O legado de Gorbatchov
Mihail Gorbatchov, quem não se lembra dele? Sim, justamente aquele da estrela vermelha na testa que, querendo ou não, mudou a face da Terra, ou pelo menos da fria guerra... Formado nas linhas rígidas do já engessado e entrevado e hermético comunismo soviético, Gorbatchov tanto propôs, tanto tentou, e tão pouco fez, que acabou implodindo o regime. E as poderosas e temidas 15 Repúblicas que compunham o universo sob a órbita de Moscou se pulverizaram e, até ele, o seu demiurgo, foi expelido do sistema.
Mas, no processo, quebrou o gelo das relações entre potências, ganhou simpatia universal, o Nobel da Paz e tantas outras aclamações, que acabou marcando época. E continuou vendo a coisa ruça...tanto ele, como nós. Lênin, Stalin, Krutschov, Brejnev tê-lo-iam perdoado..., ou para a Sibéria o mandado...?
Contudo, a parte mais visível do legado desse inusitado herói em nosso tempo e nosso mundo, embora soando tão prosaica quiném o doce encanto de uma balalaica, entre nós nem leva o seu nome ou alguma obra sua da perestroika à glasnost, mas sim, e com muita ênfase e simpatia, o nome de sua companheira, a quase sempre sorridente camarada Raíssa...cujo nome tanto impactou os cartórios e batistérios ocidentais, e particularmente de nosso Brasil, que não há cidadão hoje que não conheça pelo menos uma dúzia delas...em suas mais variadas formas, Raíssa, Rayssa, Raíza, Raíca...exceção feita ao nosso Raí,
tá...?