Haiti, aí tinha?
Some inundações diluviais de 2004, terremoto devastador, 7 graus na escala Richter em 2010, e furacão avassalador em 2016, e jogue isso tudo sobre uma nação superpopulosa, desmatada, abandonada, e negra, e você tem o Haiti. E, isso tudo, tendo como padroeira a Senhora do Perpétuo Socorro...E se não fosse Ela?
O Haiti, violentamente colonizado pelos franceses, era chamado de Pérola do Caribe, pela beleza e generosidade de sua natureza. O açúcar, sua maior riqueza, tornou-se uma das principais razões de sua amargura. Que perdura, imunda, e se aprofunda.
E, no entanto, foi a primeira nação latino-americana a se tornar independente no Continente. Em 1804. E o primeiro e único caso de revolução de escravos vitoriosa. Mas as punições por esse "atrevimento" não faltaram: um embargo internacional, isolando o país, e uma dívida impiedosa para se lograr o reconhecimento da independência, por parte da
metrópole-madrasta, a França, tão louvada pela sua cultura, sua ciência, seu humanitarismo. Égalité, Liberté, Fraternité...veja você.
E em meio a toda essa desgraça, corrupção malfazeja é o que mais grassa. E isso não passa.