TRAVA EMOCIONAL
        As emoções e o estado de espírito estão sempre presentes nas interações e inter-relações humanas. A atitude mental se reflete nos resultados e nas expectativas de quem solicita, pois influencia e motiva a reação do solicitado.  Se no momento em que nos dirigimos a alguém para pedir alguma coisa, seja uma informação, orientação, ajuda psicológica ou financeira, apoio na eleição para vereador, ou seja o que for. Se nossa atitude mental estiver voltada para a recusa, essa quase sempre ocorrerá. É necessário que esteja sintonizada com o resultado que pretendemos obter. Não são bem claras as razões, mas estatisticamente há um predomínio acentuado do sucesso, quando há essa sintonia. Pode-se conseguir exercitar o controle mental, através de muitas técnicas sendo a mais praticada, a meditação. Quando se consegue atingir um grau satisfatório de controle da mente, a voz muda assume uma entonação agradável. A postura corporal traduz segurança e geralmente o olhar transmite calma e otimismo. Quando não se tem essa facilidade, parecemos inseguros, vacilantes, e facilitamos o trabalho do interlocutor caso ele esteja propenso a recusa ou a uma resposta negativa. A maioria das pessoas não aprendem a lidar com isso. A timidez, o pré-julgamento da situação, ou a incerteza quanto a justiça e correção do que se pleiteia, leva ao "travamento", a interrupção do fluxo de energia positiva que possibilita o alcance do objetivo. É muito frequente a antecipação de resultados, quando nos colocamos as vezes de forma automática na condição de juízes. Por exemplo: Antes de fazer a pergunta já começamos a reagir a uma hipotética resposta, criada pelo nosso subconsciente. Isto é, pré-julgamos o interlocutor. Esse prejulgamento pode estar baseado em valores como preconceito, prepotência, soberba e outros.  "Ele não tem conhecimento do assunto". "Será que ele vai saber? É apenas o faxineiro", "Com essa cara fechada deve estar com preguiça isso é próprio de funcionário público". "Esse guarda-noite não deve saber o endereço desse restaurante. Se fosse um restaurante por quilo...". Na sequência dessas frases temos: preconceito cultural, social, funcional e econômico. E poderíamos enumerar muitos outros valores negativos que embasam nossos costumeiros "julgamentos".  A tudo isso devemos somar complexo de inferioridade. Ao interagirmos com pessoas de posição financeira, cultural, ou funcional muito acima da nossa, a tendência é a intimidação. Criamos com frequência em nossa mente um fosso que nos separa do interlocutor. "Ele não me conhece, nem vai considerar a minha pergunta". "Quem sou eu para reclamar com o presidente da empresa?".  Esse fosso que criamos na verdade não existe, é simplesmente fruto de nossa atitude mental. Certa feita em São Paulo, pedi orientação a um homem que saia de um hotel sobre como se chegar ao Centro Cultural do Banco do Brasil. O homem foi de uma gentileza incrível, e detalhou para mim como chegar lá. Meus amigos me disseram quase em tom de censura que aquele era um dos maiores empresários do Brasil. Pensei e daí? fiz uma pergunta e ele respondeu gentilmente. Porém, se eu conhecesse o homem e soubesse de sua condição profissional, é provável que nem fizesse a pergunta por receio da rejeição. Ou seja, o pré-julgamento é um adversário poderoso e devemos combatê-lo sempre.
                   A atitude mental negativa é um torniquete, que reduz ou impede o fluxo de energia positiva que deve estar sempre presente entre pensamento e ação. Se não lutarmos contra ela e seus desdobramentos, teremos muita dificuldade em atingir nossos objetivos.
AVP-maio/2018
Al Primo
Enviado por Al Primo em 03/06/2018
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