Artigo - Política - Não sou desanimado nem perdedor – Blog de 05.04.2010
José Serra (PSDB-SP) e Aécio Neves (PSDB-MG)
Tenho recebido e-mails de leitores e amigos me criticando de forma bastante forte, ora alegando que sou um desanimado, vez por outra dizendo que sou um perdedor.
Isso nunca. O que eu digo em relação às eleições deste ano, especialmente para a substituição do INRI brasileiro, é que são favas contadas, baseado unicamente no fato de que aqui neste país o dinheiro é a mola de tudo, e em se tratando de compra de votos, direta ou indiretamente, não existe lugar no mundo que seja tão próspero como o Brasil.
Não é de agora, vem desde os primórdios, e nem é apanágio do governo atual do Partido dos Trabalhadores. Os seus próprios adversários estiveram no poder, vamos falar somente nos oito anos do Fernando Henrique Cardoso, e não souberam se manter no pedestal, falando toda sorte de besteiras e fazendo pior ainda, indo na onda dos aloprados, que a tudo criticavam, tudo era roubalheira e eles eram os únicos honestos.
Lembro-me que o desgaste já era de tal sorte que o FHC, pressionado, tivera de fazer cartas ao povo e ao congresso nacional prometendo que jamais privatizaria a PETROBRÁS e o BANCO DO BRASIL. Isso era o primeiro sinal de que os tucanos perderiam as eleições para um pobre metalúrgico analfabeto de pai e mãe, como ele próprio se proclama. Isso é feito no futebol, o time que perde para o nosso Ibis, o pássaro preto aqui do Recife, pode tirar o cavalinho da chuva, porque não está com nada.
Primeiro veio o Serra, bom senador e ministro da saúde, foi serrado; depois o Alkmim (em mim não, em você) e sucumbiu num incêndio, sem capacidade alguma de explorar na campanha aquele maior espetáculo de sujeira que fora o “mensalão” do PT, cujo julgamento ainda pende no STF, à frente o Dr. Joaquim Barbosa, que conseguiu a denúncia de uns quarenta supostos meliantes, sem falar no chefe, evidentemente. Talvez daqui a uns quatro a cinco anos o processo seja encerrado sem o julgamento do mérito, mas por prescrição.
Uma tristeza absoluta me invade o peito quando, no auge das safadezas, do roubo, do desvio do dinheiro do povo, dos dólares na cueca, no caso dos entrosados sanguessugas e na época da CPMI dos Correios as oposições perderam a única oportunidade que tiveram de retomar o poder, isso se entrassem com um pedido de “impeachment” do Lula. Mas tiveram medo de não obter o apoio dos cara-pintadas, esses que foram apenas uma armação para derrubar o presidente Collor, que agora marcha juntinho do Lula, logo ele que até pouco tempo denegria sua pessoa e seu governo.
Agora eu considero muito tarde, o próprio Serra, que com o Aécio ficara indeciso sobre quem é quem, somente no final de março dera o ar de sua graça, admitindo ser candidato, enquanto a Dilma Rousseff, a guerrilheira do peito do INRI nacional, já faz campanha há mais de um ano, quer inaugurando obras ainda inacabadas, juntamente com o seu padrinho, ora nos palanques erguidos com o dinheiro da nação. O TSE, entretanto, nada vê não se sabe o porquê, pois ao que me consta já fora acionado. Uma multazinha de cinco mil reais fora imposta ao Lula e nada mais... Como se ele pagasse... Brincadeira tem hora!
Não me iludo com essa margem de 9% que está sendo apontada para o tucano, pois ainda há tempo suficiente para que essa desconhecida mulher o alcance e tome conta do poder por quatro anos, numa prévia aos oito seguintes que virão para o Lula, que está próximo de conseguir a unanimidade burra do povo nacional.
Em revisão.
Um abraço.