Entre LÁPIDES e VERDADES: o silêncio sincero dos cemitérios...
Por Guilherme Renan D. Gonçalves
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Cemitérios, como encruzilhadas entre a vida e a eternidade, transcendem a simples função de serem locais de descanso. São palcos onde as verdades, outrora camufladas durante a existência, emergem como testemunhas inabaláveis. Sob a serenidade das lápides, a verdade se despe de disfarces, revelando-se como uma força indomável que persiste além da mortalidade.
No solo sagrado dos cemitérios, a expressão "Cemitério é o lugar onde a mentira não deu certo" ressoa como um epílogo inescapável. Cada túmulo é uma narrativa gravada em pedra, onde a vida desvela suas complexidades e as máscaras caem, expondo a verdade que perdura. As histórias de triunfos e tragédias são eternizadas, oferecendo um vislumbre honesto das vidas que ali repousam.
Em cada sepultura, encontramos um relato único, uma história de vida que enfrentou as vicissitudes da existência. Cemitérios, longe de serem meros depósitos de restos mortais, são arquivos de vidas não filtradas pela ilusão. "A mentira não deu certo" é a conclusão marcada em cada epitáfio, ecoando a inevitabilidade da verdade.
No silêncio permeado pelo murmúrio do vento entre as lápides, as palavras gravadas são como suspiros eternos, proclamando verdades que resistiram à efemeridade da mentira. "Aqui descansa uma alma íntegra" ou "Amado por sua honestidade" são inscrições que celebram a autenticidade que transcende a mortalidade.
A morte, ao contrário da vida, é destituída de artifícios. Os cemitérios, em sua atmosfera solene, convidam à contemplação da essência crua da existência. Cada lápide é um fragmento de verdade eterna, uma página virada cuja essência perdura no silêncio do descanso final.
Em última instância, os cemitérios não são apenas destinos finais; são arquivos de verdades imortais. "A mentira não deu certo" ressoa como um mantra, lembrando-nos de que, no reino da verdade, mesmo a morte não pode obscurecer a luz da autenticidade.