Rio de lágrimas

As últimas tempestades no Rio de Janeiro que matou inúmeras pessoas só mostram como a Cidade Maravilhosa está muito longe de ser uma maravilha propriamente dita. O que aconteceu no Rio acontece em todo o território nacional. Isso é fruto de desgovernos, falta de política pública que os nossos governantes só pronunciam esta palavra em época de campanha eletiva. Já passou mais que da hora do povo amadurecer politicamente.

O alarde da imprensa e dos políticos está sendo ouvido porque a catástrofe é recente. Daqui a uns vinte dias mais ou menos, todos, absolutamente todos já esqueceram essa tragédia.

Será que o Rio está preparado para as Olimpíadas e a Copa do Mundo? Com a estrutura que a Cidade tem, não está. Os governantes terão que trabalhar muito, de maneira incansável e gastar bilhões de reais se realmente quiserem ver a cidade sediar um evento com galhardia, sem o desconforto de uma humilhação.

O Brasil sendo um país em desenvolvimento, do terceiro mundo, isso está mais do que provado, pois as moradias do nosso povo mais pobre são de característica genuinamente de uma nação que tem muito a aprender aos longos dos séculos como os seus vizinhos das Américas do Sul, Central e do Continente africano.

O Rio de Janeiro mostrou nessa tragédia que se abateu sobre a Cidade, que não tem Defesa Civil, nem Corpo de Bombeiros que possa chamá-los de preparados para essa emergência. Falta de tudo, desde material humano, passando por material tecnológico, como caminhões, tratores, refletores, pás até planejamento e estratégia que nesses casos são fundamentais. Prova disto é que muitos oficiais não se entendiam e discutiam publicamente o que fazer.

No Rio, paga-se impostos caríssimos e a sua segurança está falida das coisas mais elementares que um estado pode ter para aparar qualquer emergência.

Fica hoje a lição para que no futuro próximo, cenas que vimos degradantes do aparelho Estadual de Defesa Civil, não se repita mais. Todo o problema agravante que caiu sobre o Rio de Janeiro tem nome e sobre nome: Politicagem e descaso.