A utilização do óbvio como verdade absoluta

Estamos constantemente a procura de conceitos que traduzem a nossa realidade; tomamos posse de um vocabulário abstruso e pulcro para tentar converter as pessoas a nossa veracidade, mas descartamos explicar o óbvio, porque acreditamos que o “óbvio” é a verdade absoluta, o incontestável dogma da contemporaneidade e a inevitável fonte do saber. Contudo, venho por meio deste apresentar o conceito de “verdade absoluta”.

Segundo o escritor e literário C.S Lewis, existe uma “regra” chamada de “Lei da natureza humana” ou “Lei do comportamento digno”, esta diz que todos adquirimos preceitos sobre o “certo e errado” sem precisar ser ensinado. Lewis também deixa claro que pode existir pessoas que desconheçam esta lei. Presumindo que esta é basicamente um compilado de experiências individuais, pelos quais usamos para justificar o coletivo e inevitavelmente na doutrina ao “certo e errado”.

O estorvilho está na “verdade absoluta”, na qual acredita-se que seja inexistente, levando em consideração que a singularidade jamais poderia explicar a coletividade. Quando alguém nos pergunta “Qual a cor do céu?” e dizemos “Obviamente azul”, provavelmente a pessoa gostaria de saber a tonalidade do azul, ou, ela sofre de alguma deficiência visual. Diante disso, podemos analisar que houve um equívoco na resposta.

Depreende-se com as informações apresentadas que o óbvio não é um conceito universal, tão pouco um argumento válido. Devemos apresentar uma nova perspectiva que abranja todos que estejam dispostos a falar, substituindo a “verdade absoluta” por argumentos válidos e coerentes, para que possamos nos desenvolver socialmente e educacionalmente.

Guilherme Ribeiro Silva

2º Ensino Médio

Instituto Educacional Luterano

IEL Ensino Médio
Enviado por IEL Ensino Médio em 09/06/2020
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