A TRAGÉDIA DE TODOS OS DIAS (Rio de Janeiro)
Eu gostaria muito de poder falar do desastre ocorrido no Rio de Janeiro, sem atribuir qualquer parcela de culpa as vítimas de tão grande tragédia, mas não posso ignorar que amanhã, apenas as vítimas ceifadas estarão isentas da culpa da repetição de dias tão amargos.
Quantos de nós em nome dos sonhos ignoram os riscos, a que expomos nossos familiares, para que o sonho de torne realidade e um dia, se transforme em um pesadelo sem fim. A casa própria é o sonho de todo ser humano e não é por falta de inteligência que o homem se expõe as áreas de riscos, mas pela falta de oportunidade é que as classes pobres se valem dos morros, dos grotões, dos mangues e aterros, onde erguem seus castelos de areia.
Fosse essas áreas motivos de interesses imobiliários, nunca seriam transformadas em depósitos de lixo ou favelas, mas por certos seriam locais onde se ergueriam casas luxuosas, pela vista previlegiada da paisagem dos morros do Rio de Janeiro, cartões postais indiscritíveis! Entretanto os morros, manges e aterros se tornaram sinônimo de pobreza, miséria. Essas áreas de risco não despertam atenção das empresas, senão para despejo dos serem excluídos sociais, resíduos quimicos, lixo, esgoto!
Abandonadas essas áreas são invadidas pelas classes pobres que de forma desordenadas vão se amontoando, amontoado em emaranhadas ruas estreitas, cheias de gambiarras elétricas, esgôtos a céu aberto e onde tudo se edifica no improviso do provisório que fica, até que os sonhos se desmoronem em pesadelos sem fim.
Aproveitando-se desta ocupação anciosa e desordenada, os governantes ensaiam uma capa de infra-estrutura, que lhes geram popularidade e votos oportunos, sem ter que empreender estudos de impacto ambiental, social, ou de tecnologias que levem a gastos públicos, tidos por desnecessários. Sem tudo e sem nada, essa gente passa a viver sem sociabilidade digna e alí edificam seus sonhos, que entre tantos e tantos pesares, ainda é o lugar onde encontram a paz de seus sonhos. O paraíso da tão sonhada casa própria.
Viver um sonho é como se vivesse um grande amor; quem vive nem sempre vê o que outros vêem. Nunca acreditam que as desgraças anunciadas, com outros personagens, um dia os farão atores da mesma trama.
Vivem como seres humanos esquecidos pelo governo em todas as instâncias e circunstâncias da vida, e só se tornam percebidos em temporadas eleitorais ou em momentos dramaticos, como hora vivem os irmãos cariocas.
Ninguém mora em área de risco por uma opção de querer viver; mas pelo desespero da necessidade, empurrados para uma guerra desumana de uma competição selvagem e desigual, imposta pelo capitalismo selvagem, que os faz vitimas das tragédias de todos os dias; sobreviventes dos pesadelos que um dia foi sonho, e hoje se tornaram numeros das estatísticas que fazem as metáforas da vida se alongarem em prantos, sem que tenham tempo de perceber que os sonhos morreram.
Eu gostaria muito, muito mesmo, falar da catástrofe que vitimou meus irmãos cariocas, sem ter que atribuir qualquer parcela de culpa a essas coitadas vítimas dos descasos políticos, da falta de eficientes programa sociais que implementem educação, saúde e trabalho, que fazem em sí, a dignidade de qualquer ser humano, que tem a oportunidade viver sua vida, conquistando passo a passo, dia a dia, suas necessidades de sobrevivência, pelo suor do seu trabalho e não pela ociosidade dos ticts, vales e cotas. Já é tanto o sofrimento dessas classes menos favorecidas e mais e mais exploradas e ainda há de surgir alguém, como eu, que em tal momento venha imporr culpa! É no mínimo uma insensatez minha, reconheço; entretanto, nas próximas eleições veremos esses mesmos homens e mulheres da vida públicos, se aproveitando das debilidades deste povo, justificando as necessidades em promessas eleitoreiras, expondo projetos faraônicos, que prevê cidades, escolas, hospitais, trabalho, na lua, onde há de morar as futuras gerações de "nerds" que nunca chegarão a ser. No entanto, serão aplaudidos, louvados, carregados como heróis nos braços daqueles que hoje choram seus ente-queridos mortos, suterrados sob 1 milhão de toneladas de lixo.
Cenas da terra sendo revirada em buscas de corpos, chocam pela visão apavorante de não se vê terra, barro, pedra, mato, mas uma massa de lixo onde o "xurume" escorre como de saindo de uma nascente mal cheirosa, deixando o ar impregnado pelo cheiro de gás, produzido pela decomposição do lixo, em toneladas empilhadas debaixo de suas casas, onde hoje jaz todos os sonhos.
Os bichos têm locas ou tocas; as aves ninhos para sí, enquantos tantos homens e mulheres vivem sem teto, moram nas ruas, debaixo das pontes e eiras. O João-de-Barro e sua Joaninha nunca fazem sua casinha em numa árvore que esteja sob ameaça natural; até o seu galho é criteriosamente analisado pela pequena ave; os animais, ditos irracionais, se unem quando uma ameaça expõem a espécie em risco. Os animais irracionais foram dotados de um instinto imutável, inalterável, que de geração em geração são preservados e até mesmo aperfeiçoados visando a perpetuação da espécie. Que animais somos nós, racionais! quem somos nós! que dotados de raciocínio e liberdade de pensamentos e vontades nos transformos predadores da própria espécie!
Cada um tenta eliminar do caminho, o outro, quando ele se torna uma ameaça aos nossos planos e sonhos. Alguns agridem e até matam pelos mais futeis razões. O que nos leva a refletir a racionalidade e a irracionalidade dos seres viventes e dizer que o bicho homem está mais para bicho que para homem; porém este pensamento é um elogio para o homem e uma ofensa para os bichos!
A catastrofe do Rio de Janeiro já era anunciada, desde muito tempo, não foram poucas as vezes em que as áreas de risco foram visitadas e que relatórios profissionais alertaram quanto aos riscos de incêndio, deslizamentos. São mais de 500 áreas de risco, hoje, em São Paulo e quase duzentas no Rio de Janeiro e quantas não serão no País das desigualdades, da corrupção, dos políticos lacaios?
A política que deveria ser a ciência das soluções; da urbanidade e sociabilidade; a ciências que deveria inserir o homem no contexto da sociedade, da natureza, da dida! no entanto torna-se a cada dia, fonte das desgraças que nos assola, em sua plenitude conceitual. É a política madrasta geradora de todas as desgraças, quando age pelos interesses de seus representantes, pelo povo eleito.
Esses homens, racionais, apossam dos cargos, das riquesas, dos sonhos e das almas de tantos desvalidas criaturas, e mesmo escravisados por eles, os enaltecem os endeusam e confessam fidelidade, sem perceber que por eles são explorados na fragilidade do espírito e na carência da intelectualidade.
Eu nunca me cansarei de bater na tecla da política, da justiça e da corrupção, como causa de todos os males sociais desta nação. Só me calarei quando a vida calar minha voz. A cada dia me vejo mais indignado quando fatos desta natureza acontecem e que as evidencias claras, não são apuradas, nem julgadas pela justiça ou pelo povo.
Não será este o último morro a rolar ribandeira abaixo, nem será o último aterro transformado em bairros populares; não será esta a ultima desgraça.
- Meu Deus é muito terra em cima do meu filho!
Dizia a jovem m mãe deixando transparecer no rosto a dor e a esperança, de que sob 1 milhão de toneladas de lixo, o seu filho sobreviveria a até que chegasse a ele socorro; quando ontem seu pequeno corpo de 6 anos de idade fora retirado dos escombros..
Temos que aprender a sentir a mesma dor do outro, embora ache que quando convocados estamos também sendo vítimas do Estado, que transfere para de sua responsabilidade para o povo, aproveitando a sensibilidade, o espírito humanitário. Nos mobilizamos em campanhas para recolher donativos: comida, roupas, remedios e por mais que sejamos solidários, nunca, nunca será suficientes nosso gesto, pois para as vitimas que perderam seus ente queridos, nunca mais a vida será a mesma coisa.
É valida e muito valida tais atitudes, porém muito mais valida se aos responsáveis por estas tragédias, impuséssemos a única pena máxima de condenação, capaz de afetar o biro, o ego, o orgulho dos homens públicos deste país: Bani-lo da vida pública.
Enquanto isso começamos a assistir o espetáculo deprimente da sucessão dos governos estaduais e federal. Enquanto um diz O BRASIL PODE MAIS, o outro rebate dizendo: - NOS SABEMOS MAIS. Enquanto o povo é quem padece em qualquer das opções.
Tudo passa, tudo se esquece e quando na mídia outra desgraça tornar-se manchete, a tragédia do Rio de Janeiro não passara de outra historia triste, sentida apenas para aqueles que sobreviveram e acabaram sendo esquecidos em algum lugar da cidade, ou mesmo sem opção, retornar para as área de riscos onde se há de escrever mais um novo capítulo das tragédias de todos os dias, na vida do povo barsileiro.
Espero em Deus, que não seja a próxima eleição, a próxima tragédia a cair sobre as cabeças de nós todos.
Aos irmãos cariocas minha solidariedade, minha dor nas lágrimas vertidas diante dos noticiários; esperando em Deus nossas mãos seja concretiza o único ato que nos resta, capaz de fazer justiça, com nosso próprio VOTO.
Eu gostaria muito de poder falar do desastre ocorrido no Rio de Janeiro, sem atribuir qualquer parcela de culpa as vítimas de tão grande tragédia, mas não posso ignorar que amanhã, apenas as vítimas ceifadas estarão isentas da culpa da repetição de dias tão amargos.
Quantos de nós em nome dos sonhos ignoram os riscos, a que expomos nossos familiares, para que o sonho de torne realidade e um dia, se transforme em um pesadelo sem fim. A casa própria é o sonho de todo ser humano e não é por falta de inteligência que o homem se expõe as áreas de riscos, mas pela falta de oportunidade é que as classes pobres se valem dos morros, dos grotões, dos mangues e aterros, onde erguem seus castelos de areia.
Fosse essas áreas motivos de interesses imobiliários, nunca seriam transformadas em depósitos de lixo ou favelas, mas por certos seriam locais onde se ergueriam casas luxuosas, pela vista previlegiada da paisagem dos morros do Rio de Janeiro, cartões postais indiscritíveis! Entretanto os morros, manges e aterros se tornaram sinônimo de pobreza, miséria. Essas áreas de risco não despertam atenção das empresas, senão para despejo dos serem excluídos sociais, resíduos quimicos, lixo, esgoto!
Abandonadas essas áreas são invadidas pelas classes pobres que de forma desordenadas vão se amontoando, amontoado em emaranhadas ruas estreitas, cheias de gambiarras elétricas, esgôtos a céu aberto e onde tudo se edifica no improviso do provisório que fica, até que os sonhos se desmoronem em pesadelos sem fim.
Aproveitando-se desta ocupação anciosa e desordenada, os governantes ensaiam uma capa de infra-estrutura, que lhes geram popularidade e votos oportunos, sem ter que empreender estudos de impacto ambiental, social, ou de tecnologias que levem a gastos públicos, tidos por desnecessários. Sem tudo e sem nada, essa gente passa a viver sem sociabilidade digna e alí edificam seus sonhos, que entre tantos e tantos pesares, ainda é o lugar onde encontram a paz de seus sonhos. O paraíso da tão sonhada casa própria.
Viver um sonho é como se vivesse um grande amor; quem vive nem sempre vê o que outros vêem. Nunca acreditam que as desgraças anunciadas, com outros personagens, um dia os farão atores da mesma trama.
Vivem como seres humanos esquecidos pelo governo em todas as instâncias e circunstâncias da vida, e só se tornam percebidos em temporadas eleitorais ou em momentos dramaticos, como hora vivem os irmãos cariocas.
Ninguém mora em área de risco por uma opção de querer viver; mas pelo desespero da necessidade, empurrados para uma guerra desumana de uma competição selvagem e desigual, imposta pelo capitalismo selvagem, que os faz vitimas das tragédias de todos os dias; sobreviventes dos pesadelos que um dia foi sonho, e hoje se tornaram numeros das estatísticas que fazem as metáforas da vida se alongarem em prantos, sem que tenham tempo de perceber que os sonhos morreram.
Eu gostaria muito, muito mesmo, falar da catástrofe que vitimou meus irmãos cariocas, sem ter que atribuir qualquer parcela de culpa a essas coitadas vítimas dos descasos políticos, da falta de eficientes programa sociais que implementem educação, saúde e trabalho, que fazem em sí, a dignidade de qualquer ser humano, que tem a oportunidade viver sua vida, conquistando passo a passo, dia a dia, suas necessidades de sobrevivência, pelo suor do seu trabalho e não pela ociosidade dos ticts, vales e cotas. Já é tanto o sofrimento dessas classes menos favorecidas e mais e mais exploradas e ainda há de surgir alguém, como eu, que em tal momento venha imporr culpa! É no mínimo uma insensatez minha, reconheço; entretanto, nas próximas eleições veremos esses mesmos homens e mulheres da vida públicos, se aproveitando das debilidades deste povo, justificando as necessidades em promessas eleitoreiras, expondo projetos faraônicos, que prevê cidades, escolas, hospitais, trabalho, na lua, onde há de morar as futuras gerações de "nerds" que nunca chegarão a ser. No entanto, serão aplaudidos, louvados, carregados como heróis nos braços daqueles que hoje choram seus ente-queridos mortos, suterrados sob 1 milhão de toneladas de lixo.
Cenas da terra sendo revirada em buscas de corpos, chocam pela visão apavorante de não se vê terra, barro, pedra, mato, mas uma massa de lixo onde o "xurume" escorre como de saindo de uma nascente mal cheirosa, deixando o ar impregnado pelo cheiro de gás, produzido pela decomposição do lixo, em toneladas empilhadas debaixo de suas casas, onde hoje jaz todos os sonhos.
Os bichos têm locas ou tocas; as aves ninhos para sí, enquantos tantos homens e mulheres vivem sem teto, moram nas ruas, debaixo das pontes e eiras. O João-de-Barro e sua Joaninha nunca fazem sua casinha em numa árvore que esteja sob ameaça natural; até o seu galho é criteriosamente analisado pela pequena ave; os animais, ditos irracionais, se unem quando uma ameaça expõem a espécie em risco. Os animais irracionais foram dotados de um instinto imutável, inalterável, que de geração em geração são preservados e até mesmo aperfeiçoados visando a perpetuação da espécie. Que animais somos nós, racionais! quem somos nós! que dotados de raciocínio e liberdade de pensamentos e vontades nos transformos predadores da própria espécie!
Cada um tenta eliminar do caminho, o outro, quando ele se torna uma ameaça aos nossos planos e sonhos. Alguns agridem e até matam pelos mais futeis razões. O que nos leva a refletir a racionalidade e a irracionalidade dos seres viventes e dizer que o bicho homem está mais para bicho que para homem; porém este pensamento é um elogio para o homem e uma ofensa para os bichos!
A catastrofe do Rio de Janeiro já era anunciada, desde muito tempo, não foram poucas as vezes em que as áreas de risco foram visitadas e que relatórios profissionais alertaram quanto aos riscos de incêndio, deslizamentos. São mais de 500 áreas de risco, hoje, em São Paulo e quase duzentas no Rio de Janeiro e quantas não serão no País das desigualdades, da corrupção, dos políticos lacaios?
A política que deveria ser a ciência das soluções; da urbanidade e sociabilidade; a ciências que deveria inserir o homem no contexto da sociedade, da natureza, da dida! no entanto torna-se a cada dia, fonte das desgraças que nos assola, em sua plenitude conceitual. É a política madrasta geradora de todas as desgraças, quando age pelos interesses de seus representantes, pelo povo eleito.
Esses homens, racionais, apossam dos cargos, das riquesas, dos sonhos e das almas de tantos desvalidas criaturas, e mesmo escravisados por eles, os enaltecem os endeusam e confessam fidelidade, sem perceber que por eles são explorados na fragilidade do espírito e na carência da intelectualidade.
Eu nunca me cansarei de bater na tecla da política, da justiça e da corrupção, como causa de todos os males sociais desta nação. Só me calarei quando a vida calar minha voz. A cada dia me vejo mais indignado quando fatos desta natureza acontecem e que as evidencias claras, não são apuradas, nem julgadas pela justiça ou pelo povo.
Não será este o último morro a rolar ribandeira abaixo, nem será o último aterro transformado em bairros populares; não será esta a ultima desgraça.
- Meu Deus é muito terra em cima do meu filho!
Dizia a jovem m mãe deixando transparecer no rosto a dor e a esperança, de que sob 1 milhão de toneladas de lixo, o seu filho sobreviveria a até que chegasse a ele socorro; quando ontem seu pequeno corpo de 6 anos de idade fora retirado dos escombros..
Temos que aprender a sentir a mesma dor do outro, embora ache que quando convocados estamos também sendo vítimas do Estado, que transfere para de sua responsabilidade para o povo, aproveitando a sensibilidade, o espírito humanitário. Nos mobilizamos em campanhas para recolher donativos: comida, roupas, remedios e por mais que sejamos solidários, nunca, nunca será suficientes nosso gesto, pois para as vitimas que perderam seus ente queridos, nunca mais a vida será a mesma coisa.
É valida e muito valida tais atitudes, porém muito mais valida se aos responsáveis por estas tragédias, impuséssemos a única pena máxima de condenação, capaz de afetar o biro, o ego, o orgulho dos homens públicos deste país: Bani-lo da vida pública.
Enquanto isso começamos a assistir o espetáculo deprimente da sucessão dos governos estaduais e federal. Enquanto um diz O BRASIL PODE MAIS, o outro rebate dizendo: - NOS SABEMOS MAIS. Enquanto o povo é quem padece em qualquer das opções.
Tudo passa, tudo se esquece e quando na mídia outra desgraça tornar-se manchete, a tragédia do Rio de Janeiro não passara de outra historia triste, sentida apenas para aqueles que sobreviveram e acabaram sendo esquecidos em algum lugar da cidade, ou mesmo sem opção, retornar para as área de riscos onde se há de escrever mais um novo capítulo das tragédias de todos os dias, na vida do povo barsileiro.
Espero em Deus, que não seja a próxima eleição, a próxima tragédia a cair sobre as cabeças de nós todos.
Aos irmãos cariocas minha solidariedade, minha dor nas lágrimas vertidas diante dos noticiários; esperando em Deus nossas mãos seja concretiza o único ato que nos resta, capaz de fazer justiça, com nosso próprio VOTO.