QUANTO AO CD "NAVIO E NAVEGANTE" VAMOS ÀS PÁGINAS E RESUMOS
A começar pelo Título. "Navio e Navegante", sendo a 4 página musical, Trata-se de dois bois de canga. A música foi composta a pedido do capitão José Maria do Gabinete Militar do governo Itamar Franco, 1999/2002. Eu havia dito a ele que seria possível compor uma "toada" com fidelidade ao estilo e nada mudando na historia que tem como ponto alto o fato de uma garrincha ter feito o ninho na cabeça de um boi de canga. # Toada estilo de música caipira inventado pelo compositor paulista João Pacífico. 1909/1998, sendo a conhecida Cabocla Tereza) Muito bem. Fiz a composição coloquei letra e deixei preparada para os ouvidos exigentes, ficando aqui a poesia.
Vejam abaixo e depois passo a outras letras um total de 14 sendo essa a 4ª.
NAVIO E NAVEGANTE ano 2009
Navio e navegante eram dois bois de canga,
Que cortavam o sertão por estradas de chão batido.
Por trilhas e caminhos, na verdade não havia,
Buracos e grotões que não tivessem percorrido.
O som do velho carro de bois se ouvia ao longe
Um chiado choroso que alegrava os ouvidos,
Do velho candeeiro que ia fumando seu pito.
Levando lá pra vila coisas do mato escondido.
No pasto de anuls e passando por matas virgens,
No recanto de onde não saia mais ninguém,
Na carona os meninos iam até fazendo festa,
Pra São João Da Serra terra de gente de bem.
Pra que é que o carreiro andava com eu ferrão,
Se ele não era usado com os bois se dava bem.
Formavam uma junta, iam lentos, sonolentos
E naquela moleza iam muito mais além.
Um dia numa curva perto de um precipício,
O carro ia quase tomba pra matar o boi navio.
Só não aconteceu porque o boi Navegante,
Cravou o chifre no chão foi um momento de arrepio.
Mas segurou o carro e salvou o companheiro,
Emocionou o carreiro aquele boi teve brilho.
O preço que pagou foi ter seu chifre partido.
Também ficou ferido, só não morreu por um fio.
Ficou lá na fazenda, já não era como antes.
De seu chifre quebrado um peão fez um berrante.
É no lugar do chifre uma garrincha saltitante,
Fez ali o seu ninho na cabeça do gigante.
E pela natureza acabou suas andanças
Não corta mais estradas naquele destino errante.
Deitado ele remoí com o capim sua saudade
Dede quando eram carreados Navio e Navegante.