Capital Dilema
A artéria viária de ligação de Belo Horizonte com São Paulo, o Triângulo Mineiro, e o Centro-Oeste do país chama-se Avenida Amazonas, assim batizada desde a inauguração da cidade em 1897, considerada à época um primor do planejamento urbano - para o tempo das diligências, diga-se de passagem... E taque tráfego em cima da Amazonas que, a partir do boom automotivo no país, com destaque para a instalação de subsidiária da FIAT em Betim em meados da década dos setenta, foi, na contramão do idealizado, caminhando célere para a saturação...
A busca e oferta de corredor alternativo, coisa dos anos setenta igualmente, apresentou-se como a Via Expressa, que paralela à Amazonas, vai juntar-se a ela na altura de Betim, já a uns 30 kms do centro de BH. Custos astronômicos mas efeitos necessários e compensatórios.
Mas os esforços para o desenvolvimento, e prioridade, do transporte coletivo no trajeto vêm sendo baldados, e as consequências são crescentemente deletérias para a economia e para a sociedade. A popularização do transporte individualizado, se trouxe a sensação de empoderamento e da agilidade individual, penalizou a massa, que, notadamente a partir dos anos 80 começou a rodar em duas rodas num crescimento exponencialmente avassalador e, a promiscuidade veicular no trânsito viu multiplicarem -se os transtornos, os acidentes, os engarrafamentos e a irritação generalizada
Assim, mesmo com o Waze apresentando-me solução instantânea de melhor roteiro para uma viagem ao meu Pitangui, no Centro Oeste do Estado, a 130 km, ainda hesito sobre onde achar menos surpresas - dos radares, aos pomares e, ufa, finalmente sem Damares...pego a Via Expressa, ou a Via Estressa...?