O Som do Disco Vinil, e o Som Digital.

Temos ouvido alguém dizer, que o som do disco de vinil seria melhor, que o som da música digitalizada.

Os profissionais da Eletrônica trabalham para satisfazer aos músicos, embora não entendam de música.

Trabalham também para os médicos, embora não entendam de medicina, e isto vale também para as outras atividades.

Na área da acústica, o trabalho da Eletrônica sempre foi na busca da FIDELIDADE, por isto quando ocorreram melhorias na reprodução sonora, foi criada a expressão “Alta Fidelidade”.

Não seria sensato o Técnico em Eletrônica ponderar o “ouvido” do músico, quando este avalia determinado som, assim como não seria sensato o músico ponderar o Técnico em Eletrônica.

Normalmente é o músico que diz, ao Técnico em Eletrônica, como ele quer ouvir a música reproduzida num aparelho.

Qual é o melhor som, o da música no Disco de Vinil, ou da música Digitalizada?

O som do Disco Vinil pode ser melhor ao ouvido do músico, embora em questão de fidelidade, não possa ser comparado ao som digitalizado.

O som retirado diretamente de um disco de vinil é péssimo, irreal, e sem os graves, porque esta frequência não pode ser gravada neste tipo de mídia.

Para contornar esta deficiência nos discos de vinil, os sons graves são recriados eletronicamente, por um sistema de equalização, que foi mundialmente padronizado, porém nem sempre obedece a padronização RIAA.

No começo, os sons digitalizados eram inaceitáveis, mas com aumento na velocidade dos processadores, e na capacidade das memórias, cada vez foram se tornando mais perfeitos.

O som dos discos de vinil, além da equalização, depende de meios mecânicos, sujeitos a causarem alterações na música:

Oscilações na velocidade do prato, peso do braço do toca discos, efeito da paralaxe, condições da agulha, estado do disco, e outros.

Ainda pode ocorrer inserção de ruídos, nos cabos, e conexões, entre a cápsula fonocaptora, e o amplificador, provenientes de diversas fontes, como a rede elétrica..

Apenas ações, como compactação do arquivo, em gravação MP3, podem comprometer a qualidade do som digitalizado, porque houve alteração proposital.

Nos sons puros, sem manipulação, os componentes sonoros permanecem invariáveis, e podem ser regravados mantendo a qualidade original.

As pessoas me perguntam: Após retirar música de um CD, e compactar em MP3, ela pode ser regravada na qualidade de CD?

Não pode, exceto por algum equipamento de laboratório, que “adivinhasse”, e recriasse os sons que foram perdidos, em virtude da compactação do arquivo.

Nos anos oitenta, eu profetizei durante uma conversa, que um dia teríamos música gravada numa memória, que naquela época era um Circuito Integrado enorme.

Fui pueril, e modesto na minha previsão.

Hoje temos milhares de músicas, numa memória, pouco maior que um grão de arroz, e ainda podemos simular a sua audição ao ar livre, numa sala, ou na Catedral de Milão.

Portanto, o som deficiente de um Disco de Vinil pode ser melhor, apenas para o ouvido de alguém.

Jamais som mecânico teria a qualidade, e FIDELIDADE, de um som digitalizado, que atualmente vai dos Infra Sons, até os Ultra Sons.

Talvez pelo fato de no Disco de Vinil suprimir algumas frequências, “empobrecer” ou “simplificar” o som, isto o torne mais agradável para algumas pessoas. Uma pessoa me pedia para lhe gravar músicas, retirando os graves.

Acioly Netto - www.guiadiscover.com

Acioly Netto
Enviado por Acioly Netto em 14/06/2023
Código do texto: T7813733
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