material e intelectual e embarcaram no barco trôpego do empreguismo de ocasião e daí, em breve, estarão desembarcando no porto inseguro do crime organizado, vitimas do tráfico e da prostituição.
Enquanto Lulla Gargântua exercita a garganta em seu palanque do dia, subornando multidões de necessitados que mendigam a doação do Bolsa-Bufa em troca de apoio nas pesquisas de opinião, grande parte da mocidade brasileira se lança na criminalidade simplesmente por falta de opção de aprendizado pertinente nas escolas do ensino fundamental e médio. Aproximadamente 50% dos professores das redes de ensino paulista não obtiveram a nota mínima na avaliação do conteúdo didático que deveriam fornecer aos alunos em sala de aula. Imagine o leitor os resultados de uma avaliação semelhante em outros estados e municípios do país. Governados ou não pelo partido político do presidente Analfabeto.
Enquanto as escolas públicas lançam no mercado milhões de novos marginais para barbarizar a população que trabalha já excessivamente barbarizada, os assalariados de todos os estratos da sociedade, Lulla Gargantua lubrifica a garganta no palanque do show de sua próxima dança do ventre verbal, usando o dinheiro público (R$ 12 bilhões) para autopromover-se, e garantir a popularidade subornando de maneira vil e covarde, em troca de alguns trocados, milhões de necessitados materiais e intelectuais que mal sabem que têm direitos e jamais saberão defender esses direitos porque sempre vão ignorar o que significa cidadania.
Que significa essa conjuntura política e social tenebrosa? Significa que o país está vivendo a afirmação política da ditadura do proletariado. Do proletariado material e intelectual. Em todas as secretarias de governo de seu partido político, estão presentes pessoas que não possuem a mínima das mínimas condições de desempenho de funções de responsabilidade administrativa. Mas estão em pleno desempenho dessas funções fazendo de conta que tem condições de desempenhar papéis sociais para os quais não foram preparadas nem precisam ser. Ou saber.
Por quê? Porque essas funções administrativas são postas nas mãos irresponsáveis desses(as) burocratas como dádiva assalariada de seu partido político. Cargos assalariados exercidos por pessoas que mal sabem soletrar. Burocratas que passariam meia hora para ler meia página de um livro com conteúdo literário pertinente a influência cultural acadêmica. Pessoas comprometidas com a diarreia verbal de seu führer analfabeto. Dos interesses partidários assentados no ascenso de analfabetos a cargos públicos meramente destinados a fazer a corte e a promoção daqueles “companheiros e companheiras” que foram, são ou serão serviçais da burocracia do partido.
Estas afirmações não são irresponsáveis ou gratuitas. Fazem parte de minha experiência de escritor e ganhador de, entre outros, dois prêmios literários promovidos pelo Governo do Estado do Piauí, edição 2006. A burocracia da instituição governamental que promoveu o evento literário era chefiada por uma burocrata completamente ignorante dos interesses culturais provenientes da literatura. A premiação não tinha a mais superficial consideração pelos ganhadores. O texto que regulamentava o concurso literário era ambíguo e se prestava, como depois os autores ficaram sabendo, às mais pacóvias interpretações. Oficiais.
A princípio, segundo o Regulamento, os autores tinham a impressão de que ganhariam uma premiação irrisória em dinheiro, mas que haveria uma compensação das despesas de participação, com a premiação adicional de mil exemplares editados na gráfica contratada pela instituição “cultural” do partido político do presidente analfabeto. Qual a surpresa desses autores ganhadores quando foram informados de que teriam direito a cem exemplares que não eram cem exemplares.
— Que coisa é essa? Estará se perguntando o leitor. Cem exemplares que não são cem exemplares? Explico: os participantes supostamente premiados teriam direito a cem exemplares de livros editados com a participação dos autores ganhadores do 1°, 2° e 3° lugares na classificação do concurso. A burocrata chefe (muito importante, estava sempre em reunião) e seus assistentes, quando explicavam aos autores essa conta mal intencionada, insistiam em dizer, inclusive em entrevista em jornal (uma vez contestada a premiação pelos autores insatisfeitos com a cachorrada), que estavam premiando os autores acima do que eles mereciam por lei.
Segundo a chefia da instituição governamental, pela lei do direito autoral, esses autores teriam direito a 5% dos mil exemplares prometidos pelo Regulamento do concurso. Onde ela foi achar esses 5% é mistério transcendental. Há décadas a lei do direito autoral garante, no mínimo, aos autores, 10% das tiragens editoriais. Do alto de sua ignorância fundamentalista a presidenta da instituição governamental que promoveu o concurso garantiu em público, via entrevista em jornal, que fazia grande favor aos autores em premiá-los com 10% do total de livros que, segundo ela, seriam editados para distribuição em bibliotecas públicas estaduais. Sem que os autores pudessem ter acesso aos nomes dessas bibliotecas ou à garantia de que seriam, realmente, editados mil livros.
Esses concursos são promovidos para a premiação de autores que pertençam ao grupo de amigos dos amigos da patota de políticos recém-eleitos. Nem sei como ganhei dois terceiros lugares nesse concurso. Acredito que premiaram um romance de minha autoria e um livro de contos porque houve erro de julgamento pela comissão de jurados que arbitrou os Concursos Literários do Piauí 2006. Certamente esses jurados confundiram meu nome com o nome de apadrinhados do governo.
Quando afirmo que estamos vivendo a ditadura política e cultural do proletariado não estou exagerando minimamente. Os quadros de funcionários do partido do presidente analfabeto parecem saídos de criptas do interior de uma cidade recém descoberta por arqueólogos. Uma vez desenterrados de camadas subjacentes à superfície, seus habitantes continuaram semoventes, porém com uma cultura própria dos moradores cananeus de Sodoma, Amorah e cidades adjacentes: Adma, Zebolim e Bela (conhecida por Zoar).
Produtos de uma política educacional caracterizada pela precariedade estrutural, pelo desinteresse dos políticos que antecederam os petistas na gestão dos executivos estaduais e municipais, os atuais quadros administrativos ocupados por essas pessoas, fazem justiça à educação que receberam quando frequentaram suas escolas e academias que lhes ensinaram apenas a sucatear os recursos naturais de seus corações enferrujados pelo romantismo sertanejo (e urbano) ao estilo de Roberto Carlos e chôrôrôs quejandos. Nessas escolas e academias aprenderam a condicionar a própria mente coletiva à aceitação passiva dos produtos da dominação de uma cultura escolar e acadêmica globalizada pelos paradigmas da exclusão social.
A inclusão social deveria ser pela mostra pessoal de conhecimento, pelo discernimento, pela competência das faculdades intelectivas, pela função inerente ao espírito de exercitar diariamente seu próprio crescimento intelectual e emocional. Mas as escolas e academias das quais são provenientes lhes ensinaram apenas a fazer qualquer concessão ao empreguismo, à ascensão burocrática dentro do plano de carreira ao qual estão completamente sujeitados. Tudo e todas as coisas que um funcionário público deseja resume-se no tostão a mais no salário. Seu paraíso perdido é o achado do DAÍ, do DAS. Pelos quais são capazes de qualquer infâmia e baixaria.
Não é à-toa que cantores de forró são eleitos para o Parlamento com votações expressivas. A lógica de seus eleitores é simples: se eles cantam bem, então, vão legislar melhor. O analfabetismo dos eleitores do Bolsa-Bufa faz a alegria, a alegria de seu presidente quando lê nos jornais que tanto detesta, os resultados das pesquisas de opinião pública que mostram seu desgoverno com taxas de aprovação de 70%. E a avaliação do umbigo pessoal adornado pelas verbas públicas do Bolsa-Bufa, com 80% de aprovação popular.
Há muito a sociedade é educada para desconhecer seus direitos básicos à dignidade pessoal e à cidadania coletiva. A sociedade atual educa seus membros para a negação diária desses direitos básicos, A luta pela cidadania foi substituída pela competição em prol de um tostão a mais nos lançamentos curriculares da carteira profissional. A servidão política de seus parlamentares, juízes e executivos tem compromisso com a cultura centenária da corrupção institucional.
A indiferença política, cínica e demencial, do presidente analfabeto, seu entusiasmo infantil pelas regalias do poder político, o conduziu a optar por soluções de fachada, pelo confete e a serpentina carnavalesca das resoluções paliativas na área da educação. Esse presidente tem em mãos a oportunidade única e exclusiva de mudar o paradigma nefasto das estruturas educacionais centenárias voltadas para o ensino e a adaptação das gerações de alunos que frequentam escolas e academias da dança do ventre. Tudo que desejam da vida a partir do concurso público, é sentar numa mesa de bar e encher a cara com as bebidas preferidas dos zecas pagodinhos da vida.
A cultura do jogar conversa fora. E sorrir das piadas de português das quais eles, burocratas, tecnocratas do funcionalismo público, são as principais vítimas. Enquanto o país afunda na exclusão social de milhões e milhões de alunos do ensino médio que se recusam a continuar frequentando uma escola do faz de conta que eu ensino, faça de conta que aprende, o presidente analfabeto continua sua interminável dança do ventre, mostrando seu umbigo verbal nos palanques, ao som dos discursos rebolantes de popularidade comprada.
O presidente dança nos palanques a dança do ventre, Ao mesmo tempo em que o país afunda na promessa de que, em breve, as ruas, praças e avenidas das cidades estarão mais incrementadas de marginais promovendo roubos, assaltos, invasões, chacinas, furtos, sequestros, tráfico, homicídios, com as armas de última geração da violência financiada pela demagogia oficial de políticos preocupados em incrementar suas contas bancárias nos paraísos fiscais. Tudo na melhor das intenções.
Afinal, em seu favor, preciso dizer que elle, presidente analfabeto, não possui condições intelectuais de saber o quanto é vital para o futuro de um país a educação fundamental, média e superior que não seja apenas do faz de conta.
A propósito: hoje, dia 16/08/10, perfazem 381 dias de censura inconstitucional ao ESTADO DE SÃO PAULO. Censura promovida por seu aliado, José Romão Sarney, presidente da Casa Grande Senado. Esses políticos confiam em que o carnaval vem aí. E estão fazendo o carnaval delles na Praça dos Três Poderes, de modo a concorrer com a bateria das escolas de samba da Marquês de Sapucaí.
Profecias bíblicas diziam que, no fim dos tempos, os vivos invejariam os mortos. Essa coisa mórbida, terrível, esse filme de horror moral, já está acontecendo. Veja-se outra vez a advertência de Stephen Hawking. Ou a de Einstein que o precedeu. Ele dizia que estava estupefato com a distância estelar existente entre a modernidade dos avanços tecnológicos e a estagnação, na idade da pedra, do caráter humano.
A possibilidade do terceiro mandato de Lulla L O S T se afirmar na suposta eleição de sua candidata Alice, a Vermelha, é um sinal da obscuridade tenebrosa desses tempos proféticos.