EXISTENCIALISMO E PSICANÁLISE (LUCY IN THE SKY WITH DIAMOND) (IX)

EXISTENCIALISMO E PSICANÁLISE

(LUCY IN THE SKY WITH DIAMOND) (IX)

LUCY AUSTRALOPITECO sua filiação aos hominídeos, criaturas sem pensamentos racionais, mas com um cérebro preparado, presumo, para o aprendizado a muito longo prazo, viveram todos em grupos brutalizados pelas condições de sobrevivência em circunstâncias, maior parte das vezes, muito difíceis. Muito árduas, sobejas, molestas. Mas, convenhamos, que aprendizado demorado. Milhares de anos para desconfiarem de que poderiam parar de ser comunidades nômades, para se estabelecerem numa condição de vida não errática e predatória.

MILHARES DE anos para perceberem que os grupos de hominídeos aos quais pertenciam, poderiam prosperar se parassem de se mudar de um lugar para outro e começassem a plantar e a criar rebanhos caprinos, equinos e bovinos, domesticar animais. Parar de ser erráticos, ciganos, andantes, erradios. A inteligência ainda não lhes tinha batido à porta da razão, do raciocínio. Os portais do pensar estavam fechados para eles, hominídeos. E não se abririam por milhares de anos.

DISSE O cientista sueco Carlos Lineu: “Natura non facit saltus” (A natureza não dá saltos”). Se a afirmação fosse mesmo verdade, como se explicam os saltos dados pela natureza humana saiu, não mais que de repente, dos galhos colhedores de bananas e outros frutos, para a ciência da bomba nuclear e viagens interplanetárias via satélite??? Como se explica o salto do rádio italiano de Marconi, a transmissão feita no Canal da Mancha em 1889, para as comunicações via satélite e a Tv de tecnologia OLED???

FORAM SALTOS que muitos comentam, só foram possíveis por interferência de inteligências provenientes de outros sistemas solares. A mente dos hominídeos, lenta, lerda, pachorrenta, sem a ajuda daqueles Ets, não teria mandado homens à lua, nem estariam esmiuçando a superfície de outros planetas deste sistema solar, com planos para, em breve começar a colonização de Marte. Apesar da notória lerdeza o Homo sapiens está em vias de por os pés em outro planeta e se vangloriar do grande salto para a humanidade comemorar aos saltos, berros e champanhe, sem cair do galho.

CHRLES DARWIN criou a regra do gradualismo biológico ou evolucionismo a partir do livro “A Origem Das Espécies” (1859). Nele, ele citou sete vezes o aforismo de Leibniz, ou a afirmação de que a natureza não cria gêneros absolutamente separados uns dos outros. Há, entre eles, elos intermediários. “Natura non facit saltus”, considerando-se os milhões de anos que nos separam de nossa mamãe australopiteco, ele, Leibniz, ele, Darwin, têm, ambos, razão de sobra.

QUEM SABE nas próximas décadas, em meados do século XXI, novas pesquisas antropológicas possam promover a descoberta de outra mãe da humanidade ainda mais anterior a Lucy. A evolução, se Darwin estiver certo, se verifica a partir do gradualismo

Filético, um modelo de evolução a afirmar que a grande parte da especiação é lenta, uniforme e gradual. Quando a evolução sucede, se dá pela transformação constante de uma espécie completa, na íntegra, através de um processo chamado anagênese.

ANAGÊNESE QUER dizer evolução progressiva de uma espécie que envolve mutações na frequência genética de uma população integralizada. Esta, se opõe ao evento de ramificação (cladogênese) que gera ramificações nas linhagens de organismos ao longo de sua própria história evolutiva. Esta, implica em especiação biológica: as novas espécies se formam por adaptação, a partir de grupos isolados da população de origem, e se adaptam a diversas regiões. Após um longo, longo tempo, forma-se uma quantidade suficiente de mutações que atingem a população ancestral, e, só então uma nova espécie pode ser identificada.

A POPULAÇÃO se modifica gradualmente, a partir da continuidade de alterações nas condições ambientais. As condições do ambiente PSI continuam as mesmas. Isto resulta numa população diferente da original. Agora sim, pode-se considerar a existência de uma nova espécie. A espécie evoluiu, se assim se pode dizer, em condições quânticas mínimas, quase imperceptíveis. Cada espécie vai repassando para a próxima novas formas, mais elaboradas de existência, querendo conservar suas tradições, sem nenhum e mínimo espírito crítico. O mundo delas, espécies, regido por pulsões.

A HISTÓRIA evolutiva delas, espécies, implica em especiação biológica. Provoca o surgimento de nova espécie a partir de uma barreira geográfica, promove-se, insurge-se doravante, da população ancestral. Tornaram-se espécie distinta, e se propagam na diversidade de novos organismos que se organizam a partir do isolamento reprodutivo entre populações.

AS HOSTES do invisível operam uma invisível transição no corpo do perispírito antigamente existente nos primatas mais primitivos. As entidades que dantes possuíam a primazia de posse de seus corpos, de suas mentes, agora cedem lugar a entidades um pouco mais evoluídas, mas ainda dominadas pela energia pulsional que gera novas ramificações na linhagem dos organismos ao longo de sua história evolutiva, até que a especiação biológica esteja definitivamente concluída, resultando na espécie distinta.

ACONTECEU ENTÃO a especiação alopátrica: duas populações de uma mesma espécie separadas pela barreira geográfica de uma montanha, uma floresta ou um deserto. A especiação simpátrica aponta a divergência genética de uma espécie parental única que habitam uma mesma região geográfica, tornando-se espécies diferentes entre si. Na especiação paraprática não há separação geográfica, mas diminuição do fluxo gênico: a população não cruza aleatoriamente.

O FLUXO gênico é atribuído a espécies que povoam uma mesma faixa territorial. Linhagem do norte tem problema de relacionamento com linhagem de parentesco do sul, mas pode haver outro tipo de barreira, que não a distância entre elas, a isolar as duas linhagens. Características gênicas podem ser a causa da exclusão mútua. Esta ocorrência pode ou não ser motivo de especiação, gerando um isolamento definitivo entre ambas.

POSICIONE ESSES eventos numa linha de tempo, e verá o quanto é difícil definir quando se dá a especiação genética entre duas espécies, ou definir as diferenças e estabelecer ou lacrar o momento quando um indivíduo de uma população supera as barreiras entre duas especiações genéticas e atravessa a fronteira entre uma e outra espécie. O cientista sueco Carlos Lineu afirmou que “a natureza não dá saltos”, mas, nesse momento de superação genética entre fronteiras de diferenças espécies, o salto é, por demais, óbvio.

A VARIEDADE genética determina distinções e dissemelhanças entre indivíduos de uma mesma população. Eles não são idênticos, não são clones. É a variabilidade genética que determina diferenças entre os indivíduos de uma população, ou seja, mesmo alguns desses indivíduos apresentando semelhanças morfológicas, geneticamente eles não são idênticos, não são clones. Por vezes, raras vezes, são mutações.

DECIO GOODNEWS
Enviado por DECIO GOODNEWS em 06/06/2024
Reeditado em 06/06/2024
Código do texto: T8080148
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