PSDB de Goiás - aprendendo pela pedra o que é o PT
PSDB de Goiás - apredendendo pela pedra o que é o PT…
As eleições estão aí. E está chegando a hora de escolher um presidente da república novo. E em Goiás, as pesquisas eleitorais indicam a vitória de José Serra já no primeiro turno (45% contra 28%, de Dilma).
Sobre eleições presidenciais, há algo interessante no comportamento do PSDB goiano, que gostaria de relatar - porque, na imprensa goiana, faltou coragem ou diligência para tanto...
Em Goiás, o PSDB aprendeu pela pedra - ou pedrada, por assim dizer, o que é o modus operandi do PT e, o que os petistas são capazes de fazer, à conta do seu projeto hegemônico de poder.
Foi assim: Marconi Perillo assumiu a candidatura a governador, depois que Roberto Balestra desistiu.
Com a apoio de lideranças do interior do Estado - prefeitos e vereadores que participaram do PMDB Jovem quando ainda carregava pasta para o governador Henrique Santillo e, dos servidores públicos estaduais, Marconi viu sua candidatura disparar, até levá-lo a bater Iris Rezende, que, diziam, era imbatível.
Iniciado o governo, implantou um programa de inclusão social que era um modelo melhorado do modelo planejado por Dª Ruth Cardoso, durante o primeiro governo de FHC.
Os petistas acharam graça no tal programa e Lula chegou a elogiar o governador do Estado, por isso. E ficou no ar, a impressão de um namorico entre Lula e Marconi, ou que pelo menos, Lula estava lhe dando uma piscada de olho - o que pode significar tudo, em política.
Veio a eleição presidencial de 2002. O PSDB lancou José Serra à Presidência da República. E aí, aconteceu algo incrível: os tucanos de Goiás - acompanhados do DEM e do PP do atual governador Alcides Rodrigues, alegando de um jeito frouxo que estavam mais preocupados com a eleição e consolidação de suas bases políticas, cristianizaramu Serra, não movendo uma palha sequer, em favor de sua candidatura.
Era estranho, mas nos palanques do PSDB, ninguém lembrava ou pedia votos para Serra. Nem Marconi. E quando a gente perguntava pelo candidato a presidente da república, diziam: "ah, isso aí, é pra deixar quieto!"...
Lula se elegou e não demorou, pegou o modelo de programas assistencias do governador Marconi Perilloe, o implantou no mesmo formato, no âmbito da União. E, como sabem, foi um sucesso. Mas, negou a autoria.
Veio a eleição seguinte. E de novo, o PSDB, o PFL e o PP, coligados, cristianizaram sem dó nem piedade, a candidatura de Alckmin. Alegação para tanto? Alckmin seria um tipo orgulhoso, com que seria difícil lidar...
Lula se reelegeu, com tranquilidade. E logo, alguns parlamentares começaram a notar os indícios do que viria a ser um escândalo, porque dinheiro em grande quantidade estava jorrando do Planalto para a mão de muitos parlamentares. Eles foram ao Senador Marconi Perillo, que foi a Lula, falar a respeito. Lula, fingiu indignação.
E estourou o escândalo do Mensalão. Marconi foi à imprensa, dizer, com provas testemunhais, de que havia alertado o Presidente da República.
E então, o senador goiano conheceu o perigo e o peso da perseguição de Lula, quando descobriu que os arapongas da ABIN, comportando-se como capangas do PT, estavam devassando sua vida inteira, das finanças às relações pessoais…
Na eleição seguinte, veio o escândalo dos aloprados capitaneado pelo Senador petista Aloysio Mercadante, cujo objetivo era enlemear José Serra, durante a campanha ao governo de São Paulo, para relembrar os esquecidos.
Agora, parece que o PSDB goiano está mais motivado para apoiar José Serra, depois de aprenderem pela pedra - ou pedrada, na prática, quem é Lula, o que é o PT e do que a agremiação é capaz, para sustentar seu projeto de poder...
Se não é isso, os sintomas indicam que, pelo menos, o PSDB goiano - dentro de um concerto dos tucanos do país todo - parece ter adquirido a vontade de disputar o poder em todos os níveis, como fazem quase todos os partidos políticos (sim, por que alguns, nasceram para ser satélites, outros para ser balcão de venda e, outros ainda, para ser a prostituta política de Sarney, Renan e Michel Temmer, a ser comprada a peso de ouro, como é o caso do PMDB - e olha que ela ainda faz-se de rogada!).