ESCALADA DA VIDA, MARIO ZAN, ALMIR SATER E EU
ESCALADA DA VIDA, MARIO ZAN, ALMIR SATER E EU
A escalada da vida onde pessoas se encontram tem suas vidas tocadas;
Pensando em Almir Sater como seria sem vários caminhos, sem Mario Zan e a música chalana da novela Pantanal;
Como seria mais, sem meu pai filho caçula de uma família de quatro duplas de violeiro cantadores vivendo na Serra do pico, na divisa de Anhumas, Bragança Paulista-SP/ Com Extrema-MG, pois a existência de meu pai e as quatro duplas da família, foram precursores e encaminhadores de quando Maria Zan veio da Itália com seis anos para se avizinhar na serra do Pico e começar a tocar sanfona.
Onde meu pai e seus irmãos e cunhados já fazia a função com casais de viola e lá estava Mario Zan desenvolvendo sua sanfona(acordion), mas a família de violeiros ficou, enquanto Maria Zan se foi para a estrada da música e do profissionalismo, galgou o mundo e foi sua composição chalana que enriqueceu Mario Zan e Almir Sater por ocasião da novela Pantanal
Então lá da Serra do Pico onde Paulo Capusso, e Mario Zan, com suas sanfonas animam os bailinhos caseiros e de onde saiu Mário Zan para o mundo fez diferença a convivência com as duplas violeiros dos Domingues que também animam as mesmas festas, onde Mario Zan era apenas um menino perto destas duplas de violeiros já mais velhos;
mas com certeza a composição de chalana, bem comum do quarto centenário de São Paulo por Mario Zan o transformou no grande compositor reconhecido no mundo.
De alguma forma eu que também sai para o mundo e que estive no Pantanal mais de 10 vezes de alguma forma andei uma vida paralela de Mario Zan e de alguma forma cruzamos estrada nesta escalada da vida, e lá no pantanal onde Mário Zan e Almir Sater se encontraram na escalada da vida.
Eu há quase 50 anos após sair para o mundo viajando muito depois casado continue viajando muito e há quase 30 anos após o fim da vida do meu pai resolvi a voltar para roça para cuidar do resto do resto que ele deixou além dos ensinamentos, que deixou pra mim e para Mario Zan, bem como alguma coisa nova procurei fazendas em mato grosso, mas foi no triangulo mineiro que eu parei na capital do agronegócio, em Sacramento, na beira do rio Araguari eu cheguei eu já faz quase 30 anos , quase um terço de um século neste novo milênio após chegar à beira do rio Araguari e ainda por lá continuar a existir uma vida paralela entre Bragança e Sacramento não vou tentando mas vou pensando no estradão da minha linha enquanto vou deixando cidades para traz, cidades que vem crescendo no progresso enquanto as estradas vão duplicando.
Mas Mario Zan, quando compôs Chalana, quando se deparou com Almir Sater, o Cantador do Pantanal, que logicamente tinha que cantar Chalana, e nascia a novela pantanal, que tinha que fazer desta composição a principal música então daquela grande e linda novela e principal história, visualização que o pantanal já tinha.
A música de Maria Zan, na cantoria de Almir Sater, mais a novela pantanal na antiga TV extinta, fizeram de Mario Zan, e de Almir Sater imortais da música, da composição, e Almir Sater do Pantanal, como Mario Zan, através da TV e da novela galgaram o mundo da fama.
Eu aqui na escalada da vida, tive como Maria Zan o passado de meu pai, catireiro da Serra do Pico o mesmo berço de conhecimento e influência e então meu pai quando passou por este mundo contribuiu, alterou o futuro de Maria Zan e o meu, bem como o de Almir Sater, tudo poderia acontecer conosco, mas a influência da existência de meu pai e de sua alegria no cantar e tocar viola com seus irmão e cunhados animando bailes e funções na Serra do Pico e região, mesmo não se tornando profissionais, fizeram de Mario Zan, o rei da sanfona que saiu para o mundo, e como fez de mim viajante do mundo, também fez de Almir Sater o violeiro que cantou Chalana na novel Pantanal.
É certo que sem meu pai, seus irmãos e cunhados, sem Mario Zan, sem Almir Sater, sem a novela Pantanal, sem a composição de Marrio Zan de Chalana o mundo não seria o mesmo.
Meu primo irmão, que órfão aos quatorze, acompanhou meu pai pela vida toda, é minha fonte de conhecimentos destes fatos, ele também viveu com Mario Zan menino, bem como com Mario Zan no final da vida, onde se reuniram no Bairro dos Godoi em Vargem em casa de amigos de ambos e puderam relembrar do menino Italiana que chegou no local aos seis anos de idade.
Meu amigo de faculdade, meu irmão preto Milton Batista, depois de mais de 40 anos, retornou a Bragança Pta, para ajudar a reviver esta história, pela sua relação com Mario Zan, com o filho e filha de Mario Zan, pela sua Grande Gravação de Chalana, fez com que trilhássemos os passos de Mario Zan na Serra do Pico, esta grande serra com valor paisagístico imensurável da serra da Mantiqueira 29/03/2023.
Tenho conversado com Dinho(Geraldo Domingues de Faria) que apesar de não cantar, lembra e cantarola as musicas composta pelos nossos tios e e outros da Região como zé Quintino, bem como com Roque Navegante, cantador, violeiro profissional, que cantou e canta muito nas radios, TV, e onde for convidada para tal na região toda que já com 73 anos, ainda lembra de Mario Zan moço, junto com Luiz Rafaé e Paulo Capusso como 03 (três) Sanfoneiros na região da Serra do Pico de Jorge Adão (Bragança Paulista-SP, atual Vargem-SP), como era conhecido o lugar naqueles Tempo que Jorge Adão veio da Italia com 07 anos e na lavoura de café cresceu e com os outros dois animava as funções do Bairro e da região, casou com Maria, filha do Luiz Ramos, vendeiro em um buteco em Vargem-SP, que até 1969, foi o viradouro do Trem da Bragantina, que havia sido instalada quase 100 anos depois em 1884, mais ou menos, uma vez que 1986, D.Pedro II, o Imperador, veio de trem de São Paulo, via Jundiai, Atibaia, e desceu na estação do Lavapés, onde almou na Rua Barão do Juqueri em Bragança Paulista-SP. 05.12.2023