A DECOMPOSIÇÃO DA MÚSICA BRASILEIRA
Enquanto preparo o café da manhã ligo o celular e sintonizo no aplicativo do spotify. Encontro um álbum com o Quarteto em Cy.
Fico encantado embora já sabendo da qualidade musical do grupo. Primeiro ouço o CIO DA TERRA de autoria de Chico Buarque e Miltom Nascimento e na sequência SABIÁ de Chico e Tom. Desabo e choro de emoção porque as melodias e letras me conduzem a um sentimento profundo de brasilidade
quando a mãe Terra era ainda relativamente respeitada e valorizada e agora, confrontando com o comportamento desumano por ocasião das queimadas, mais uma vez lembro os versos do Chico que diz "rever uma palmeira que já não há..."
Também indissociável a atualidade dos versos do mesmo autor que diz "o que não tem vergonha nem nunca terá..."
Toda essa situação me conduziu a pensar como as artes de um modo geral reflefletem a ascenção ou a decadência de uma sociedade.
Depois da bossa nova ingenuamente, pensei que viriam músicas de extraordinária qualidade. Nunca pensei que teríamos que engolir tanta mediocridade em letras e músicas.
Neste instante lembrei de uma frase proferida pelo músico Oscar Castro Neves que diz:
"A BOSSA NOVA É A TRILHA SONORA DE UM BRASIL IDEAL."