Oportunismo Midiático ou Patética Estupidez?
Partindo do princípio que define a palavra música como a arte que exprime os sentimentos através do som. Parece-nos difícil, e porque não dizer, impossível, inserir no conceito de arte, determinados estilos ou gêneros em moda atualmente, tais como: Sertanejo, forró universitário e outras porcarias musicais.
Graças ao empresário cearense, Emanoel Gurgel, que na década de 1990, dono de mais de 100 rádios espalhadas por todo o país, e que serviu de veículo de propagação para essa praga musical, sendo também o mesmo, a pessoa responsável pela criação das bandas: Matruz com Leite, Cavalo de Pau, , Mel com Terra, Catuaba com Amendoim, Balaio de Gato, Calango Aceso e outras aberrações musicais que destemperam nossa audição.
É um fato lamentável não termos mais a boa música tocando nas rádios em nossas cidades, salvo raríssimas exceções encontradas nas rádios universitárias.
Em seguida vem a figura de outro cearense, Isaias Duarte. Que a partir dos anos 2000 criou o formato de bandas-empresas de forró. Imaginem! Aí, o que era ruim ficou ainda pior com a chegada das famigeradas bandas: Aviões do Forró, Forró do Plays, Forró do Muído e outros excrementos sonoros, de melodia monótona e repetitiva, desprovida de qualquer roupagem harmônica, responsável pela beleza e enlevo musical.
Como se não bastasse toda essa baboseira musical, ainda temos que tolerar os diversos canais de comunicação: radio, televisão e redes sociais, enfatizando diariamente comentários patéticos, ridículos e imbecilizados sobre a morte de supostos artistas dos seguimentos musicais aqui mencionados.
Certamente nos faz falta a perda de um ente querido, de um amigo, da pessoa humana. Porém, jamais nos fará falta as paupérrimas produções, pretensamente apresentadas como arte, desprovida da própria essência ou valor semântico da palavra, interpretadas por seus protagonistas.
, . Resta-nos a singela pergunta: como conceber a denominada geração "y", geração digital, ou ainda, geração internet, consumindo tanto lixo musical, empanado por uma sofismável arte? Será que o avanço tecnológico e sua velocidade seguem na contra mão da arte e do bom gosto musical? Ou o oportunismo midiático está transformando o senso crítico em patética estupidez?
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