Navegar é preciso...?
Um artigo aparecido no jornal New York Times, desta data, traz um estudo interessante sobre os métodos de navegação dos habitantes das ilhas Marshall, situadas na Micronésia, grupo de arquipélagos espalhados na vastidão do Oceano Pacífico.
As Marshall compõem-se de 29 pequenos atóis, que no total compreendem cerca de 1200 ilhas e ilhotas, conjuntamente, abrigando uma população autóctone, com alguma imigração, de pouco mais de 52 mil pessoas. A capital é chamada Majuro e detém cerca de 50% da população de todo o pais.
Deslocar-se de uma ilha a outra no arquipélago de Marshall é uma aventura, pois as águas oceânicas que as separam são geralmente bastante agitadas, cortadas por correntes marítimas, em grande profundidade. Essa tarefa hoje é enormemente facilitada pelo uso do GPS.
Entretanto, em tempos remotos antes dos modernos instrumentos de navegação os habitantes locais, em seu imperturbável isolamento, desenvolveram técnicas e observações que vão rapidamente desaparecendo.
Estudos de cientistas norte-americanos dão conta de que esses intrépidos canoeiros aprenderam a navegar com rara precisão, a partir das observações das ondas que se formam em todo de seus pequenos barcos, bem como com a observação atenta dos corpos celestes.
E a tamanha precisão de seus cálculos pode ser ainda comprovada pelos intrigantes mapas de gravetos que produziam e que tão bem os conduziam. O mapa de gravetos constitui na interseção de gravetinhos fininhos formando algo semelhante a uma rede. Os pontos de interesse no mapa são cobertos por umas conchinhas que sinalizam pontos e rotas confiáveis e de uma precisão estonteante.
Os habitantes primevos dessas ilhas encontram-se no local há pelo menos 4000 anos e, não demora não demora, de pilotar todo mundo esquece, salvos pelo GPS?