Tereza Cristina Gonçalves Mendes Castro
Escritora e professora formada em Química
Cursos Brava
Trabalhando com alunos com TDAH
Sumário
A inclusão em nosso país não é vista de maneira correta. Falamos de inclusão, mas não temos educadores preparados para recebê-los. Estes alunos são jogados simplesmente em nossas salas de aula superlotadas e acabam sendo deixados muitas vezes de lado. Além da deficiência física, temos os portadores de necessidades especiais mais específicos, sem contar daqueles que trazem consigo um transtorno de aprendizagem muitas vezes genético, outras vezes adquirido ao nascer.
Vamos citar aqui um pouco mais dos alunos com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade – TDAH – onde este aluno acaba sendo rotulado de avoado, vive no mundo da lua, preguiçoso, entre outros argumentos que sabemos que realizamos com o nosso alunado, embora saibamos que isso é falta de ética.
O aluno com TDAH tem as funções cerebrais diferenciadas, e acabam sendo desmotivados por nós professores, alguns desses alunos tomam medicamento, e falaremos sobre os mesmos, e a preocupação de pais e educadores com estas crianças e /ou adolescentes. Este transtorno acompanhará ao indivíduo para sempre.
Como, mãe também de um menino com TDAH, espero contribuir além de educadora como familiar, pois ter um TDAH na família é um desafio à procura de soluções e parcerias com psicopedagogos, neurologistas e escola. Afinal é desafiadora a questão.
Summary
Inclusion in our country is not seen correctly. We talk about inclusion, but we have not trained educators to receive them. These students are simply thrown in our classrooms overcrowded and end up being often left aside. In addition to the physical, we have people with more specific special needs, not to mention those who bring with them a learning disorder often genetic, sometimes acquired at birth.
Let us quote here a little more of students with attention deficit hyperactivity disorder - ADHD - where this student ends up being labeled avoado, lives on the moon, lazy, among other arguments that we know we do with our student body, although we know this is unethical.
The student with ADHD has differentiated brain functions, and end up being unmotivated for us teachers, some of these students take medication, and talk about the same, and the concern of parents and educators with these children and / or adolescents. This disorder will follow the individual forever.
How, also mother of a boy with ADHD, I hope to contribute beyond educator as a family, because having an ADHD in the family is a challenge looking for solutions and partnerships with educational psychologists, neurologists and school. After all is challenging the issue.
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade– uma moda do século XXI?
Antes dos sete anos de idade a criança passa por inúmeras mudanças comportamentais, tornando-se inviável detectar um TDAH em crianças menores, e além, disso, este assunto é discutível em vários lugares, devido a farmacologia que se usa no tratamento dessas crianças/e/ou/ adolescentes para melhorar o desempenho escolar.
Até dois anos atrás a França era uma das nações que não aceitavam o tal modismo dos médicos, e professores diagnosticarem crianças/adolescentes em pessoas que sofriam do transtorno de déficit de atenção. Hoje em 2015, no mês de fevereiro, os franceses reconheceram o HAS – sigla em francês do TDAH.
Pesquisas afirmam que 6,4 milhões de crianças/jovens entre 7 a 17 anos, são catalogadas com TDAH. Ainda em algumas outras, afirmam que os próprios pais procuram diagnosticar a criança/adolescente com TDAH para melhorar o desempenho escolar.
Portanto, o diagnóstico de TDAH deve ser feito por um especialista, seja neurologista ou psiquiatra infantil, e se possível todo diagnosticado ser acompanhado por um psicólogo ou psicopedagogo. Sem contar da autoridade dos pais para acompanhar estas crianças/adolescentes. Então, posso dizer, hoje que o TDAH, não é um modismo, mas um transtorno que deve ser bem diagnosticado para se evitar rótulos.
Como funciona o cérebro de uma criança/adolescente com TDAH?
"Um estudo americano relaciona a descoberta de alterações em genes específicos envolvidos em importantes vias de sinalização do cérebro ao transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Publicado na versão on-line do periódico Nature Genetics, o levantamento abre portas para o desenvolvimento de drogas que possam agir especificamente nessas vias -- oferecendo, assim, novas opções de tratamento para o problema." Extraído: http://www.tdah.org.br/br/noticias/reportagens/item/304-estudo-liga-falha-gen%C3%A9tica-no-c%C3%A9rebro-a-d%C3%A9ficit-de-aten%C3%A7%C3%A3o.html
Algumas partes do cérebro de um indivíduo com TDAH estão menos desenvolvidas e imaturas. Alguns fatores são genéticos e estão associados às disfunções de neurotransmissores.
Os portadores, de TDAH têm fácies momentos a ficarem distraídos e esquecerem seus afazeres principais, como a lição na escola ou em casa.
Educadores e pais devem ficar atentos às atitudes das crianças/adolescentes em relação ao aprendizado.
Para saber mais: http://tdah.org.br/br/noticias/reportagens/item/19-simp%C3%B3sio-internacional-discute-descobertas-sobre-o-tdah.html?tmpl=component&print=1
Tratamento
Alguns médicos e psicólogos, e até mesmo pais, são contra o uso da Ritalina –Metilfenidato, que possui uma ação como a cocaína. Mas, em alguns casos o uso ajuda aos portadores de TDAH a se concentrarem mais, por isso, a importância de se seguir a prescrição e orientação médica quando estes portadores necessitarem do uso da medicação.
Importante ressaltar que muitas vezes a ritalina pode está associada a um outro medicamento, mas isso deve ser sempre prescrito por um médico que acompanha a criança/adolescente, nunca pelos próprios pais.
Ainda alguns estudos afirmam que o uso das vitaminas do complexo B, ajudam crianças/adolescentes portadores de TDAH. Entre outras substâncias que auxiliam no tratamento desse transtorno.
Conclusão:
Cabe a cada um: Professores, pais, médicos e psicólogos saber observar o comportamento das crianças/adolescentes, lembrando que hoje em dia pela falta de limites e inversão de valores que nossas crianças sofrem, devemos entender bem o assunto, e levar a sério critérios atuais e de pesquisa.
Em casa, conversar abertamente, colocar limites, não passar a mão na cabeça quando os filhos não fazem uma atividade, colocar regras e uma rotina, e assim, tentar como pais melhorar a situação dos portadores de TDAH.
Na escola, cabe aos professores trabalharem de maneira diferenciada e avaliar continuamente, deixando muitas vezes o aluno sair um pouco da sala, dar um toque, fazer com que o portador de TDAH volte para a situação da atividade principal.
Enfim, o TDAH é um transtorno de aprendizagem, de ordem genética, mas que pode ser controlado e o portador deve conhecer seu problema, e considerando que no Brasil há poucos especialistas como neuropediatras e psiquiatras infanto-juvenil, é complicado para educadores terem uma parceria com estes, pois escola – especialistas – pais deveriam caminhar juntos para proporcionar um melhor tratamento – aprendizagem para estes portadores, que como disse a princípio, são crianças/adolescentes também com necessidades especiais que são jogados em salas superlotadas e muitas vezes desprezados pelos educadores, não propositalmente, mas que deveriam ter uma atenção mais eficaz.
Bibliografia:
Sites:
http://portugalmundial.com/2013/04/transtorno-do-deficit-de-atencao-com-hiperatividade-doenca-ou-diagnostico-da-moda/#
http://psicologiaeadocao.blogspot.com.br/2014/11/a-moda-do-diagnostico-de-hiperatividade.html
http://super.abril.com.br/cotidiano/minha-vida-foco-695353.shtml
www.minhavida.com.br/saude/materias/4334-cerebro-de-portadores-tdah-e-menos-desenvolvido
www.ecologiamedica.net/2010/12/deficit-de-atencao-na-vida-pratica.html
Experiência com um TDAH – Meu filho amado. Téka Castro.