FALANDO DE MÚSICA
Estava um dia desses ouvindo algumas canções, que não acabei de ouvir, que logo no começo me deixaram com náusea. É impressionante a falta de criatividade e a mesquinhez junto com a mediocridade que alguns compositores e vocalistas nos apresentam.
O homem e a mulher, de acordo com algumas músicas que são tocadas por aí, são simplesmente uma cobra de duas cabeças. Não conseguem viver separados. O homem bebe e chora por causa da mulher, a mulher arruma outro, mas sente saudade dele, o homem sai pelas ruas procurando alguém para passar a noite, a mulher sonha com ele e quer voltar...
Chamam de romantismo um hedonismo que conduz ao niilismo, ou talvez vejam o homem como um animal movido pelo sexo e a mulher com o sexo frágil movida pela força da pornografia e da obscenidade, ou colocam ambos como dependentes de uma relação sexual.
As pessoas estão tão carentes de amor, digo amor próprio, de se darem valor, de dizer não a certas atitudes promíscuas, de se levantarem e tocarem suas vidas sozinhas, de dormirem sozinhas, de ser um bom profissional e de assumir os compromissos de uma casa e por isso adentram esse mundo fútil.
Não temos no momento o que ouvir nas rádios e emissoras televisivas, com algumas exceções, obviamente, do que essa velha lorota de sempre, essas músicas pegajosas, músicas que se denominam de gospel, mas que na realidade é a exploração da fé religiosa e oportunismo, porque o artista quer aparecer de qualquer jeito e usa o nome de Jesus para tal fim. Aquele que era popular, quando some da mídia, vai trabalhar no mundo gospel e depois diz que está louvando o Senhor. Louva-se o Senhor para que o dinheiro louve o bolso dele. Não se pode servir a Deus e a Mamon, meu caro.
Ainda bem que podemos selecionar e ouvir músicas bem elaboradas e podemos desligar rádios, televisores diante dessas baboseiras que se tocam por aí, e ficamos no aguardo para que poesias e melodias e harmonias bem construídas cheguem até nós através de novas ondas.