O princípio da incerteza na comunicação
Muitas vezes a gente tenta fazer alguma coisa com o maior entusiasmo e ela não dá certo. Não devemos desanimar. Quando isso acontecer é preciso mudar o jeito de fazer. É preciso lembrar que se nós estamos obtendo sempre o mesmo resultado é porque estamos fazendo as coisas sempre do mesmo jeito. E se fazemos sempre do mesmo jeito é porque o cérebro também só trabalha sempre com a mesma informação. Se quisermos evitar a frustração do mau resultado é preciso mudar de plano, de estratégia, de conhecimento, de processo de execução, enfim. Tudo isso envolve boa comunicação. Se deixarmos que a frustração do mau resultado acabe com a nossa autodisciplina, estaremos perdidos.
Todos os grandes sucessos foram construídos em cima de muitos maus resultados, mas a cada insucesso, o vencedor recomeçava o processo, alterando, pelo menos, uma seqüência, um ingrediente, uma ordem de fator no processo que informava a execução. É preciso lembrar que uma informação muitas vezes repetida pode tornar-se uma crença, e toda crença, quando fundamentada em falsas premissas, mutila a consciência e nos impede de encetar qualquer reação quando ela é desmentida. Da mesma forma, quando adquirimos uma competência inconsciente para fazer alguma coisa, ela se torna um hábito. E quando nos habituamos a fazer algo de uma determinada forma, é difícil mudar quando ele já não dá mais resultado, ou seja, quando ele já não proporciona prazer. Isso acontece geralmente em empresas com funcionários muito antigos, que têm enormes dificuldades de se adaptar a mudanças. Acontece também conosco mesmos em nossas vidas diárias. Abandonar velhos hábitos, renegar antigas crenças, aceitar novos valores, torna-se motivos de dores e sofrimento, quando na verdade, deveria ser uma porta aberta para novos conhecimentos e oportunidades.
Assim, se uma coisa não está dando certo, não é o objetivo que deve ser abandonado, mas sim, o jeito de se chegar a ele.
Em tudo isso há um cuidado a tomar. É que existe uma grande diferença entre expectativa e resultado. A gente sempre começa um negócio com grandes expectativas. Quando elas não se confirmam a tendência é desanimar. Principalmente quando o negócio não foi bem planejado, ou então foi fundamentado em informações falsas ou incompletas. Mas se permitirmos que essa tendência se cristalize, então estaremos derrotados de verdade.
Podemos pensar no que aconteceria se Steve Wozniak e Steve Jobson, ou Thomas Alva Edison não fossem capazes de controlar a frustração dos maus resultados e desistissem de seus intentos e experimentos. Hoje não teríamos computadores pessoais, nem Internet, nem sequer as lâmpadas elétricas, e provavelmente nós estaríamos escrevendo nossos textos em velhas máquinas Underwoods ou Remington, sob a luz de lampiões de gás. E eles experimentaram algumas centenas de vezes até acertar uma.
Para quem gosta de jogar na loteria, uma única vez que acertar não compensará as milhares de vezes em que não acertou? Então, para quem tem um objetivo na vida, é preciso não desanimar se ele não for realizado nas primeiras, segundas, terceiras tentativas. Pois ainda que o sucesso ocorra só na milésima vez, um resultado bom compensará os novecentos e noventa e nove que não deram certo.
Quando uma coisa não dá certo o que deve ser mudado é o jeito de fazer e não o objetivo. Devemos elaborar novos processos, testar novas alternativas, desenvolver estratégias diferentes. Porque todos os nossos resultados dependem da qualidade da informação recebida e do processamento que damos a ela.
Ganhar dinheiro não é tão difícil. Nem é muito complicado estabelecer bons e duradouros relacionamentos. Manter uma boa situação financeira ou um bom relacionamento por um longo tempo pode ser mais complicado, pois quando se chega a esse resultado, há sempre uma tendência para parar e desfrutar do prazer que ele nos trás. E pior que tudo isso é achar que temos a forma correta de fazer as coisas e o que o nosso jeito de fazer sempre vai dar bom resultado. Esquecemos que as coisas mudam, o ambiente se altera continuamente, novos produtos são postos no mercado, novos conhecimentos são adicionados ao acervo cultural da humanidade todo dia. O mundo nunca é o mesmo depois de cada piscada de olho que nós damos, a cada mudança do lugar onde nós sentamos, a cada ideia nova que alguém acrescenta na noosfera. [1]
Um dos pressupostos mais interessantes postos pela PNL diz que é melhor ter muitas alternativas de resposta para escolher do que ter apenas uma. Isso significa que quem tem apenas uma alternativa de escolha, se esta falhar, estará perdido. Só lhe restará o desespero do fracasso fatal e inevitável. Mas quem põe à sua frente um rol de escolhas não se verá de frente para o fracasso, mas apenas de um mau resultado quando a sua escolha não for satisfatória. Por isso se diz que o ignorante não é aquele que nunca leu nenhum livro, e sim aquele que na vida inteira só leu um único livro.
Para quem tem muitas escolhas não existem erros, mas apenas
maus resultados. Na mecânica quântica, parte da física nuclear que estuda o comportamento das menores partículas de energia existentes na matéria, partículas essas que são a matéria prima de tudo que existe no universo, existe uma lei chamada Princípio da Incerteza, que afirma a impossibilidade de se prever como o universo será no futuro, porque as partículas que o formam nunca se comportam de modo previsível a cada observação que delas se faz.[2]
Esse princípio, transportado para a realidade da nossa vida diária, nos diz que a incerteza está presente em todas as ações que realizamos. Há sempre um quociente de probabilidades com os quais teremos que lidar todas as vezes que fizermos uma escolha. E a probabilidade de atinarmos com a resposta certa (a que nos trará o melhor resultado) será sempre maior quanto maior for a nossa possibilidade de escolhas.
Tudo isso nos leva a concordar com José Saramago quando diz: “o que as vitórias tem de mau é que não são definitivas. O que as derrotas tem de bom, é que elas também não são.” Por fim, é bom não esquecer o que disse Henry Kissinger: “O sucesso resulta de cem pequenas coisas feitas de forma um pouco melhor. O insucesso, de cem pequenas coisas feitas de forma um pouco pior.”
Muitas vezes a gente tenta fazer alguma coisa com o maior entusiasmo e ela não dá certo. Não devemos desanimar. Quando isso acontecer é preciso mudar o jeito de fazer. É preciso lembrar que se nós estamos obtendo sempre o mesmo resultado é porque estamos fazendo as coisas sempre do mesmo jeito. E se fazemos sempre do mesmo jeito é porque o cérebro também só trabalha sempre com a mesma informação. Se quisermos evitar a frustração do mau resultado é preciso mudar de plano, de estratégia, de conhecimento, de processo de execução, enfim. Tudo isso envolve boa comunicação. Se deixarmos que a frustração do mau resultado acabe com a nossa autodisciplina, estaremos perdidos.
Todos os grandes sucessos foram construídos em cima de muitos maus resultados, mas a cada insucesso, o vencedor recomeçava o processo, alterando, pelo menos, uma seqüência, um ingrediente, uma ordem de fator no processo que informava a execução. É preciso lembrar que uma informação muitas vezes repetida pode tornar-se uma crença, e toda crença, quando fundamentada em falsas premissas, mutila a consciência e nos impede de encetar qualquer reação quando ela é desmentida. Da mesma forma, quando adquirimos uma competência inconsciente para fazer alguma coisa, ela se torna um hábito. E quando nos habituamos a fazer algo de uma determinada forma, é difícil mudar quando ele já não dá mais resultado, ou seja, quando ele já não proporciona prazer. Isso acontece geralmente em empresas com funcionários muito antigos, que têm enormes dificuldades de se adaptar a mudanças. Acontece também conosco mesmos em nossas vidas diárias. Abandonar velhos hábitos, renegar antigas crenças, aceitar novos valores, torna-se motivos de dores e sofrimento, quando na verdade, deveria ser uma porta aberta para novos conhecimentos e oportunidades.
Assim, se uma coisa não está dando certo, não é o objetivo que deve ser abandonado, mas sim, o jeito de se chegar a ele.
Em tudo isso há um cuidado a tomar. É que existe uma grande diferença entre expectativa e resultado. A gente sempre começa um negócio com grandes expectativas. Quando elas não se confirmam a tendência é desanimar. Principalmente quando o negócio não foi bem planejado, ou então foi fundamentado em informações falsas ou incompletas. Mas se permitirmos que essa tendência se cristalize, então estaremos derrotados de verdade.
Podemos pensar no que aconteceria se Steve Wozniak e Steve Jobson, ou Thomas Alva Edison não fossem capazes de controlar a frustração dos maus resultados e desistissem de seus intentos e experimentos. Hoje não teríamos computadores pessoais, nem Internet, nem sequer as lâmpadas elétricas, e provavelmente nós estaríamos escrevendo nossos textos em velhas máquinas Underwoods ou Remington, sob a luz de lampiões de gás. E eles experimentaram algumas centenas de vezes até acertar uma.
Para quem gosta de jogar na loteria, uma única vez que acertar não compensará as milhares de vezes em que não acertou? Então, para quem tem um objetivo na vida, é preciso não desanimar se ele não for realizado nas primeiras, segundas, terceiras tentativas. Pois ainda que o sucesso ocorra só na milésima vez, um resultado bom compensará os novecentos e noventa e nove que não deram certo.
Quando uma coisa não dá certo o que deve ser mudado é o jeito de fazer e não o objetivo. Devemos elaborar novos processos, testar novas alternativas, desenvolver estratégias diferentes. Porque todos os nossos resultados dependem da qualidade da informação recebida e do processamento que damos a ela.
Ganhar dinheiro não é tão difícil. Nem é muito complicado estabelecer bons e duradouros relacionamentos. Manter uma boa situação financeira ou um bom relacionamento por um longo tempo pode ser mais complicado, pois quando se chega a esse resultado, há sempre uma tendência para parar e desfrutar do prazer que ele nos trás. E pior que tudo isso é achar que temos a forma correta de fazer as coisas e o que o nosso jeito de fazer sempre vai dar bom resultado. Esquecemos que as coisas mudam, o ambiente se altera continuamente, novos produtos são postos no mercado, novos conhecimentos são adicionados ao acervo cultural da humanidade todo dia. O mundo nunca é o mesmo depois de cada piscada de olho que nós damos, a cada mudança do lugar onde nós sentamos, a cada ideia nova que alguém acrescenta na noosfera. [1]
Um dos pressupostos mais interessantes postos pela PNL diz que é melhor ter muitas alternativas de resposta para escolher do que ter apenas uma. Isso significa que quem tem apenas uma alternativa de escolha, se esta falhar, estará perdido. Só lhe restará o desespero do fracasso fatal e inevitável. Mas quem põe à sua frente um rol de escolhas não se verá de frente para o fracasso, mas apenas de um mau resultado quando a sua escolha não for satisfatória. Por isso se diz que o ignorante não é aquele que nunca leu nenhum livro, e sim aquele que na vida inteira só leu um único livro.
Para quem tem muitas escolhas não existem erros, mas apenas
maus resultados. Na mecânica quântica, parte da física nuclear que estuda o comportamento das menores partículas de energia existentes na matéria, partículas essas que são a matéria prima de tudo que existe no universo, existe uma lei chamada Princípio da Incerteza, que afirma a impossibilidade de se prever como o universo será no futuro, porque as partículas que o formam nunca se comportam de modo previsível a cada observação que delas se faz.[2]
Esse princípio, transportado para a realidade da nossa vida diária, nos diz que a incerteza está presente em todas as ações que realizamos. Há sempre um quociente de probabilidades com os quais teremos que lidar todas as vezes que fizermos uma escolha. E a probabilidade de atinarmos com a resposta certa (a que nos trará o melhor resultado) será sempre maior quanto maior for a nossa possibilidade de escolhas.
Tudo isso nos leva a concordar com José Saramago quando diz: “o que as vitórias tem de mau é que não são definitivas. O que as derrotas tem de bom, é que elas também não são.” Por fim, é bom não esquecer o que disse Henry Kissinger: “O sucesso resulta de cem pequenas coisas feitas de forma um pouco melhor. O insucesso, de cem pequenas coisas feitas de forma um pouco pior.”
[1] Noosfera é o termo utilizado pelo filósofo Teilhard de Chardin para designar o conjunto de pensamentos emitidos pela totalidade dos seres humanos, em todos os tempos. Teilhard diz que esse conjunto forma uma espécie de atmosfera que aureola a terra e serve de fonte de inspiração para todos os seres humanos, que nela recolhe influxos para suas próprias atividades intelectuais.
[2] Princípio da Incerteza” é o termo utilizado para designar o estado de um elétron em volta do seu núcleo. Esse princípio, enunciado pelo físico alemão Werner Heisenberg em 1927, diz que é impossível saber a posição exata que um elétron ocupará na eletrosfera de um átomo no momento seguinte à sua observação, pois que a cada medição feita na sua posição, o próprio ato do observador em realizar a medição influi no resultado da medida. Na imagem, o físico Werner Von Heisemberg.