Cristo parceiro de Judas

Recentemente, Lula disse que o futuro presidente, seja ele “xiita” ou o “maior direitista”, será obrigado a se aliar politicamente com o PMDB e com partidos do centro conservador. E em palanque, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hipoteticamente, que se Jesus Cristo fosse presidente do Brasil e Judas tivesse um mandato qualquer, precisaria chamá-lo para fazer uma coalizão. A parceria de Cristo e Judas nas declarações de Lula causaram diversas reações e polêmicas.

Sinceramente NÃO consigo entender que a cada tirada do Presidente com a nossa cara, gere tanta indignação e polêmica assim.

Lula não fez mais do que MOSTRAR e definiu muito "pedagogicamente" bem, o grande esgoto a céu aberto que é o Sistema Político e Eleitoreiro onde o fedor contamina a consciência da massa. Lula não fez mais do que MOSTRAR a consequencia de efeitos que criam ações que visam cada vez mais as escusas negociatas de corporativistas oligopólios a associações monopolizadoras de interesseiros lucros eleitoreiros.

Das coligações e articulações nesse cenário de 25 anos de democracia, de costuras mensaleiras a reeleição de FHC, show de horrores com CPIs terminando em pizza, deputados e senadores arrogantes, acobertando uns aos outros com danças das pizzas de absolvições de mensaleiros... com uma simples frase Lula mostrou como age e reage a nossa chamada representação. Mostrou que o sistema eleitoral brasileiro é feito sob medida para criminosos de todo tipo e espécie.

Em conseqüências do que se transformou, diante de uma visão do que é o Brasil hoje, a população está anestesiada, prosseguindo anestesiada pelo "soro" dos políticos. A cada frase de Lula revela o retrato que nos mostra uma certa noção do limite da visão e até aonde aprendemos a enxergar.

Se há a imprensa investigadora, porque alguns direitos fundamentais da cidadania ainda são peças de ficção?

Participação da sociedade na formulação de políticas públicas é bandeira que os profissionais desses veículos precisavam levantar. Já vimos ou lemos nos meios de comunicação as devidas e necessárias cobranças? Como: cobranças que haja punições e de exigibilidades quanto aos desvios de recursos públicos volte aos cofres da nação?

Dizem os filósofos que a palavra ignorância está carregada de sentidos.

Dos articulista da imprensa e do meio internético, esperava que, junto com as manifestações, leituras bíblicas, ironias e outros comentários sobre a frase do Lula, também fosse vinculadas explicações a considerar do real sentindo que Lula, inconscientemente ou sabiamente conhecedor da ignorância passiva, entre as suas variadas formas, MOSTROU em sua frase; que também fosse vinculadas explicações a considerar que: votamos num político o qual consideramos como íntegro, ou como dizem, entre os piores aquele que é menos ruim. E a maioria da cambada dos piores se elege graças ao quociente eleitoral e quociente partidário/Coligação que elegeu 94% da atual legislatura.

SIM, isso mesmo, 94% da atual legislatura foram eleitos graças ao quociente eleitoral. Entre eles, 172 deputados que respondem processos criminais que equivalente a 33% da casa. Raras corporações abrigariam em seus quadros semelhante fatia de foras-da-lei.

Mudam as danças cênicas de cargos aqui e ali mas o cínico espetáculo eleitoreiro é o mesmo continuísmo oportunista de sempre. Nesse teatro Brasil onde o povo comporta-se como público-plateia, ao votar num candidato ou partido, o individuo está pacificamente contribuindo com a corrupção que corre solta e permitindo que os tais formem redes e quadrilhas que metem a mão em seu bolso, roubando e desviando os volumosos impostos que são pagos e saqueados do suor de seu trabalho. O Voto serve apenas para mantermos vivo esse câncer e suas metástases.

O Voto é uma arma pela qual alvejamos apenas em nossas testas. Porém, mesmo sabendo o efeito dessa arma, quase sempre surgem novas frentes tentando convencer ser as melhoristas, vendendo esperanças na humanização da política e do trato social nesse estado de coisa que não tem mais conserto. A esperança pode tornar menos difícil suportar o momento presente e aí sempre aparecerão aqueles vendendo "oportunisticamente" essas esperanças que faz eleitores a se oferecerem a uma sempre e certa servidão voluntária.

Prestemos atenção do que agora está se transformando em ato cênico - do delegado Protógenes Queiróz que foi o responsável pela Operação Satiagraha e que há pouco mais de um ano da operação, agora o delegado tem ficha assinada em um partido político (PC do B) que integra a base aliada do governo Lula e durante a assinatura de sua ficha de filiação, que Isolado dentro da própria Polícia Federal durante a operação que prendeu Daniel Dantas & Cia, atacado por setores do governo federal, Protógenes anunciou:

- Firmei um compromisso de estar na base aliada do presidente Lula. -

Em recentes entrevistas, vem afirmando que sua candidatura (tem o apoio das igrejas católica e evangélicas) nas eleições de 2010 pelo estado de São Paulo está ainda indefinida, pode ser a deputado federal ou senador.

Em recente pesquisa, aponta que o Delegado teria votos suficiente para se eleger a Deputado Federal, e ainda, graças ao quociente eleitoral, seus votos levaria mais DEZ deputados do PC do B da base aliada Lula/Dilma.

Mas... Mas...

Depois de muitos anos de observâncias, tentando defender uma AÇÃO curiosa, interrogativa e inusitada, noto o quão impressionante são as reações quando surge alguma proposta de um agir. Parece que INCOMODA a ACOMODAÇÃO daqueles que acham que não estão acomodados e estão promovendo algo de "funcional" ao escrever-digitar suas indignações neste meio internético. Lotando as caixas de correio eletrônico de deputados-políticos; repassando aquelas cansativas correntes para tal dia colocarmos um pano verde-amarelo nas janelas; ou para outro dia qualquer, sairmos as ruas vestindo uma roupa preta em motivo-protesto de luto a algo; para aquele dia não esquecermos de acender uma vela para não sei o quê... ou então fixa-se no meio internético discussões de ideologias ou diagnósticos da realidade que todos estamos cansados de saber.

Infelizmente não há motivação do povo para ações que nos levassem a crescer nas atitudes do exercício de nossa cidadania, conquistando assim, o respeito que merecemos.

E nesse sentido de verdade, creio que mais do que verdade é a realidade que nós Eleitores somos sabedores das conseqüências do Voto, pois o ato de votar nessa tal democracia que foi muito mal planejada e está ainda pior na forma pela qual está sendo conduzida, continuará valendo nada vezes nada para o povo, valerá apenas para mantermos viva essa piada chamada de nossa representação.

Continuamos a cada eleição, colaborando ao continuísmo-oportunismo e novamente VOTANDO para pagar os subornos, chantagens e outras maracutaias, artimanhas vergonhosas utilizadas em absolvições de corruptos. Continuamos através do nosso VOTO cooperando com governos que criam e criarão novos esquemas dos interesses da corrupção, esta palavra, por nós, povo brasileiro, tão comentada, dita, ouvida e escrita nesses últimos vinte e poucos anos. O Voto é uma "arma" pela qual alvejamos apenas em nossas testas. Está na hora de começarmos a pensar que, ao optar por uma das alternativas sujas que nos apresentam, nada mais estamos do que legitimando e perpetuando o processo.

Queimar o título numa fogueira em praça pública seria um ato Político para chamar a atenção da sociedade.

QUEIMAR O TÍTULO DE ELEITOR NUMA FOGUEIRA EM PRAÇA PÚBLICA seria uma atitude, uma semente que deveria ser plantada na consciência da massa. Assim, dessa semente, poderia germinar outras ações que nos levassem a crescer nas atitudes do exercício de nossa cidadania, conquistando assim, o respeito que merecemos.

Na minha opinião, falando como cidadão e eleitor, penso que as decepções por esses governos que se instalaram por lá, deveriam causar a população um choque de realidade onde não haveria mais espaço para as ilusões.

Soltemos das amarras... Ou então, continuaremos a sobreviver num estado de carência de movimentos populares. Movimentos que gerassem alguma ação que efetivamente objetivasse a mexer com os tentáculos da eterna incompetência e das manobras corruptas dos e daqueles que FORAM, dos que SÃO e dos que ESTÃO, daqueles que não deixaram de SER e daqueles que sempre FORMAM o Poder e a tal Justiça.

Em quantas eleições necessárias para chegarmos até lá...

QUEIMAR O TÍTULO DE ELEITOR EM UMA FOGUEIRA EM PRAÇA PÚBLICA é a opção.

É na participação do cidadão que garante que as alianças políticas espúrias não sejam realizadas acima do cidadão.

Resta saber se o cidadão, de fato, quer estar compenetrado e ativo para participar e perceber que a sua participação poderá fazer a diferença e não mais se comportar como sempre se comportou, como fanáticos simpatizantes e torcedores dessas figuras partidárias

O certo é que estamos chegando com clareza a perfeição da ruína e decadência.

Há momentos em que a sociedade precisa ser radical:

Radical para acabar com a corrupção;

Creio que já passou da hora de todo cidadão consciente ter o compromisso de ajudar o nosso povo a transformar radicalmente. Essa é a dura e triste realidade.

A grande maioria da sociedade brasileira precisa se levantar em defesa do futuro do nosso Brasil.

Para se começar alguma coisa no meio desse tudo estado caótico é necessário a criação de um FATO de impacto (imediatismo).

MUITO bem sabemos das conseqüências do ato de votar e por essas razões é que se "FAZia" o sentindo de uma reAÇÃO de imediato como uma resposta do AGORA do público-eleitores para esse tratamento o qual somos considerados como servos-idiotas-palhaços-eleitores que contribuímos e até cooperamos para que assim sejamos considerados.

Só vamos conquistar alguma coisa quando deixarmos de aceitar e acatar qualquer forma de manipulação, quando deixarmos de ser massa de manobra, quando organizados soubermos criar e utilizar os mecanismos e os aparelhos necessários para enfrentar esse poder oportunista do sempre continuísmo.

As conquistas do povo virá quando o sistema começar a sentir suas ações.

Mas o fato é que o traço característico do subdesenvolvimento no âmbito político é a debilidade da participação popular. O povo simplesmente pratica o ato de votar e não tem consciência de seus direitos, não tem consciência da importância do Estado e não participa. O povo é uma clientela, é uma pessoa disponível e se comporta como sempre se comportou, como simpatizantes e fanáticos torcedores das figuras partidárias.