Presidência: eleições sem partidos e sem políticos

Há premente necessidade de uma Reforma Política

Deveríamos tentar um caminho novo. O Brasil em sido, eleição após eleição, entregue em mãos de pessoas sem condições quaisquer que sejam, de representar devidamente a Nação e o Estado.

Ao responder a dois lúcidos comentários hoje feitos no artigo que redigi: “Brado de Indignação: leiam-no os cidadãos. Leiam-no os políticos”, as idéias começaram a fluir de tal forma, que resultaram nesse pequeno – mas importante artigo que resume meu pensamento sobre a política. Eu o posto aqui, para divulgá-lo.

Mesmo com todas as dificuldades existentes, sejam intelectuais, sejam materiais, há que ’começarmos pelo princípio’: informarmos, conversarmos, fazermos reuniões, se preciso for… comunicarmo-nos, esclarecermos.

Afinal: usarmos as palavras – faladas ou escritas – como ’armas pacíficas’ para digladiarmos com toda essa desfaçatez que está mais do que à vista, inaceitável pelos cidadãos de bem.

O momento é mais do que propício, pois as eleições estão chegando. Não pertenço a partido algum. Estudei os Clássicos, li os filósofos, mas, na verdade, após tanto estudo(e baseada em tão preciosos ensinamentos) sou o que pode ser considerada uma ’livre pensadora’.

Sendo assim, não vejo como obedecer ordens de quem quer que seja, ou mesmo de organizações existentes, quando minha consciência, por não estar de acordo com elas, se nega a fazê-lo.

Parece-me que são pouquíssimos os políticos honestos, decentes, inteligentes, capazes, íntegros, de caráter ilibado.

Quero crer que ainda existam: e os há, mas são muito poucos.

No que atine aos partidos, pelo que tem ocorrido desde há muitos anos, pelo que tem sido noticiado – verdades objetivas, fatos e não ’juízos de valor’ (mesmo que neguem ter os mesmos ocorrido) – nenhum deles tem todos os seus membros impolutos.

Verdade que não se pode esperar por ’anjos’… mas deve-se sim, procurar por criaturas íntegras, capazes, com boas intenções, que não se verguem jamais a pressões – quaisquer que elas sejam. Que não façam acordos hipotecando a ética, que não façam da política, material de escambo: que não a transformem em ’mercado persa’.

Dignidade não se vende.

Probidade não se compra.

Seriedade não se pode ’pedir emprestada’.

Caráter íntegro – ou se tem,ou não se o tem. Inteligência, nasce-se com ela.

Capacidade é oriunda da inteligência.

Resumindo: há pessoas de bem e do bem – mas é muito difícil encontrá-las no meio político.

Penso que o candidato ideal ao Planalto seria alguém totalmente descompromissado com a política, com os partidos, com todo e qualquer liame que pudesse existir com uma e com outros.

Uma criatura nova, desconhecida nesse campo: alguém que pudesse concorrer à presidência sem pertencer a partido algum.

Podem os leitores pensar: “assim seria muito difícil governar o país pois, sem o Congresso, seria quase impossível”.

Respondo-lhes: o ’impossível não existe’.

Se o candidato ou candidata à presidência de nosso país, reunir as qualidades todas não só necessárias como imprescindíveis para chegar a ser votado(a) Chefe de Estado e de Governo, impor-se-á por si mesmo(a) perante os membros das Casas Legislativas, pois será exemplo a ser seguido e principalmente respeitado.

Quando há admiração e respeito, causados pelo agir da própria pessoa, os demais |(creio mesmo que a maioria) curvar-se-ão perante suas qualidades de criatura humana, bem como seu conhecimento e liderança.

Mirna Cavalcanti de Albuquerque