O DESMONTE DA GUERRA
A imprensa tradicional não deu o destaque com o qual a Revista “Time” qualificou o Presidente Lula,logo após a sua inserção pacifista no embate palestino-israelense. Mas, na internet foi lido que ele é o político de maior influencia no mundo.
Não obstante esse reconhecimento internacional, embaixadores aposentados e alguns críticos nacionais, como a imprensa tradicional, procuraram minimizar o gesto grandioso da política diplomática do Brasil, que traz o capital histórico de ter sido um brasileiro, embaixador Oswaldo Aranha, quem presidiu a Assembléia da Organização das Nações Únicas - ONU que votou a criação do Estado de Israel.
Incrível o preconceito ou o interesse subalterno com que atuam tantos brasileiros!
Agora, essa façanha incrível e surpreendente de trabalhar, silenciosamente, com a Turquia, para obter o acordo nuclear com Irã, desmonta, em nível internacional, todos os guerreiros de prontidão, eles que são capazes de começar, outra guerra, como a do Iraque, com justificativa mentirosa, para devastar o país, e de quebra facilitar a passagem de um oleoduto que precisava passar por terras do Iraque, para chegar num ponto para melhor transporte.
Essa façanha só poderia causar o que causou, nas potencias interessadas – frieza, afetando desconfiança. Com alguns sábios nacionais dizendo que esse desconforto provocado nelas pode afastar o Brasil de seus interesses reais, em futuro próximo.
Na verdade, a diplomacia brasileira, que tem um compromisso histórico com a autodeterminação dos povos, atualmente sob a égide da Constituição, avançou para campos nunca dantes navegados, como foi o caso de Honduras, onde os golpistas de ontem inventaram o afastamento de um presidente eleito, para dissimular o que faziam às claras, em tempos recentes. Entretanto, não poderiam contar, como o Brasil não o esperava, que o Presidente deposto pediria abrigo em nossa embaixada e o conseguiria, para inesperadamente fazer-se irradiação de protesto e de denuncia.
Os padrões tradicionais da política de dominação estão abaladíssimos, o crédito político das grandes potencias diminuiu, diminui e muito. Os fazedores das guerras, arrogantes, como sempre, seguramente vão tentar minar ao máximo esse mar de água gelada que o acordo de Teerã jogou sobre eles. Eis aí, no segundo momento, a arrogância norte-americana insistindo em não aceitar o que foi exigido do Irã, há algum tempo, e que foi objeto do acordo atual. E não faltam jornalistas brasileiros, para revelar a mentalidade colonialista, que a conveniência da vida lhe determinou.
E, o nosso retirante Presidente que não freqüentou Universidade alguma, apesar de ter criado mais campos universitários do que qualquer outro Presidente, circula pelo mundo não só como o político de maior influencia nele, mas também como mensageiro da Paz.
Agora, só lhe falta o Premio Nobel. Se, e quando acontecer, a noticia será obrigatória, e uma outra vez poderemos analisar como ela aparecerá na grande imprensa : contrafeita, com rosto de quem comeu e não gostou.
É a bola da vez do Brasil.