Uma perspectiva essencial do homem Mal e Bom, distanciando das teorias de Rousseau e Hobbes.

Desde o inicio o ser humano vem se desenvolvendo mentalmente e fisicamente, levando vários estudiosos a considerar uma quantidade x e y de pensamentos, demonstrando o total interesse pelo comportamento do Homem diante de suas instabilidades e extremos. Russeau, filosofo suíço, procurou demostrar a essência humana através da palavra "bom", levando em consideração a conhecida máxima rousseauniana de que " o ser humano nasce bom, mas a sociedade má, procurou corrompe-lo", logo todo ser humano nasce bom e morre mal. Indo por conceito impar, Hobbes propôs que a essência do homem é má "ser humano nasce mal, pois sua capacidade de destruição é gigante" " o homem é lobo do homem", considerando assim que propositalmente o mal vá prevalecer pela civilização. Analisando essas duas nomenclatura, Bom e Mal, me organizei e formei uma perspectiva diferente desses dois pilares da essência humana.

Antes de mais alguma coisa, quero esclarecer que ninguém pode ser dono da verdade ou contrariar qualquer tipo de pesquisa e pensamento, desde já digo que observo todo e qualquer tipo de ideia, sem discriminações e sarcasmo intelectual. Venho ao Recanto da Letras de forma humilde expor meu pensamento sobre essas duas máximas.

Descordando totalmente de Rosseau e Hobbes, creio que o Bem e o Mal é inerente ao ser humano, ou seja, vem da formação existencial, mas balanceadas e dispostas de forma controlada em cada individuo, ora pendendo para o Bem, ora Mal. O individuo tendo em sua essência a predominação do Bem, ele logo vai tender a fazer as coisas boas, caracterizada pela caridade, amor ao próximo, ajuda e etc., negando toda e qualquer manifestação de maldade pelo simples prazer "assim pela fome a pessoa se alimenta e depois de algumas horas está com fome novamente", o individuo Bom não vai consumir tal perversidade para simplesmente "matar sua fome". Já se a pessoa for essencialmente Boa, mas por fatores extremos e agudos, cometer alguma maldade, nota-se que o mal teve alguma predominância sobre a essência boa, isso verifica o instrumento que tal se utilizou para dominar o inconsciente bom, sendo essa peça a VINGANÇA, onde manuseada pelo mal se inflou e demostrou ser destrutiva e poderosa, porem essa ferramenta só pode ser despertada e inflada a ponto de ultrapassar o espirito Bom, se algo instável corromper todos os princípios naturais do sujeito. Tendo essa inflamação do mal pela vingança se consumida, a pessoa retoma a essência natural e num despertar, o Bom usaria assim todo controle da natureza, revelando em si seus atos para com o próximo e mostrando toda perversidade de que foi capaz de praticar, por muitas vezes leva a pessoa a grandes problemas psíquicos. Notemos que a vingança apareceu em forma de instrumento do mal, e seria a unica maldade apresentada pelo mal para corromper o individuo, que sendo bom não agiria com perversidade jovial.

Tendo compreendido o bom, consideremos uma breve analise da essência do Mal. Sendo o individuo detentor do mal em maior escala, esse procuraria se corromper naturalmente, buscando assim o gozo da pratica desarmoniosamente e já utilizaria não mais a vingança, como o bom, mais sim a perversidade, o maligno estratégico. Deslocando aqui a parábola proposta acima "assim pela fome a pessoa se alimenta e depois de algumas horas está com fome novamente", o sujeito mal não se contentaria em praticar apenas algumas vezes, logo levando a acarretar em varias ações malignas, sempre buscando "matar sua fome".

Temos também a noção de separar o Mal, do Instinto de Sobrevivência. De tal modo, essa ultima contraria totalmente a analise desses dois pilares e não tendo por fim nada por parecido. Levando em consideração o estado fisiológico da pessoa que passa por algum pressão extrema, como a fome, levantaríamos a hipótese do mal estar se inflando na essência, logo esse tenderia a fazer malevolências. O individuo no extremo lutaria para saciar sua necessidade básica, que é matar a fome, logo esse projetaria qualquer coisa como alimento, não sendo objetivamente o caminho do mal para saciar tal precariedade. Se o ambiente não for propicio para ter nem que seja o minimo de alimento, começariam então a pratica do canibalismo, mas passado esse período excepcional o sujeito viria com profunda tristeza seus atos e com muito penar e compunção recordaria do acontecimento, isso aconteceria pois o extinto humano ou sobrevivência prevaleceu sobre os pilares, mal e bom, e procurou de todas as formas saciar suas necessidades, visto que o mal não se arrepende. Nesse conceito, digo, que a luta pela existência é do ser humano, sendo ele bom, mal, neutro ou qualquer outra forma antropológica de pesquisa.