A GUERRA DOS NÚMEROS
Meados de Julho, quase final das férias escolares, final de copa do mundo.
Voltamos para casa, e todo o resto quase voltando ao seu devido lugar. Mas...será mesmo?
E eu perguntaria: A festa acabou?
E alguém mais "ligado" responderia: Não, porque ainda nem começou!
Ano de eleição presidencial sempre promete.
Promete guerra...e depois garante a festa!
A História da Humanidade é mais velha que andar para frente: sempre tudo igual. Mesmo assim... será que, de fato,nós caminhamos adiante?
Taí a pergunta que não me cala, talvez a mais difícil de se responder, e sinceramente não sei a resposta embora tema por ela. Eu explico: Distraidamente em férias ouvi duas notícias estatísticas que me chamaram a atenção me trouxeram de volta ao meu mundo: uma ontem, outra hoje.
A de ontem era estarrecedora, penso até que houve um engano da guerra dos números, ou entendi a dita fração erradamente: Dizia lá que CENTO E TRES MILHÕES DE BRASILEIROS "vivemos" sem saneamento básico.
Somos quantos? Na melhor das hipóteses duzentos milhões? Ou vão aumentar nosso índice demográfico para diluir a barbaridade?
O que significa dizer que somos mais que a metade da população sem condições sanitárias adequadas. Milagre é tanta gente viva, ISSO SIM!
Não pode ser não, esse número não bate com a fala dos políticos!
A outra notícia é pra lá de otimista: tem uma emissora de televisão, por aí noticiando aos quatro ventos que há apenas UM MILHÃO E SEISCENTOS MIL desempregados no país. E comemoram com um sorriso de Monalisa no rosto...
Deduzi que ficaram meio sem graça de noticiarem o milagre, porque até MILAGRE tem limite! Senão a gente desconfia é do santo.
Somos quantos por cento de população trabalhadora ativa?
Bem, apenas a grande São Paulo computa quase vinte milhões de habitantes e há pouco tempo batia na casa dos dez por cento de desemprego com quase dois milhões de desempregados.
Puxa, o tempo passou e penso que fizemos milagre mesmo!
Ninguém tem saúde mas todo mundo trabalha. Interessante...
Só uma dúvida me incomoda: "Bolsa família conta como emprego?"
Para mim seria a única explicação para uma estatística tão otimista.
Não sei , diz o dito popular que ninguém engana a todos por muito tempo, mas uma coisa é certa, quando fizeram este dito, ainda não existia os políticos.
Pelo menos, não os nossos! E nem essa gente boa chamada "brasileiros".
E como a guerra é de números, agora vão guerrear nas prévias para ver quem persuade mais o eleitor a contar erradamente. E a votar então...
Tem eleitor que é cego, mas a mim, parem de me enganar que eu magoo...
Queria mesmo é encontrar esse país das fantasias, sem números tão apocalípticos, esse que todo mundo diz que existe.
Vou é me mudar pra lá nem que for só em pensamento poético.
Quer uma rima senhor presidente? É pra já! Folia rima com anarquia e me desculpe o trocadilho oportuno.
Porém lhe advirto:
É melhor nem tentar remendar o seu soneto...porque tá difícil uma emenda que dê jeito na situação.
Mas sei que posso estar enganada. Por aqui tudo pode acontecer quando a guerra é dos números...
Aprende a contar...Brasil!