Música e Bebida
Na informalidade de uma mesa de bar se ouve de tudo, há bebedores comentaristas do achismo e há os que dizem o que sabem por pesquisa. Certa feita, por me encontrar em um recinto ao lado de um bom falador, pude ouví-lo em sonora conversa com o seu companheiro. Disse que a Coca-Cola, era o refrigerante mais consumido mundo afora; Já a cerveja era a preferida nos churrascos, e que a pinga era mais ingerida nos bares das periferias. Havia no planeta, os uísques e os caros vinhos que eram mais degustados pelos de maior poder aquisitivo. Porém, para ele, bebedor de aguardente, dizia não trocar sua caninha pura com limão nem pelo melhor malte importado. E que beber sem música era um sacrilégio, para ele nada melhor do que uma purinha com caldo de feijão e uma canção do Rei Roberto. Ao que seu parceiro, sem espanto disse que cada um tinha seu gosto e sua apologia, mas que ele preferia uma cervejinha e um samba do Martinho da Vila.
Depois de um gole, o homem falou de música popular, e assegurou que houve em sua época de rapaz uma preferência maior pelo romantismo. Provava por A mais B! hoje não tinha certeza de nada com a esculhambação digital e os apelos sensuais das Anitas dos Funks, mostrando as partes subalternas. Quem quisesse que pesquisasse na net as vendagens de discos, antes e depois da Jovem Guarda. E foi desfiando números de LPs vendidos, o que depois fui levado a comprovar na web: Tonico e Tinoco, 150 milhões de cópias; seguido por Roberto Carlos, 120 milhões; Nelson Gonçalves 75 milhões; Rita Lee 55 milhões; Nelson Ned, 45 milhões; Xuxa, 40 milhões; Leandro e Leonardo, 35 milhões; Chitãozinho e Xororó, e Raça Negra 30 milhões, e por último a emepebista Maria Bethânia.
Depois o estatístico homem foi falando dos tipos de bebidas alcoólicas consumidas pelos brasileiros. Segundo disse, e isso eu outra vez fiz questão de checar, a ordem de preferência era esta: em primeiro lugar cerveja, seguida de cachaça, vinho, vodka, vinho branco, champanhe, tequila, uísque, conhaque e gim. Explicou que falava aquilo porque bebida e música eram os seus maiores prazeres, depois de mulher, claro! já os dados eram do Google. Ao que o seu colega foi dizendo que para o poeta Vinícius de Moraes, o uísque era o seu cão engarrafado, ou seja seu melhor amigo.
É isso caro leitor, mesa de bar também é cultura. Devido à verificação que fiz, vim saber ser o café, a segunda bebida não alcoólica mais consumida em nosso país, perdendo somente para a água.