EXISTENCIALISMO E PSICANÁLISE (LUCY IN HELL WITH HER LOVERS) (XXV)

EXISTENCIALISMO E PSICANÁLISE

(LUCY IN HELL WITH HER LOVERS) (XXV)

NOSSA QUERIDA mãe da humanidade, Lucy Australopiteco, era uma primata muito recente, novinha mesmo, se considerarmos a idade das células que nos deram origem há 3,5 bilhões de anos. Com relação à nossa idade cronológica, Lucy é velhíssima, de uma antiguidade perdida no mais profundo tempo histórico vivenciado pela humanidade: o tempo dos Australopitecos. A relação dela com a vida do Homo sapiens atual, o que teria ficado dela em nós, este, o escopo deste artigo que estás lendo.

DIZEM QUE “parente é serpente”. Essa nossa serpente tão antiga, começou um processo de entropia ou deterioração da espécie primata, ao inverso. Sim, da primata Lucy aos nossos dias atuais, a espécie primata chegou a um estágio de suposta evolução, com Armstrong dando pulinhos na lua, Elon Musk e suas big-tech, e a tecnologia chegando a piques nunca dantes imaginados.

ESSE PROCESSO de entropia inversa, de Lucy Australopiteco ao Homo sapiens, é irreversível, não pode retornar, supõe-se, ao estado original. O primata sapiens não pode retornar à condição circunstancial da primata Lucy Australopiteco, mãe da humanidade. O leitor mais zeloso do conhecimento sabe das contradições inerentes a este texto. O que nele se estar a afirmar confirma-se, relativamente à consciência vigente.

A ENTROPIA nunca diminui. Ela aumenta para processos irreversíveis, e permanece constante para processos reversíveis. As primatas sapiens da atual idade se acham lindas, divinas, maravilhosas, mas não passam de sepulcros caiados, enfeitadas com cosméticos que modificam a aparência para melhor serem aceitas na comunidade à qual pertencem, mostrando uma beleza artificial, uma eurritmia de aparência.

NOSSA MÃE Lucy, divina maravilhosa, fêmea Australopiteco de há 3,2 milhões de anos, mãe das espécies hominídeas primatas subsequentes, não tinha ninguém que pudesse ensiná-la a fazer qualquer coisa. Seu aprendizado era na marra. À força e a qualquer preço, Lucy sobrevivia em estado pânico. Ela não tinha tempo para ser arrogante ou desprezar os outros de sua espécie. Sua arrogância natural se justificava pela necessidade premente, aflitiva, de escapar dos perigos ferozes que a rondavam. Ela desprezava a proximidade de seus parceiros porque qualquer vacilo, e seria estraçalhada por feras dos dentes de sabre.

NÃO SE PODE dizer que a humanidade do século XXI não está cheia de feras que nos rodeiam em busca de se apropriar do que é nosso. Os políticos, por exemplo, fazem isto de forma a parecer que estão nos roubando respeitosamente, dentro das quatro linhas da Constituição. O partido de extrema direita, de apoio ao Bad Bode Bozo, soma nada menos que um bilhão para gastos de campanha do fundão eleitoral de Valdemar Costa Neto e seus candidatos a prefeitos na disputa de 2024.

OS ESTUPRADORES responsáveis pelas multidões de Lucy sapiens, pelas circunstâncias de sobrevivência familiar e social em que elas se encontram no exercício da vulgaridade existencial, circunstâncias que facilitam sobremaneira as distorções do sexo às quais estão submersas (prostituição, amigações, aliciamento pelo crime organizado...), não estão nem aí para a família brasileira que as põem no mundo Cão. A pátria e a família da união de multidões de LGBTQI+, servem para a propaganda política da extrema direita de Bad Bode Bozo e de seus sequazes, aliados à concepção antidemocrática do verde amarelismo da amorosidade brega ao suposto amor patriótico que os enriquece sobremaneira. E empobrece o resto da nação.

LUCY AUSTRALOPITECO foi um pequeno passo para os homens primatas subsequentes, e um grande salto para a humanidade, neste momento em que é associada às mulheres sapiens do século XXI. Lucy, sua dieta e a de seus contemporâneos, tinha por prato principal, o consumo de grama e arbustos das savanas, assim como frutos. Artefatos líticos (ferramentas de pedra) foram revelados, em estruturas antigas, por arqueólogos e seus instrumentos de trabalho (pás, escovas e picaretas).

A ARQUEOLOGIA afirma que durante a evolução primata o cérebro humano aumentava gradativamente de tamanho. Consequentemente as redes neurais cerebrais cognitivas (aprendizagem) de Lucy Australopiteco, deram origem às redes neurais mais complexas nas espécies primatas de hominídeos que a sucederam. A psicologia evolucionista estuda as implicações desse aumento no funcionamento mental dos primatas de modo geral.

A QUANTIDADE absurda de ataques venéreos sofridos em decorrência do instinto sexual dos machos Australopitecos, provocou em Lucy uma revolta instintiva contra o apetite sexual de seus contemporâneos. Ao longo dos séculos e milênios, formou-se nela um centro PSI cristalizado de perturbação veemente, abrasada, contra seus agressores. A mistura de prazer com dor, o mistério da gravidez que o grupo Australopiteco não conseguia decifrar. Decifrar os pesares e aflições dos partos, as responsabilidades deles decorrentes, criou na coletividade de sobreviventes desses primatas, um portal de acesso para demônios muito antigos neles se alojarem.

DEMÔNIOS SÃO energias ruins de cólera, indignação e desespero, cristalizadas ao longo do tempo, sob influência de uma força externa que se torna internalizada devido a insistente permanência de influências depravadas, espúrias, corrompidas. Energias essas que, mais cedo ou mais tarde, se manifestam em explosões incontroláveis de revolta emocional até então reprimidas. Lucy Australopiteco estava no inferno com seus amantes. Não havia como se livrar da proximidade deles. Não sabia como deletá-los de seu cotidiano dantesco.

AINDA HOJE, neste mesmo momento, 3,2 milhões de anos depois, uma grande quantidade de jovens mulheres Lucy sapiens, estão sendo estupradas, mortas por feminicídio, por seus pares machos fornicadores, abusadores. Os primatas sapiens agem como se as fêmeas da espécie fossem depósitos de esperma selvagem lançado no interior delas, como se fossem fêmeas Australopiteco de há 3,2 milhões de anos e ânus atrás. Fêmeas transformadas em Lúcyfer. Mas a natureza encontra um modo de corrigir a rota, o trajeto obscuro da natureza, e retaliar contra seus abusadores. Isto veremos no próximo artigo desta sequência de textos.

DECIO GOODNEWS
Enviado por DECIO GOODNEWS em 10/07/2024
Código do texto: T8103932
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