18,51 e 451
Dezoito ponto cinco. Minha média histórica de leituras por texto. Bem, se ao grande Leonardo da Vinci, nada mau. Quem sabe melhor mais próximo dele, do que, por exemplo, de um Paulo Coelho que, com a sua alquimia e o seu Alquimista, num toque mágico, todo o orbe conquista. Vai ver até que publicado e bem lido no Vietnã, na Mongólia e no Caixa Prego...se no escrevinhar não me escorrego...
Tive meus piques, tenho que reconhecer, ainda que não tivessem chegado a chiliques: por pouco mais que duas grosas de vezes cheguei, ao longo do tempo - e estou aqui no Recanto há pouco mais de sete anos - a ultrapassar, ou quiçá, ultrapacear, a marca das cem leituras por composição. Mas explico a maquinação: foram sempre casos em que recorri a redes sociais para a divulgação de meus textículos. E nesse contexto, integrei o quadro dos Batutas do Recanto, onde publico há uns cinco anos, a relação dos cem textos mais lidos ao longo de uma validade de até, e não mais de, 168 horas de publicação. Uma vez ali,
meu lugar foi a rabeira, ou quando muito, o piso da metade mais elevada.
Por outro lado, num site bem mais modesto, ainda que mais antigo do que este Recanto, a Usina de Letras, onde comecei, de onde saí, e para onde voltei, o retorno tem sido mais gratificante em termos numéricos, porém lá, praticamente não há interações entre escritor/leitor, ou escritor/escritor...e quando aparece um ou outro, é para escorraçar impiedosamente no mais e nos ais das vezes. Mas se convive com isso, com aquilo e com aquiloutro.
Agora, ao Paulo Coelho, referido aí nas cabeças deste texto: a rigor, li um único livro desse fenômeno da literatura universal, em termos de aceitação e, naturalmente, vendagem: O Alquimista. Uma edição em francês, tipo broxura, que além de me custar menos do que a similar original, me deu a oportunidade de melhorar meu francês ginasiano. Mas não me encantei com a obra. Acho que o pecado foi antes ter lido Machado... Dali, passei a apreciar mais, de Coelho, os artigos que ele escreveu no jornal O Globo por algum tempo. Mais sobre técnicas de redação. Textos bem enxutos, concisos e claros.
E agora, para estarrecer, leio que estão queimando livros de Paulo Coelho Brasil afora, e adentro... será que sua alquimia o levou ao comunismo...? Ou estamos às portas e porcas de um novo Fahrenheit 451...?