Tudo o que acontece em nossas vidas é fruto de informação. As nossas dores, as nossas alegrias, os nossos sucessos e os nossos fracassos. O nosso organismo foi construído para atender a dois parâmetros. Obter prazer e evitar a dor. Assim, qualquer coisa que fizermos na vida, todas as decisões que tomamos, obedecem a esses dois princípios. Quando não obtemos prazer, alegria, satisfação nas coisas que fazemos, a tendência é a gente se desinteressar delas.
E pior. Quando as coisas que fazemos nos causam dor, mais que depressa a gente procura se livrar delas. É uma assertiva que vale para qualquer ação que realizamos. No trabalho, na vida social, nas relações pessoais. Não há outra forma de viver com qualidade senão obtendo prazer no que se faz e evitando as dores que as escolhas erradas podem nos trazer.
Isso é assim porque o nosso organismo foi construído para trabalhar com as informações que os nossos sentidos capturam no ambiente. As imagens que vemos nos causam prazer ou nos desgostam; da mesma forma, os sons que ouvimos ou as sensações que o tato, os aromas e os paladares nos transmitem são dolorosas ou prazerosas. Incorporamos uns e procuramos evitar outros em função da informação de dor ou prazer que elas nos trazem.1
Mas nós não podemos escolher as informações que o nosso sistema neurológico recebe nas vinte e quatro horas diárias em que estamos vivendo. Sim, pois que mesmo dormindo elas estão chegando e são recepcionadas pelos nossos sentidos. Por exemplo: Eu estou aqui escrevendo este texto, mas a minha mulher está conversando ao telefone com uma amiga. Escuto a voz dela. Não presto atenção, mas o meu cérebro está gravando tudo. Um dia, se eu precisar dessas informações para alguma coisa que possa me dar intenso prazer ou evitar uma insuportável dor, essa informação será recuperada, e sem mais nem menos poderei dizer à minha mulher: “você falou isso e aquilo.” Ela fará uma cara de espanto, perguntando. “Quando? Como você sabe disso?” Eu não saberei especificar quando foi e como fiquei sabendo, mas sei que ela falou.
É assim que muitos conflitos começam. Por causa de informações não filtradas devidamente. E isso acontece o dia inteiro. No ônibus, no metrô, no bar, na rua, na sala vendo televisão. As pessoas estão falando, mostrando alguma coisa, tocando na gente, submetendo nossos sentidos aos seus cheiros e contatos. O cérebro registra tudo, o movimento dos olhos, dos ombros, a postura do corpo, a inflexão da voz, o franzir da testa, a ironia de um sorriso, o calor de um abraço, de um aperto de mãos, etc., mas só processa uma mínima parte dessas informações. A parte que, segundo os critérios de julgamento que ele desenvolveu, nos interessa. O resto vai para uma espécie de lixeira que nós chamamos de inconsciente. E sempre se corre o perigo de mandarmos para a lixeira partes importantes da mensagem.
Nós não podemos evitar de nos comunicar com as outras pessoas e com o ambiente em que vivemos. Tudo que mostramos, dizemos, ou fazemos, é comunicação. Somos o meio pelo qual ela acontece e como já dissemos anteriormente, o meio é a própria mensagem.
Algumas dessas informações nós filtramos porque precisamos delas para aquele momento em que estamos vivendo. Por isso prestamos atenção nelas. A gente só presta atenção naquilo que nos interessa ou que precisamos responder. O nosso sistema neurológico é construído com essa conformação. Se não fosse assim ficaríamos loucos com tanta informação. Alguém já disse que na vida diária nós só usamos cinco por cento da nossa capacidade cerebral. Essa estatística está certa, mas a conclusão está errada, pois não é a competência do nosso cérebro que é assim tão mal utilizada e sim a nossa ignorância de como esse processo de utilização é realizado.
Na verdade, nós é que não sabemos aproveitar, de modo correto e amplo, as informações que o cérebro recebe. Talvez só sejamos capazes de usar cinco por cento das informações que recebemos porque achamos que não precisamos dos outros noventa e cinco por cento para viver. E um dia, (e quem já não viveu esse dia?) a gente diz para si mesmo: ah! se eu tivesse ouvido o que meu pai dizia...Ah! se eu tivesse prestado mais atenção naquele sinal da estrada... Ah! bem que aquele cheiro estava esquisito, mas eu nem percebi... Ah! eu bem que desconfiei que todos aqueles olhares, aquelas atenções, aquelas posturas corporais; bem que aquele franzir de testa queria dizer alguma coisa, mas...
Percebe-se, dessa maneira, a importância de aprender a recepcionar e filtrar as informações que entram em nossas mentes. Se soubermos fazer isso com competência poderemos criar para nós mesmo um mundo de altíssima qualidade de vida, pois então estaremos formatando um modelo de valores internos sadios, capaz de nos oferecer maior variedade de escolhas com melhor qualidade nas respostas.
É nisso que a PNL, como disciplina, pode nos ajudar. Ela nos ensina a prestar mais atenção nas informações que o mundo nos dá. E nos mostra também como aprender a filtrá-las, extraindo delas o que serve aos nossos propósitos e o que não serve. Muitas vezes, na informação que nos encanta a vista, ou parece música aos nossos ouvidos, ou que delicia os nossos sentidos, se esconde uma cobra que vai injetar em nós o veneno da descrença, da desconfiança, da inveja, do ódio. Todos componentes de imensa dor. E naquela que, à primeira vista, ou na primeira audição, ou na primeira sensação cinestésica nos desagrada, pode estar justamente a sabedoria que precisamos para o nosso sucesso, que é igual ao nosso prazer.
(do livro "Os Sentidos da Comunicação), no prelo
E pior. Quando as coisas que fazemos nos causam dor, mais que depressa a gente procura se livrar delas. É uma assertiva que vale para qualquer ação que realizamos. No trabalho, na vida social, nas relações pessoais. Não há outra forma de viver com qualidade senão obtendo prazer no que se faz e evitando as dores que as escolhas erradas podem nos trazer.
Isso é assim porque o nosso organismo foi construído para trabalhar com as informações que os nossos sentidos capturam no ambiente. As imagens que vemos nos causam prazer ou nos desgostam; da mesma forma, os sons que ouvimos ou as sensações que o tato, os aromas e os paladares nos transmitem são dolorosas ou prazerosas. Incorporamos uns e procuramos evitar outros em função da informação de dor ou prazer que elas nos trazem.1
Mas nós não podemos escolher as informações que o nosso sistema neurológico recebe nas vinte e quatro horas diárias em que estamos vivendo. Sim, pois que mesmo dormindo elas estão chegando e são recepcionadas pelos nossos sentidos. Por exemplo: Eu estou aqui escrevendo este texto, mas a minha mulher está conversando ao telefone com uma amiga. Escuto a voz dela. Não presto atenção, mas o meu cérebro está gravando tudo. Um dia, se eu precisar dessas informações para alguma coisa que possa me dar intenso prazer ou evitar uma insuportável dor, essa informação será recuperada, e sem mais nem menos poderei dizer à minha mulher: “você falou isso e aquilo.” Ela fará uma cara de espanto, perguntando. “Quando? Como você sabe disso?” Eu não saberei especificar quando foi e como fiquei sabendo, mas sei que ela falou.
É assim que muitos conflitos começam. Por causa de informações não filtradas devidamente. E isso acontece o dia inteiro. No ônibus, no metrô, no bar, na rua, na sala vendo televisão. As pessoas estão falando, mostrando alguma coisa, tocando na gente, submetendo nossos sentidos aos seus cheiros e contatos. O cérebro registra tudo, o movimento dos olhos, dos ombros, a postura do corpo, a inflexão da voz, o franzir da testa, a ironia de um sorriso, o calor de um abraço, de um aperto de mãos, etc., mas só processa uma mínima parte dessas informações. A parte que, segundo os critérios de julgamento que ele desenvolveu, nos interessa. O resto vai para uma espécie de lixeira que nós chamamos de inconsciente. E sempre se corre o perigo de mandarmos para a lixeira partes importantes da mensagem.
Nós não podemos evitar de nos comunicar com as outras pessoas e com o ambiente em que vivemos. Tudo que mostramos, dizemos, ou fazemos, é comunicação. Somos o meio pelo qual ela acontece e como já dissemos anteriormente, o meio é a própria mensagem.
Algumas dessas informações nós filtramos porque precisamos delas para aquele momento em que estamos vivendo. Por isso prestamos atenção nelas. A gente só presta atenção naquilo que nos interessa ou que precisamos responder. O nosso sistema neurológico é construído com essa conformação. Se não fosse assim ficaríamos loucos com tanta informação. Alguém já disse que na vida diária nós só usamos cinco por cento da nossa capacidade cerebral. Essa estatística está certa, mas a conclusão está errada, pois não é a competência do nosso cérebro que é assim tão mal utilizada e sim a nossa ignorância de como esse processo de utilização é realizado.
Na verdade, nós é que não sabemos aproveitar, de modo correto e amplo, as informações que o cérebro recebe. Talvez só sejamos capazes de usar cinco por cento das informações que recebemos porque achamos que não precisamos dos outros noventa e cinco por cento para viver. E um dia, (e quem já não viveu esse dia?) a gente diz para si mesmo: ah! se eu tivesse ouvido o que meu pai dizia...Ah! se eu tivesse prestado mais atenção naquele sinal da estrada... Ah! bem que aquele cheiro estava esquisito, mas eu nem percebi... Ah! eu bem que desconfiei que todos aqueles olhares, aquelas atenções, aquelas posturas corporais; bem que aquele franzir de testa queria dizer alguma coisa, mas...
Percebe-se, dessa maneira, a importância de aprender a recepcionar e filtrar as informações que entram em nossas mentes. Se soubermos fazer isso com competência poderemos criar para nós mesmo um mundo de altíssima qualidade de vida, pois então estaremos formatando um modelo de valores internos sadios, capaz de nos oferecer maior variedade de escolhas com melhor qualidade nas respostas.
É nisso que a PNL, como disciplina, pode nos ajudar. Ela nos ensina a prestar mais atenção nas informações que o mundo nos dá. E nos mostra também como aprender a filtrá-las, extraindo delas o que serve aos nossos propósitos e o que não serve. Muitas vezes, na informação que nos encanta a vista, ou parece música aos nossos ouvidos, ou que delicia os nossos sentidos, se esconde uma cobra que vai injetar em nós o veneno da descrença, da desconfiança, da inveja, do ódio. Todos componentes de imensa dor. E naquela que, à primeira vista, ou na primeira audição, ou na primeira sensação cinestésica nos desagrada, pode estar justamente a sabedoria que precisamos para o nosso sucesso, que é igual ao nosso prazer.
(do livro "Os Sentidos da Comunicação), no prelo
[1] Na imagem o comunicador José Abelardo Barbosa de Medeiros (1917 — 1988), mais conhecido como Chacrinha, considerado um dos maiores comunicadores do Brasil, tendo apresentado vários programas de grande sucesso nas décadas de 1950 a 1980 na TV e rádio do país . Autor de muitos bordões, cunhou a célebre frase: : "Quem não se comunica se trumbica.”