Pitanguapos in delirium
O encontro de outubro houve, e dele ainda muito se ouve. Bem mais além do usual feijão com couve. A data de sua realização foi 08 do corrente, há nove dias portanto e a demora do relato se deveu a mais que um par de razões. Um ror delas, na verdade.
A que me parece mais essencial, no entanto, foi a minha expectativa de que o citado evento fosse reportado no Paris-Match, consoante o próprio Macron teria assegurado ao nosso inefável e infalível Bécaud, o mais assíduo e mais queríduo dos participantes, desde as mais priscas eras.
O Paris-Match porém, urinou na palha, e nem para os cigarros da Souza Paiol ela se presta agora, a não ser que receba um bom spray, a base de Randap. E ficamos assim sem o registro das belíssimas imagens que vêm produzindo os artistas Pompéia e Giancarlo, em matéria respectivamente de pintura e de retratos. Dommage au carré!
Mas o Macron tem um ponto aqui, que de alguma forma mitiga a sua falta amazônica para conosco: assim como temos o problema das manchas que afetam o nosso belo litoral nordestino, ele, além dos gilets jaunes que promovem quebradeiras diárias na sua jolie Paris, ele tem um problema herdado de todos os que o antecederam no governo da Cité Lumière: o Canal da Mancha...e com uma Inglataterra do outro lado... não é mole, convenhamos. E ainda, de lambuja, o Neymar, ainda no PSG...
O encontro, inobstante, foi mais uma vez, excelente. O Minas Tênis Clube, com a sua discreta e imorredoura - e pretensa, diriam alguns - singeleza, é acolhedor, cativante, e preto-e-branco, desde o piso. O que à primeira vista pode contudo perturbar é a notória dificuldade de lá se localizar o nosso grupo em meio àquele amplo salão e mais que generosa varanda, pois as suas noitadas são bem concorridas e o chegante, de imediato, depara-se com a impressão de que ali se está realizando um congresso geriático em plena ebulição. A nossa sorte é que, para distinguir o pitangrupo desses irriquietos e veneráveis senescentes, temos agora, de uns meses para cá, a presença das Musas Pitanguapitas, siempre jóvenes, e alguns moços que vêm, gradualmente acompanhando os passos de seus pais, com direito a voz e a voto - desde que de castidade...
Como de hábito, o encontro fluiu com a camaradagem de sempre e uma pena, se me cabe aqui o registro ou mais, é que a frequência anda abaixo das expectativas, pois na corrente edição não passamos de duas dúzias - pra não dizer nada entre 23 e 25..., e a disposição das mesas, em formato de um L, não favoreceu a uma mais fluida interação dos participantes.
O Senhor Presidente Juarez Machado solenemente presidiu, e sua nobre Primeira Dama, no ato, o assistiu. E uma forma impecável de manter os deliciosos bolos de aniversário intatos, descobriu: ao invés de usar cerejas - que vinham sendo afanadas por algum glutão incorrigível e incaível - recorreu aos morangos, mais difíceis de passar por goelas apressadas...e capazes de deixar marcas semelhantes ao batom...até em colarinhos e panças azuis...
Entre os clãs mais assíduos, sentida foi a ausência dos Chaves, que normalmente nos prestigiam em triunvirato, e o do Picões. Mas sempre há esperança para as novas edições...