Curiosidades sobre a Rita Pavone
CURIOSIDADES SOBRE A RITA PAVONE
Miguel Carqueija
Enquanto a Rita Pavone não vem (ela se apresenta no Brasil em maio) vamos rever alguns fatos curiosos a seu respeito.
Em 1987, na última vez em que aqui veio, após um dos shows (creio que o do Rio no Canecão) a imprensa entrevistou um Michael Sullivan em prantos, dizendo que a juventude precisava conhecer Rita Pavone para entender o que era vanguarda.
Existiu no Rio de Janeiro, nos anos 60, o bonde Rita Pavone que levava até o Alto da Boa Vista. Mas Carlos Lacerda acabou com os bondes...
Também existia, e deve existir ainda, a antena PX Rita Pavone, usada por rádio-amadores.
A primeira vez que Rita veio ao Brasil não foi na célebre excursão de junho de 1964, com sua arrasadora performance na extinta TV Rio, apresentada por Murilo Néri. Um mês antes ela fez uma excursão à Argentina e o avião pousou no aeroporto do Galeão, em escala. Rita desceu, foi no restaurante do aeroporto e os fãs a reconheceram. Ela saiu até na primeira página de “O Globo”.
Naquele memorável ano de 1964 a cantora adolescente, então o maior fenômeno da canção popular italiana, vendeu mais discos que qualquer outro artista no Brasil, incluindo os Beatles, Roberto Carlos, Altemar Dutra, Carlos Alberto e os Rolling Stones. Ainda devo ter guardado em qualquer canto o recorte de “O Globo” com as listas dos elepês e compactos mais vendidos naquele ano em nosso país. Talvez você estranhe esses nomes, LP era o álbum completo, com em média 12 canções; os compactos tinham só duas, uma de cada lado, ou quatro, os compactos duplos. Hoje em dia é tudo CD. Pois bem, o primeiro lugar em LP era da Rita; em compacto idem. E havia outros discos dela ou com ela (os álbuns mistos) nas listas, o fato é que Rita Pavone vendeu HORRORES no Brasil em 1964.
Nos anos seguintes continuou vendendo bem e em 1987, quando de sua última temporada brasileira, aqui foram lançados três de seus álbuns, um deles com gravações raras compiladas pelo fã-clube.
Rita Pavone esteve no Brasil seis vezes, e foram quatro temporadas artísticas: 1964, 1965, 1970 e 1987. Em 1968 aqui esteve em sua lua-de-mel com Teddy Reno, o empresário e também cantor que a descobriu em 1962.
O casamento de Rita e Teddy foi realizado em março de 1968, portanto o casal completou 50 anos de união.
Rita lançou em 1997 o livro autobiográfico repleto de fotografias (inclusive no Brasil) “Nel mio piccolo...”. Eu tenho exemplar da segunda edição, de 1998. É volumoso e muito bem escrito. Rita Pavone é uma das pessoas mais sinceras e de melhor caráter do meio artístico.
Rio de Janeiro, 17 de março de 2018.
CURIOSIDADES SOBRE A RITA PAVONE
Miguel Carqueija
Enquanto a Rita Pavone não vem (ela se apresenta no Brasil em maio) vamos rever alguns fatos curiosos a seu respeito.
Em 1987, na última vez em que aqui veio, após um dos shows (creio que o do Rio no Canecão) a imprensa entrevistou um Michael Sullivan em prantos, dizendo que a juventude precisava conhecer Rita Pavone para entender o que era vanguarda.
Existiu no Rio de Janeiro, nos anos 60, o bonde Rita Pavone que levava até o Alto da Boa Vista. Mas Carlos Lacerda acabou com os bondes...
Também existia, e deve existir ainda, a antena PX Rita Pavone, usada por rádio-amadores.
A primeira vez que Rita veio ao Brasil não foi na célebre excursão de junho de 1964, com sua arrasadora performance na extinta TV Rio, apresentada por Murilo Néri. Um mês antes ela fez uma excursão à Argentina e o avião pousou no aeroporto do Galeão, em escala. Rita desceu, foi no restaurante do aeroporto e os fãs a reconheceram. Ela saiu até na primeira página de “O Globo”.
Naquele memorável ano de 1964 a cantora adolescente, então o maior fenômeno da canção popular italiana, vendeu mais discos que qualquer outro artista no Brasil, incluindo os Beatles, Roberto Carlos, Altemar Dutra, Carlos Alberto e os Rolling Stones. Ainda devo ter guardado em qualquer canto o recorte de “O Globo” com as listas dos elepês e compactos mais vendidos naquele ano em nosso país. Talvez você estranhe esses nomes, LP era o álbum completo, com em média 12 canções; os compactos tinham só duas, uma de cada lado, ou quatro, os compactos duplos. Hoje em dia é tudo CD. Pois bem, o primeiro lugar em LP era da Rita; em compacto idem. E havia outros discos dela ou com ela (os álbuns mistos) nas listas, o fato é que Rita Pavone vendeu HORRORES no Brasil em 1964.
Nos anos seguintes continuou vendendo bem e em 1987, quando de sua última temporada brasileira, aqui foram lançados três de seus álbuns, um deles com gravações raras compiladas pelo fã-clube.
Rita Pavone esteve no Brasil seis vezes, e foram quatro temporadas artísticas: 1964, 1965, 1970 e 1987. Em 1968 aqui esteve em sua lua-de-mel com Teddy Reno, o empresário e também cantor que a descobriu em 1962.
O casamento de Rita e Teddy foi realizado em março de 1968, portanto o casal completou 50 anos de união.
Rita lançou em 1997 o livro autobiográfico repleto de fotografias (inclusive no Brasil) “Nel mio piccolo...”. Eu tenho exemplar da segunda edição, de 1998. É volumoso e muito bem escrito. Rita Pavone é uma das pessoas mais sinceras e de melhor caráter do meio artístico.
Rio de Janeiro, 17 de março de 2018.