55 Dias De Censura Dos Três Poderes Réus Ao ESTADÃO
Aqueles que agem na suposta legalidade tentam encontrar justificativa para seus atos políticos secretos. A tomada do poder da Casa Grande Senado pelo grupo fascista do Kayser do Maranhão, é considerada legal, desde que efetuada pelas vias institucionais.
O Kayser do Maranhão nivelou todos os senadores por si mesmo, e não houve protestos de seus pares. Nenhum reivindicou a diferença entre ele mesmo e o presidente do Senado. Isso quer dizer que todos aceitaram o nivelamento por baixo e baixaram as cabeças em concordância com ele.
A chegada de Mussolini ao poder na Itália também foi considerada estritamente legal. Em 16 de março de 1924 Mussolini foi designado constitucionalmente, via juramento de fidelidade ao rei e à Constituição. Obteve do parlamento italiano plenos poderes. Os fascistas na época celebravam a “violência revolucionária”.
Os fascistas da Casa Grande Senador hoje, no Brasil, celebram a “violência contra a Constituição”. Festejam 55 dias de censura ao jornal O ESTADO DE SÃO PAULO.
Na década de 20 do século passado, Mussolini, na Itália, declarou a um repórter do “Corriere Della Sera”: “Diga a verdade. Promovemos uma revolução sem equivalente no mundo... Fizemos uma revolução enquanto os serviços públicos continuavam normalmente funcionando, sem interromper o comércio e com os empregados em suas mesas de trabalho, os operários nas fábricas e os camponeses pacificamente cultivando os campos. É uma nova forma de revolução.”
No Brasil dos dias atuais, o Kayser do Maranhão, presidente da arena Congresso e seus semelhantes, fez uma “revolução” nos moldes de Mussolini na Itália fascista: Subverteu totalmente a administração do serviço público legislativo federal, encampando-a à corrupção administrativa, direcionando cargos públicos a seus familiares, obteve o apoio do “Conselho de Etitica”, nivelou a todos os senadores pelo seu próprio comportamento. Obteve deles um silêncio absolutamente degradante. E encampou a tirania de centenas de atos secretos como se fosse uma atitude administrativa aceita, válida e inserida no contexto da Casa Grande Legislativa.
O poder administrativo do Kayser do Maranhão na presidência do Senado conseguiu tudo o que queria da instituição, com seus parente próximos e namorados de familiares obtendo dele cargos públicos pela relação de amizade pessoal e não por mérito próprio. Para justificar o injustificável nepotismo, fez um discurso em plenário afirmando para todo o país que estava agindo de pleno acordo com seus pares. “Todos aqui são iguais a mim”. E seus pares ficaram calados. Quem cala consente. Todos farinha do mesmo saco.
Nos dias da tirania fascista de Mussolini a Itália viveu um período de brutalidade escancarada. No Brasil de hoje (setembro de 09) vigência do primeiro quartel do século XXI, a violência dos procedimentos da ditadura institucional dos atos secretos da Casa Grande Senado por seus pares do “Conselho de Etitica” é uma atitude fascista inaceitável numa sociedade dita democrática.
Uma das características do fascismo italiano foram as restrições impostas à liberdade de imprensa. A Itália viveu um tempo de chumbo. No Brasil a censura à imprensa volta com uma truculência (supostamente ou realmente) institucional? O Legislativo, o Judiciário e o Executivo unidos numa atitude que envergonha as instituições que provisoriamente não podem ser consideradas democráticas.
O Brasil vive uma tirania institucional fascista. Uma política do Executivo ditada pelos chiliques discursivos de um presidente da República analfabeto que fornece apoio público aos “atos secretos” do Kayser do Maranhão presidente da Casa Grande Senado, que por sua vez conta com o apoio do poder Judiciário que há 55 dias está fazendo de conta que o Tribunal de Justiça do distrito Federal não está agindo conforme motivações corporativistas. E não conforme a motivação Constitucional. Em confronto com as leis e a Constituição.
Na Itália, a chegada dos fascistas ao poder um governo que poderia politicamente ser considerado constitucional logo transformou-se numa ditadura. Os brasileiros brasileiros vivem realmente, não apenas virtualmente, sob a ditadura de uma “elite” política que congrega os três poderes republicanos numa “revolução” às avessas, onde se verifica o atraso “irreversível” das posturas daqueles representantes dos eleitores que deveriam respeitar minimamente a cidadania deles. E não aviltá-la de modo à expor as instituições brasileiras à chicana globalizada via Internet.
Está vigente uma espécie de consenso da “defesa do Estado” por todos os partidos políticos que compõem o Governo e a suposta Oposição. Ambas congregadas no apoio às decisões do “Conselho de Etitica” que engavetou as denúncias contra o Kayser do Maranhão. E que, por mais absurdo seja, continua valendo a decisão quiçá reversível, para que não permaneça vigente a humilhação nacional da cidadania e dos direitos constitucionais de seus eleitores.
É como se estivesse vigente a “Monarquia dos Burgueses” titular dos Três Podres Poderes cantados não poucas vezes pela Música Popular Brasileira.
Até mesmo na Itália de Mussolini os fascistas queriam se livrar da monarquia. Da antiga classe dirigente, da burguesia covarde, pusilânime, dominada pela cartilha da poder pelo poder, da corrupção institucionalizada. Mas os fascistas nacionais liderados pelo Kayser do Maranhão estão a fazer jogos discursivos atentando contra a liberdade de imprensa em seus discursos de palanque, como se visassem manter, no exercício da legislatura, a mesma performance ordinária que todos conhecem: a demagogia dos discursos enganadores, sem firmeza e convicção moral, característicos dos períodos eleitorais.
A “Marcha sobre Roma” de Mussolini uniu todos os italianos que queriam ver a Itália libertada da velha burguesia liberal que havia entregue o país ao capital financeiro internacional. Todo o povo de um país configurado politicamente em torno da demagogia de uma liderança para inocente útil nenhum botar defeito. Quando um povo eleitor está coletivamente estressado com as velhacarias de palanque de seus supostos representantes políticos (de uma monarquia ou de uma república) até mesmo um analfabeto pode ser votado e eleito presidente e tido provisoriamente como líder. O cansaço das lideranças políticas anteriores ao governo do analfabeto, tornou-o elegível duas vezes. E elle ainda faz vigente a pachorra de querer eleger uma sucessora.
O “Partito Nazionale Fascista” denunciou a inaptidão e a inutilidade intelectual e moral das classes governantes tradicionais, ao mesmo tempo que rejeitava a utopia social do bolchevismo e do socialismo de araque. O Partido dos Trabalhadores elegeu seus parlamentares e o presidente analfabeto a partir de uma promessa de moralização administrativa das instituições.
E o que o eleitor vê é um partido político fascista de personalidade política regressiva, com uma voracidade inaudita para devorar verbas públicas. Uma intensidade tão ululante e degenerada, que o chefe do poder executivo, não perde uma única oportunidade de mostrar uma alienação soberba, ao ignoranr as reivindicações do eleitorado de brasileiros brasileiros, concedendo apoio publicamente discursivo ao tradicional velhaco da Arena da ditadura, mais conhecido como o “ancião da pilantragem”, também alcunhado por “Kayser do Maranhão”.
O Duce do Palácio do Planalto faz justiça ao presidente da Casa Grande Senado. E à falta de caráter desse grande conchavo entre as “elites” que abusam da paciência de seus eleitores. Dos poderes que estes delegaram àqueles por falta de alternativa. A escolha de candidatos nas urnas dessa democracia totalitária, conduz os eleitores a uma espécie de conivência forçada com esses políticos eleitos para humilhar e envergonhar um país que está cada dia mais distante de se configurar politicamente enquanto nação.