Neuroplasticidade e Neurotransmissores
Neuroplasticidade
Ou plasticidade cerebral, é a capacidade de remapeamento das conexões das nossas células nervosas, o processo que nos ajuda a continuamente aprender. Ela se refere à maneira do nosso cérebro agir e reagir à medida que experimentamos uma mudança em nosso ambiente ou desenvolvemos uma habilidade.
Considera-se que as características neuroplásticas do nosso cérebro influenciam mais de 100 bilhões de nossas células nervosas ao longo da vida. Quando nós usamos nosso cérebro de formas novas, nós criamos novos caminhos para comunicação neural. Mesmo quando adultos, o que nós aprendemos e ao que nos adaptamos ao longo da vida reorganiza nossos neurônios existentes. Portanto, a neuroplasticidade é o que nos permite aprender, memorizar e adaptar através da nossa experiência com o mundo a nossa volta.
Como o cérebro custa caro em termos de energia e nutrientes, faz sentido que seus recursos sejam desviados para aquelas funções que são usadas de maneira bem-sucedida. Como resultado, quanto menos se usa uma função cerebral, pior ela fica, ao mesmo tempo que quanto mais se usa o cérebro em um tipo de atividade, melhor ele é capaz de realizá-la.
Em razão disto, a atividade mental rica e variada, com a prática das mais variadas funções cognitivas, é importante: para manter todos os circuitos ativos e saudáveis, prontos para o uso. É importante se dedicar a novas atividades. Exercitar seu cérebro é tão importante quanto exercitar seu corpo. Se você continuar a desenvolver sua reserva funcional através de prática de exercícios mentais e um estilo de vida saudável, você tem mais chances de manter a plasticidade cerebral e sua habilidade de aprender, à medida que envelhece.
Neurotransmissores
São substâncias químicas produzidas pelos neurônios, que possibilitam que os impulsos nervosos de uma célula influenciem os impulsos nervosos de outra, permitindo assim que as células do cérebro "conversem entre si", por assim dizer, enviando informações a outras células (de nervo ou músculo).
O corpo humano desenvolveu um grande número desses mensageiros químicos para facilitar a comunicação interna e a transmissão de sinais dentro do cérebro. Quando tudo funciona adequadamente, as comunicações internas acontecem sem que sequer tomemos consciência delas. Os neurotransmissores podem atuar no encéfalo, na medula espinhal e nos nervos periféricos. Quimicamente, os neurotransmissores são moléculas relativamente pequenas e simples. Diferentes tipos de células secretam diferentes neurotransmissores. Cada substância química cerebral funciona em áreas bastante espalhadas mas muito específicas do cérebro e podem ter efeitos diferentes dependendo do local de ativação.
Os neurotransmissores são produzidos na célula transmissora e são acumulados em vesículas, as vesículas sinápticas. Isso pode ocorrer por ação direta de uma substância química, como um hormônio, sobre receptores celulares pré-sinápticos.
A maior parte dos neurotransmissores encontra-se em três categorias: aminoácidos, aminas e peptídeos. Cerca de 60 neurotransmissores foram identificados e podem ser classificados, em geral em uma das quatro categorias.
• Colinas, das quais a acetilcolina é a mais importante;
• Aminas biogênicas, a serotonina, a histamina, e as catecolaminas - a dopamina e a norepinefrina;
• Aminoácidos, o glutamato e o aspartato são os transmissores excitatórios bem conhecidos, enquanto que o ácido gama-aminobutírico (GABA), a glicina e a taurine são neurotransmissores inibidores.
• Neuropeptídios, esses são formados por cadeias mais longas de aminoácidos (como uma pequena molécula de proteína). Muitos deles têm sido implicados na modulação ou na transmissão de informação neural.
Os neurotransmissores são muito importantes em várias áreas. Podemos citá-los relacionados a dores, depressão e doenças como Parkinson e Alzheimer. Várias drogas têm seus princípios ativos baseados em ações de neurotransmissores, tanto drogas lícitas, remédios, como drogas ilícitas.