Amar é pecar - ou teclar?
A professora universitária Anna Stubblefield, da Universidade de Rutgers, EUA, de origem judia, foi condenada a 12 anos de reclusão por haver admitido ter feito sexo com um deficiente portador de paralisia cerebral. Citado como D. J., no processo, a vítima, de 35 anos é afro-descentente, e vinha sendo atendido pela perpetradora há alguns anos, na tentativa de desenvolver sua comunicabilidade.
O método didático da prof Stubblefield é considerado controverso, muito embora ela defendesse, vigorosamente, que por meio de sua ajuda manual, D. J. conseguia teclar e expressar suas vontades e necessidades. A família de D. J. contestou esse progresso.
E quando soube dos avanços da intimidade então, moveu processo, acusando a professora de estupro de incapacitado, onde a pena máxima pode chegar a 40 anos.
Nas mãos da juíza Siobhan Traore, também afro, o processo correu célere - e célebre - e a acusada levou a pena de 12 anos de reclusão, com direito a pleitear liberdade condicional somente após cumprir pelo menos dez anos.
Ao longo do processo, a professora detalhou como teria procedido nas duas vezes que partilhou da intimidade de seu pupilo, por quem se declarou apaixonada e absolutamente certa de que estava sendo correspondida.
Fosse você o juiz, leitor/a, quanto daria à professora?