Eleição presidencial - de tolos, vaidade e a guerrinha nervosa e inofensiva nos sites, blogs e Twitter.

Eleição presidencial - de tolos, vaidade e guerrinha inofensiva nos sites, blogs e Twitter.

Essa cretinice de guerrinha na Internet é um acontecimento irrelevante, cujo interesse está circunscrito ao mundinho dos pseudo-militantes que passam o dia tentando justificar suas vidinhas pelas infantilidades raivosas que escrevem em posts, áreas de comentários e, blogs que ninguém visita. Quem lê aquelas coisas esbravejadas, até imagina que os caras estejam pronto para pegar em armas - que nada. Não conseguem pagar nem a conta da pizza, no fim de semana!

A irrelevante guerrinha-do-fim-de mundinho da disputa presidencial na Internet nem chegou perto do candidato José Serra - atingindo a um auxiliar de campanha, por conta de um site que nem sequer está on line (www.petralhas.com.br) e cujo nome de domínio foi copiado de uma expressão matadora, criada por Reinaldo Azevedo (que está, agora, requerendo a transferência do tal domínio para si).

Serra, aliás, está na dele, trabalhando para costurar alianças, buscando apoios (está para fechar com o PTB) e, desentocando a petezada e trazendo pro terreiro, com uma ou outra provocação dissimulada - os bichos ficam fulos e começam a dar cabeçadas (e isso faz um barulho engraçado, já que essa galera costuma padecer do mal de cabeça vazia).

Voltando à suposta guerrinha - na qual, só um lado parece guerrear, os caras imaginam, numa falta de simancol danada, controlar no mundo intenáutico um jogo que é centrado e jogado efetivamente por Dilma e Serra, aqui, no mundo físico, no dia a dia.

De fato, isso de militância internáutica, de guerrinha política na Internet e coisa de desocupados, frustrados e tipinhos afetados e vaidosos, que se acham muito importantes e pensam que a coisa vai se resolver na base do post, do spam e da pressão sob as redações dos jornais e revistas virtuais - de fato, se cada post, nota, artigo ou citação de área de comentário de notícia, bloguinho que ninguém visita, Twitter e citação de algum jornalista nos artigos e sites noticiosos rendesse um voto para determinado candidato, então não teria dúvidas de que a eleição já estava definida e Dilma podia ir para o Guarujá, comemorar a vitória.ho dúvidas

Essa gente esforçada (Ô!), pensa que está fazendo grande e, prestando um grande serviço em favor de seu candidato, disparando vituperias, ofensas, idiotices e, comparações de coisas incomparáveis, no mundo virtual. Mas o fato é que a leitura de suas "criações" só nos leva à decepção, à duvida de que tenham frequentado a escola e especialmente, as aulas de português, e de que sejam capazes de fazer algo grande, em favor do país.

Mas, uma parte dessa gente sabe o que faz: está ali justamente de guarda dia e noite, sempre criando uma cortina de fumaça no brilho do opositor e uma outra, no passado de sua própria candidata, para apagar o currículo pesado em certas partes e falso em outros (como é o caso do mestrado e doutorado inexistentes da Sra. Russeff).

Um "esgar de mulas", diria o outro...

Sei que não adianta recordar, mas o que resolve eleição é voto. E voto, quem conquista é o candidato e seus apoios, no corpo a corpo com o eleitor, ao longo da eleição.

Em relação à preferência do eleitor, a despeito das tentativas de fraudar o resultado das pesquisas eleitorais, vem dando Serra na liderança desde o ano passado. Em Goiás por exemplo, no momento, Serra tem 45% da preferência dos votos - se dependesse do voto dos goianos, portanto, sua eleição estava garantida já no primeiro turno.

E porque isto acontece? Porque, a despeito da popularidade de Lula e, da percepeção positiva do país pelo eleitor durante o seu governo, a candidata chapa branca não decola?

Vamos dar uma olhada nisso. Há algo de novo no ar e na cabeça do eleitor que a petezada ainda não sacou:

- Parece que o silêncio do eleitor está sugerindo algo assim: o "prazo de validade" de Lula e do PT discursos, propostas e bravatas juntos, ou estão com o prazo vencido ou estão sob análise de quem interessa, isto é, o cidadão que em vem de postar, blogar e tuitar, vota.

Não é algo que o eleitor possa dizer ou se inferir diretamente, mas me parece que é isso que anda passando pela cabeça dos eleitores médios, como eu e você, hipotético leitor. E a falta de entusiasmo em torno da campanha de Dilma, a criatura, que se contrapõe diametralmente contra a admiração por Lula, o seu criador, parece ser uma pista do que digo.

E por isto ocorre? Porque vivemos uma realidade mutante e, mais, porque o país, de qualquer forma, mudou muito nas últimas 40 anos, com destaque para os últimos 20. O status de uma nação eminentemente agrária se transformou nesse tempo em um país urbano e se transformando numa economia de indústria e, serviços, à parte a importante participação no bolo da produção nacional, que ainda beira os 30 %.

Por isso mesmo, a insistência na exploração do tema da pobreza, por exemplo, pode não dar resultado, se a maioria dos brasileiros não perceberem mais o Brasil como um país pobre e cheio de miseráveis, como querem fazer crer certa casta de políticos.

Nesse sentido, as próprias ações continuadas de inclusão social de municípios, estados e União não terão contribuído para mudar esse juízo?

A tentavativa de estabelecer uma hegemonia de um Partido político (isto é, tentar transformar o sistema partidário num regime de partido único, na prática) à custa da satanização da imagem de todas as outras correntes políticas e políticos, também não vai, pouco a pouco, tendo um efeito diverso do esperado? Ora, se os outros partidos ditos de centro e direita são agremiações demoníacas e os seus políticos tipos demoníacos, então porque é que conseguem bons resultados, quando governam?

A política é mesmo assim? Uma espécie de degladiação entre o bem (esquerda) e o mal (centro-esquerda e democratas*)?

As experiências de governo do PT recomendam o partido para o governo? O que ocorreu nos estados e municípios governador por petistas pode influenciar a decisão do eleitor em relação à escolha do Presidente da República? Ou, em outras palavras: a prática petista confere com o discurso? E a prática administrativa petista é boa? Deu bons resultados? Deixou imagem na cabeça do eleitor médio?

E me vem à lembrança a terrível administração de Jacques Vagner na Bahia...

Enfim: se a realidade nua e crua não confere com o discurso do político ou administrador público, o que acontece? O eleitor mantém o mesmo nível de confiança nele?

Considerado o que eu disse nas linhas acima - e contrastando tais reflexões e perguntas com a militância virtual dos partidários de Dilma Russeff, eu pergunto uma vez mais: ela faz diferença na cabeça do eleitor médio? É capaz de criar uma onda de migração de votos (único evento capaz de garantir a virada da situação eleitoral contra José Serra?

Sim, porque até agora, o tucano só tem colhido benefícios dos eventos eleitorais ocorridos.

E não é faniquito de militante desaforado em algum lugar perdido da Internet que vai mudar este estado de coisas.

O presidente Lula, aliás, com todo o seu cabedal de experiência sabe que a coisa não tá fácil - e já pediu mudanças na coordenação de campanha de seu mamulengo, digo, pupila.