Percepções: como criamos a nossa realidade?
Tempo de leitura estimado: 2 a 3 minutos.
Todos nós criamos a nossa realidade e é por isso que vivemos dentro de “bolhas”, obcecados por nossos mundos particulares. Certamente existe uma realidade acontecendo independente dos nossos caprichos, mas também é certo que tudo que percebemos não passa de uma construção interna.
Eu não vejo e interajo com o mundo da mesma forma que você ou qualquer outra pessoa, cada um de nós possui e vivencia sua própria visão particular. Nossos órgãos sensoriais captam sinais externos, mas a realidade percebida não passa de um produto do cérebro.
A questão é que esse mundo pessoal criado por nós não é baseado apenas nos sinais elétricos captados por nossos sentidos, ele também recebe influências significativas dos pensamentos, crenças, opiniões e memórias do indivíduo.
Se uma pessoa crê, de verdade, que o mundo está repleto de pessoas medíocres, assim ele será, pelo menos dentro da sua “bolha”, que é o mundo tal como ela percebe. Sendo assim, continuamente seu cérebro buscará dados em sua percepção que se harmonizem com essa opinião, realçando-os e gerando uma sensação de conformidade com aquilo que pensa.
É natural nos depararmos com coincidências no dia a dia, pois nesse processo intenso de criação interna, a mente agrega muito mais contraste e nitidez àquilo que entregamos maior atenção.
Mas entenda com cuidado! Ninguém está alterando a realidade concretamente através dos pensamentos, o que criamos e modificamos realmente é a nossa PERCEPÇÃO dos ambientes, das pessoas, das circunstâncias e sensações.
Se você acredita fervorosamente que há um deus exercendo forte papel nas suas experiências, você se deparará, frequentemente, com eventos e pessoas que reforçam essa crença. E no exato oposto, o mesmo acontece. Se você sinceramente não crê em interferências espirituais, dificilmente enxergará algo que o faça se questionar.
Enxergando da mesma forma, compreendemos que alegrias e tristezas são condições democráticas. Há gente com imenso poder de consumo lidando com vidas detestáveis, assim como pessoas sem qualquer possibilidade de sustento repletas de motivação. Mas há também quem tenha muito e se considere plenamente satisfeito, assim como gente que se vê miserável, tal como é.
O consumo só se torna um fator determinante para o bem-estar pessoal quando a pessoa confere esse poder a ele. Se alguém crê fortemente que só será plenamente feliz quando tiver mais de seis dígitos em sua conta bancária, assim será.
Entretanto, a alegria do primeiro milhão conquistado pode ser equivalente ou até menor do que a satisfação de ter uma boa refeição depois de anos de pobreza. Há quem se sinta aprisionado em um mar de possibilidades e há quem se sinta livre em uma casca de nós.
Nada no mundo possui uma identidade ou valor inerente, somos nós que criamos a identidade das pessoas e das coisas e atribuímos valores aos mesmos. O seu “eu” vendedor, engenheiro, médico, professor, escritor, trabalhador, pai, mãe, marido, esposa, amigo ou o que quer que seja, não passa de uma representação social, um personagem em um grande teatro aberto e improvisado.
A medida que crescemos, aprendemos a valorizar certas coisas e menosprezar outras, assim como aprendemos a respeitar determinados tipos de pessoas e negligenciar outras. Mas embora nossa formação cultural seja forte, ela é mutável. E é possível trabalhar nossos valores de maneira independente.
A mente é uma ferramenta perigosa. Se você direciona seus pensamentos e emoções para sensações e ideias perturbadoras, dramáticas e angustiantes, mais cedo ou mais tarde isso será incorporado em sua percepção. A partir daí passará a enxergar mais do que pensa e sente em todos os lugares.
Seu comportamento e suas ações serão pautadas neste mundo que você criou e, naturalmente, as consequências dessa percepção virão. Experimente dar uma atenção extra aos defeitos de um amigo ou cônjuge por alguns dias e observe essa pessoa se tornar o diabo diante dos seus olhos. A boa notícia, porém, é que o mesmo vale para o oposto.
Observe, também, que o mundo externo, a realidade concreta (se é que ela existe), interfere em nossos pensamentos e emoções que, por fim, irão gerar algum contraste na sua rotina. É, portanto, uma construção conjunta a partir do que o que está dentro (mente) e o que está fora.
O grande problema é que a medida que crescemos e fortalecemos os nossos conceitos e opiniões, a influência externa passa a ser menos efetiva e nos fechamos cada vez mais em nossas mentes repletas de preconceitos e ideias inflexíveis.
A verdade, por fim, é que todos nós criamos a nossa realidade continuamente a partir de tudo o que se passa em nossas cabeças. Sejam memórias, emoções, desejos, perdas ou ensinamentos, tudo isso influenciará essa construção final que chamamos de "realidade".
Seja cauteloso(a), portanto, com o que vê, escuta, interage e, principalmente, com o que pensa, sente e acredita. Pois independente da sua vontade, tudo isso surgirá, de alguma forma, em suas futuras experiências.
Tempo de leitura estimado: 2 a 3 minutos.
Todos nós criamos a nossa realidade e é por isso que vivemos dentro de “bolhas”, obcecados por nossos mundos particulares. Certamente existe uma realidade acontecendo independente dos nossos caprichos, mas também é certo que tudo que percebemos não passa de uma construção interna.
Eu não vejo e interajo com o mundo da mesma forma que você ou qualquer outra pessoa, cada um de nós possui e vivencia sua própria visão particular. Nossos órgãos sensoriais captam sinais externos, mas a realidade percebida não passa de um produto do cérebro.
A questão é que esse mundo pessoal criado por nós não é baseado apenas nos sinais elétricos captados por nossos sentidos, ele também recebe influências significativas dos pensamentos, crenças, opiniões e memórias do indivíduo.
Se uma pessoa crê, de verdade, que o mundo está repleto de pessoas medíocres, assim ele será, pelo menos dentro da sua “bolha”, que é o mundo tal como ela percebe. Sendo assim, continuamente seu cérebro buscará dados em sua percepção que se harmonizem com essa opinião, realçando-os e gerando uma sensação de conformidade com aquilo que pensa.
É natural nos depararmos com coincidências no dia a dia, pois nesse processo intenso de criação interna, a mente agrega muito mais contraste e nitidez àquilo que entregamos maior atenção.
Mas entenda com cuidado! Ninguém está alterando a realidade concretamente através dos pensamentos, o que criamos e modificamos realmente é a nossa PERCEPÇÃO dos ambientes, das pessoas, das circunstâncias e sensações.
Se você acredita fervorosamente que há um deus exercendo forte papel nas suas experiências, você se deparará, frequentemente, com eventos e pessoas que reforçam essa crença. E no exato oposto, o mesmo acontece. Se você sinceramente não crê em interferências espirituais, dificilmente enxergará algo que o faça se questionar.
Enxergando da mesma forma, compreendemos que alegrias e tristezas são condições democráticas. Há gente com imenso poder de consumo lidando com vidas detestáveis, assim como pessoas sem qualquer possibilidade de sustento repletas de motivação. Mas há também quem tenha muito e se considere plenamente satisfeito, assim como gente que se vê miserável, tal como é.
O consumo só se torna um fator determinante para o bem-estar pessoal quando a pessoa confere esse poder a ele. Se alguém crê fortemente que só será plenamente feliz quando tiver mais de seis dígitos em sua conta bancária, assim será.
Entretanto, a alegria do primeiro milhão conquistado pode ser equivalente ou até menor do que a satisfação de ter uma boa refeição depois de anos de pobreza. Há quem se sinta aprisionado em um mar de possibilidades e há quem se sinta livre em uma casca de nós.
Nada no mundo possui uma identidade ou valor inerente, somos nós que criamos a identidade das pessoas e das coisas e atribuímos valores aos mesmos. O seu “eu” vendedor, engenheiro, médico, professor, escritor, trabalhador, pai, mãe, marido, esposa, amigo ou o que quer que seja, não passa de uma representação social, um personagem em um grande teatro aberto e improvisado.
A medida que crescemos, aprendemos a valorizar certas coisas e menosprezar outras, assim como aprendemos a respeitar determinados tipos de pessoas e negligenciar outras. Mas embora nossa formação cultural seja forte, ela é mutável. E é possível trabalhar nossos valores de maneira independente.
A mente é uma ferramenta perigosa. Se você direciona seus pensamentos e emoções para sensações e ideias perturbadoras, dramáticas e angustiantes, mais cedo ou mais tarde isso será incorporado em sua percepção. A partir daí passará a enxergar mais do que pensa e sente em todos os lugares.
Seu comportamento e suas ações serão pautadas neste mundo que você criou e, naturalmente, as consequências dessa percepção virão. Experimente dar uma atenção extra aos defeitos de um amigo ou cônjuge por alguns dias e observe essa pessoa se tornar o diabo diante dos seus olhos. A boa notícia, porém, é que o mesmo vale para o oposto.
Observe, também, que o mundo externo, a realidade concreta (se é que ela existe), interfere em nossos pensamentos e emoções que, por fim, irão gerar algum contraste na sua rotina. É, portanto, uma construção conjunta a partir do que o que está dentro (mente) e o que está fora.
O grande problema é que a medida que crescemos e fortalecemos os nossos conceitos e opiniões, a influência externa passa a ser menos efetiva e nos fechamos cada vez mais em nossas mentes repletas de preconceitos e ideias inflexíveis.
A verdade, por fim, é que todos nós criamos a nossa realidade continuamente a partir de tudo o que se passa em nossas cabeças. Sejam memórias, emoções, desejos, perdas ou ensinamentos, tudo isso influenciará essa construção final que chamamos de "realidade".
Seja cauteloso(a), portanto, com o que vê, escuta, interage e, principalmente, com o que pensa, sente e acredita. Pois independente da sua vontade, tudo isso surgirá, de alguma forma, em suas futuras experiências.