Lavando a égua
Pharaoh - assim com dois agás - já foi das maiores sensações do hipismo norte-americano. De onze corridas iniciadas, ganhou nove - entre as quais, as principais do circuito hípico da terra de Marlboro, Kentucky Derby, Preakness Stakes e Belmont. Tríplice coroado. Celebrado e reverenciado, partiu para o melhor bocado.
Retirado da dura rotina das pistas, transformou-se no garanhão mais cobiçado do planeta e, se duvidar, de todo o sistema solar. Cada cobertura sua vale a bagatela de duzentos mil dólares. Costuma dar três num dia, ao longo de cinco meses num ano. Não sei se tem uma folga semanal, ou mesmo se se poderia chamar de folga seminal, mas o rendimento apurado anual para o patrão, em períodos de atividade é da ordem de 30 milhões de dólares. Mais do que ganham juntos, com suas fabulosas conferências mundafora, Lula e Clinton.
No seu refinado estábulo, Pharaoh tem de tudo, da comida orgânica, às massagens com música ambiente, às visitas de dignitários do hipismo, de afamados garanhões do passado, a criadores abastados, que estendem o tour por seus domínios gramados - a um custo de a qualquer mortal dar susto.
O que surpreende aos criadores é a voraz aptidão de Pharaoh para executar sua nobre tarefa reprodutora. Direto no ponto. Gozação de deixar qualquer um tonto. Leve feito uma pluma, sem ver(ter) fora porra nenhuma.