O “ESPÍRITO” (DO TEMPO) E A TECNOLOGIA DA CRIAÇÃO —XXXII—

O “ESPÍRITO” (DO TEMPO) E A TECNOLOGIA DA CRIAÇÃO —XXXII—

Quando um país fica sujeito à influência de um espírito de mentalidade regressiva, intelectualmente pobre, autoritário, negacionista das vacinas, carente de preparo intelectual e moral mínimos, que incentiva o ataque inconstitucional aos demais poderes da República por seus agentes milicianos do cercadinho do Palácio do Clã Alto, então esse país corre perigo de voltar a ser ameaçado por espíritos de fanzocas da política militarizada e autoritária do AI-5.

Esses membros do Palácio do Clã Alto do Bozo estão sempre a se mostrar saudosistas dos “anos de chumbo”. Você, amigo brasílico, certeza que sabe que o país está sendo governado, em parte, por políticos profissionais, extensões nacionais da década de 60, que na atualidade podem ser definidos por “tropicalistas rachadinhas”, amigos íntimos do alheio público, dos ativos financeiros e econômicos da União. Enriquecendo-se a olhos vistos às custas daqueles ativos fazendários da União apoderados pelo Centrão congressual. Legalizados, os roubos, por legislatura em proveito próprio.

Esse Centrão bozonarista que oficializa, legaliza, legitima, sanciona, certifica e internaliza na cultura dos corações e mentes dos brasileiros, o assalto legalizado às verbas públicas à vista de todos. Verbas para financiar palanques de políticos demagogos e fascistas. Sem que ninguém, nenhuma autoridade que represente os outros poderes, faça nada para impedir o assalto a olhos vistos. O povo simples, tímido e amedrontado por se ver abusado nos cinco sentidos patéticos e perplexos, não mais está a se afirmar, nesses começos de fevereiro, tão fanaticamente carnavalesco, sob a ameaça da Covid-19 versão ômicron. O tropicalismo carnavalesco arrefeceu. Graças ao Deus Et.

O tropicalismo da década de sessenta foi um fenômeno espiritual mundial, inserido de salto alto nas realidades espirituais, emocionais, mórbidas dos países do mundo Terceiro Mundo no pós-IIª GG. Ele foi amadurecendo rapidamente sem pedir licença. Explodiu afinal nos asnos dos anos sessenta: violentando consciências e inconsciências, abatendo as razões e motivações do Inconsciente Coletivo Universal, criando uma realidade própria nos corações e mentes de uma juventude carente de tudo. Principalmente carente de saber o que estava realmente a acontecer no mundo mundializado da “Aldeia Global” McLuhana, anunciado em 1964.

1964: o mundo inserido na ficção científica da realidade regressiva. A tendência ampla, geral e irrestrita das novas gerações por assumir uma sexualidade sem sexo definido. Uma geração enfraquecida moralmente por uma economia doméstica falida. Uma economia que incentivava através da propaganda de produtos industrializados, o consumo desvairado, a ambição por ter um carro do ano, um apartamento num bairro da zona sul, se você morasse no Rio de Janeiro.

O sistema midiático mundializado enquanto elo da corrente elétrica e eletromagnética do sistema nervoso central planetário. Os rebanhos de pessoas surpreenderam-se plugadas, os neurônios cozidos pela propaganda tropical solar, com prêmios nos festivais internacionais da propaganda: Cannes, Clio Awards, Festival de New York, Festival de Londres, El Ojo de Ibero América. As agências de PP&RP orgulhosas de seus gênios da propaganda da coisificação maciça de pessoas na Aldeia Global eletrocutada pelo Senhor Mercado e suas estratégias de produzir riquezas para poucos.

As pessoas, os músicos, os intelectuais, as bandas de rock e eletrochoques, faziam gritar as enxurradas de fanzocas que se emocionam com seus requebros de palco ao gosto do Mico Jagger. Ninguém, entre os intelectuais, dizia com convicção, que o tropicalismo brasileiro era apenas mais uma forma de alienação. A queimação impetuosa e impiedosa de todas as gerações antepassadas nas chamas da ganância, do entretenimento ordinário, trivial, dedicado à esculhambação e à avacalhação das mentalidades.

A mulher desvalorizada ao máximo como se a estivessem valorizando. A mulher enquanto mais um produto do sistema de produção em série. A mulher atrativa de vitrine, a vender erotismo e orifícios de penetração. Por trás do erotismo, as drogas e a prostituição logo se mostravam com a força impetuosa das pulsões de compra e venda, oferta e procura: mais uma mercadoria de mercado da produção e venda de lingeries.

DECIO GOODNEWS
Enviado por DECIO GOODNEWS em 23/01/2022
Reeditado em 24/01/2022
Código do texto: T7435263
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