OS VÍCIOS DA MODA
O hábito de fumar vem decrescendo de forma consistente. O antigo super astro de cinema Humphrey Bogart ditava essa moda, fumando um cigarro após outro, fazendo com que a maioria dos homens não tão belos, mas pretensiosamente charmosos, tivesse a esperança de que, com aquela fumaça inebriante, conseguisse conquistar uma bela como a Ingrid Bergman, já não faria tanto sucesso nos dias de hoje.
Tinha então que aparecer uma novidade tão importante como proibida, os VAPES, ou seja, cigarros eletrônicos. Chiquérrima uma baforada eletrônica. Infelizmente, os vapes viciam mais que o cigarro.
Vape é um cigarro eletrônico, também conhecido como smok, jull ou “caneta”, que funciona com uma bateria e um líquido que é aquecido e transformado em vapor.
Ficamos assim combinados: cigarro em baixa, vape em alta.
Curioso que o Bogart apesar de chaminé morreu de câncer no esôfago e não no pulmão como estaria no script.
Outra coisa importantíssima é a existência de pessoas viciadas sem vetores químicos, particularmente em jogos de azar. Não só nos cavalos, nos cassinos, nas cartas, mas agora perigosamente nos celulares. Há pessoas que passam horas a fio diante das telinhas, alguns inclusive usando fraldas descartáveis para não perder tempo indo a banheiro. Surgem então, nesta esteira de besteirol, os superbadalados BETS (aposta em inglês).
Importante salientar que alguns estudos mundiais já mostram uma queda de QI em jovens que não se interessam em mais nada do que pornografia, fuxicos e joguinhos, via internet.
As “bets” estão inundando os nossos quintais. É bet de tudo que é jeito. Emblemático até que nossos premiados com o bolsa família estão gastando generosa fatia de suas ajudas nessa nova coqueluche que invade o país. Picanha então nunca mais.
Sabemos que aproximadamente 20 por cento da humanidade é adicta, ou seja, se provar alguma substância inebriante como álcool, cigarro, maconha e outras, em virtude da verdadeira epifania que isso provoca, levando a pessoa ao estado de nirvana, ficam dependentes dessa felicidade artificial.
O vício tem relação com algo ingerido pela boca, nariz ou derme, então como se explica a dependência no caso dos jogos, quando não há ação de nenhuma substância química?
Recentemente, foram descobertas alterações específicas no cérebro que fazem com que a pessoa descambe para essas graves dependências.
Cassinos que destruíram muitos lares são agora também representados por quartos eletrônicos onde circulam milhões de dependentes, gastando muito, mas perdendo mais ainda. Muitas pessoas já vivem hoje de jogos pela internet. Varam horas e mesmo dias ininterruptos atrás daquela chance que reluta em trazer benefícios para os jogadores e que está sempre do lado do explorador. Grosso modo, poderíamos dizer que essas pessoas têm um parafuso frouxo dentro da cachola.